Sábado....
A manhã na delegacia parecia calma como sempre, até que uma ligação anônima deu uma animada na situação.
Um corpo foi encontrado por um pescador boiando nas docas e é claro que eu já sabia do que se tratava, mas ver a polícia correr daquele jeito foi até divertido.
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Já passava da hora do almoço quando o delegado Ben voltou com seus policiais e eu mais do que depressa fui falar com ele.
_ E então delegado, o que ouve. - Fiz minha melhor cara de paisagem, pois não queria que ele pensasse que eu estava eufórica de mais.
_ Um assassinato, acredita. Nesses três anos que trabalho aqui nunca havia acontecido nada além de assaltos, e agora da noite para o dia um corpo é encontrado amarrado nas docas. - Ele parecia frustrado.
_ Nossa que barra Ben. - Falo sem pensar e vejo a sombra de um sorriso em seu rosto. - Mas como você sabe que não foi um suicídio? -Pergunto tentando ignorar aquele sorrisinho.
_ Por isso. - Ele me mostra um lenço branco com a letra "A" em vermelho e a palavra "culpado" gravados. - Isso estava no pescoço da vítima.
_ E a vítima, já descobriram quem é?
_ Sim. Essa parte foi bem fácil. O assassino deixou o carro para trás. Os peritos estão no local do crime e me avisarão caso haja mais informações. Algo me intriga nesse caso...
"Temos que nos lembrar de evitar carros"- Meu subconsciente me avisa enquanto me lembro do tempo que perdi passando um pente fino no carro para que não ficasse nem um rastro meu.
_ O que?- Pergunto voltando a me focar em Benjamin.
_ Esse assassino. - Ele fala. - Não é como se ele de alguma forma tivesse escondido seu crime. Ele queria que encontrássemos aquele corpo. Eu só não entendo porque.
A frustração de Ben é evidente, assim como todos os seus sentimentos. Ele é um homem transparente e isso é um grande defeito. Um defeito que eu pretendo usar ao meu favor.
_Vamos deixar esse caso de lado por um minuto. Eu recebi alguma ligação importante? - Ele pergunta tentando se animar.
_ Além das três chamadas da sua mãe? Não, nenhuma.- Falo olhando a agenda em minhas mãos apenas para confirmar.
_ Minha mãe me ligou, e o que ela queria? - Ele me perguntou com um sorriso de balançar as estruturas. Oh pecado...
_ Sim, ela ligou para saber se você já tinha chegado, depois ligou para saber se eu tinha alguma notícia sobre você e ligou agora a pouco para saber se você já almoçou. Acho melhor o senhor ligar para ela.
_ Eu vou ligar sim, obrigado. - Aquele sorriso ainda estava em seu rosto quando me levantei e fui em direção a porta. - E Samanta, - Ele me chama e eu me viro. - Eu já disse para me chamar de Ben e não de "senhor". - Ele ainda está sorrindo e tenho certeza de que eu estou vermelha, o que é motivo mais do que suficiente, para que eu queira sair daqui o mais rápido possível.
_ Samanta... - Ele me chama mais uma vez e eu paro de novo.
_ Sim... - Eu me viro para olha-lo nos olhos. Péssima ideia.
_ Você já almoçou?
_ Não.
_ E está com fome?- Ele pergunta se levantando e vindo em minha direção.
_ Um pouco. Nada que uma barra de cereal não de jeito. Por que?
_ É que eu estou morto de fome e eu não gosto de comer sozinho, então pensei que você poderia querer almoçar comigo. - Seus olhar inocente me cativa e eu perco os sentidos por alguns segundos, mas meu subconsciente parece está bem ativo.
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Revenge
Roman d'amourApos ser brutalmente violentada e ver que a polícia nada fez para prender seus agressores Angel Smit decide fazer justiça com suas própria mãos. Após onze anos ela volta a onde tudo começou, com um novo nome e um único objetivo..... Vingança, mas...