Revenge

34. Morte

Depois de quase três horas de acusações e de provas sendo expostas, eu já estou completamente exalta de estar aqui.

Ed tem feito um esforço louvável para me defender, mas nem mesmo o melhor advogado de defesa do mundo poderia me livrar agora.

Dilan tem feito seu papel maravilhosamente bem, me fazendo parecer um mostro, quando na verdade o único que merece esse título é ele mesmo.

Ambos já estão fazendo suas considerações finais e isso quer dizer que logo tudo acabará.

_ Agora que os dois lados foram ouvidos, esse tribunal entrará em recesso de uma hora para que os jurados possam considerar todas as provas e dar o seu veredito. - diz o juiz se levantado-se e nos ordenando a fazer o mesmo.

Mais uma vez eu estou sendo levada para o corredor e no caminho eu o vejo. O amor da minha vida. Seu semblante é triste e eu tenho certeza que meu rosto refletia a mesma expressão.

Sou levada novamente para aquela sala, que agora tenho certeza é um escritório, e sou colocada no mesmo sofá. As gotas de chuva caem grossas lá fora e eu me perco na melancolia por alguns segundos.

Abro minhas mãos e olho com pesar para o pequeno frasco com comprimidos brancos que acabarão de vez com tudo isso, minha porta de saída, mas hesito e é nessa hora que escuto alguém mexer na maçaneta e eu só tenho tempo de soltar o frasco e esconde-lo entre as pernas.

Um arrepio passa por minha espinha quando vejo quem adentra a sala. A porta é trancada e agora estamos só nós dois aqui.

_ você sempre me pareceu uma pessoa pacata, mas vejo que me enganei. Nada melhor que o tempo para mudar uma pessoa não é mesmo Samanta, ou devo dizer Angel.- sua voz é como o som da própria morte em meus ouvidos. - Quando soube que você estava na cidade eu pensei em te procurar, quem sabe nós pudéssemos relembrar os velhos tempos. - ele chega perto de mim e segura o meu rosto e seu toque é como ferro em brasa queimando minha pele.- mas ai você resolveu fazer uma coisa muito perigosa, e realmente estúpida. Você achou que pudesse sair ilesa disso?

_ por muito tempo eu quis estar frente a frente com você de novo. Eu queria olhar em seus olhos quando te matasse e eu tive algumas chances de faze-lo ao longo dos anos, mas eu queria que fosse algo especial, queria que a última coisa que você visse antes de morrer fosse o meu rosto. A garota que você quebrou, triunfante como nunca. Mas agora eu vejo que esperei tempo de mais. Eu te coloquei em um pedestal que você não merecia, porque tudo que eu vejo quando olho pra você é alguém vazio, nada de bom pode vir de alguém como você e com toda a certeza nós vamos nos ver no inferno onde é o nosso lugar.- minhas palavras são contidas e calmas, mesmo que dentro de mim um furacão esteja tentando sair.

_ que filosófico, pena que suas palavras não significam nada para mim, você será condenada e morta e eu continuarei aqui. Eu venci Angel, exatamente como antes.- suas mãos dessem para o meu pescoço e eu não me movo, nem mesmo quando ele o aperta levemente.

_ O que você ainda quer de mim Dilan? Vai me matar dentro de um tribunal cercado por policiais? Isso não me parece inteligente.

_ apesar de todo esse tempo você ainda continua linda como sempre. Na verdade está ainda melhor do que antes.- suas mãos imundas dessem pelo meu colo em direção aos meus seios - Sabe eu nunca encontrei alguém tão boa quanto você. Nada nunca se comparou ao seu corpo quente embaixo do meu enquanto eu via o pavor estampado em seus olhos negros como a noite.