Terça-feira...
Depois de três dias em repouso, hoje eu voltei para o trabalho.
A delegacia surpreendentemente está bem movimentada hoje. Meu telefone não para de tocar e a sala de Ben está em um entra e sai absurdo de pessoa. Para piorar meu celular resolveu tocar logo agora.
Pego meu celular sem muita paciência, principalmente quando não reconheço o numero na tela, mas depois de ponderar um pouco descido atender.
**ligação on**
_ Alô, quem fala?- pergunto logo de cara, enquanto digitalizo com minha mão boa, os últimos boletins de ocorrência.
_ Angel... - Não pode ser!
_ Mãe, como foi que conseguiu esse número. - Como assim, minha mãe esta me ligando. Isso não pode estar acontecendo.
_ Seu amigo me passou seu número. Filha onde é que você esta?- a voz da minha mãe é preocupada e eu já estou maquinando como matar o Ed por ter dado meu número a ela.
_ O Ed não podia ter feito isso... -Pensei alto.
_ Por que não, o que aconteceu Angel. Onde você se meteu e por que trocou de número? -Minha mãe é uma mulher maravilhosa e sempre fez de tudo para que eu ficasse bem, principalmente depois do ocorrido. Mas além disso ela sempre foi muito esperta e eu sei que não conseguiria mentir para ela, nem se tentasse.
_ Mãe eu não posso conversar com a senhora agora. Mais tarde eu prometo que te ligo.- tento desconversar e acabar logo com essa ligação, mas antes que eu desligue ela começa a falar novamente.
_ Sinto muito meu amor, mas o que eu tenho para dizer não pode esperar até mais tarde. - não pude deixar de notar sua voz chorosa e imediatamente eu sinto um aperto no peito.
_ O que ouve? -Pergunto já me desesperando.
_ O seu pai, ele sofreu um ataque cardíaco durante a noite. Os médicos fizeram de tudo para salva-lo mas.... - Minha mãe começou a chorar, não conseguindo mais falar, mas eu sabia.
_ NÃOOOO... -Eu grito desesperada e já em prantos. -Eu não posso ter perdido o meu pai. Simplesmente não posso.- sinto meu coração ser esmagado e minha cabeça dói.
_ Nós te procuramos, mas você não estava mais em seu apartamento...- Minha mãe voltou a falar após conter um pouco as lagrimas, mas eu não prestava mais atenção no que ela dizia, tudo que conseguia fazer era chorar copiosamente e pensar que eu não estava lá.
_O que ouve? - olho para frente encontrando um Ben extremamente preocupado, mas eu não consigo falar com ele. Na verdade eu não consigo nem pensar direito.
Minha mãe ainda falava do outro lado da linha e eu precisava saber quando.
_ Quando foi que isso aconteceu mãe?- pergunto tentando controlar o choro, mas falhando miseravelmente.
_ Ele passou mal no sábado, mas só...- minha mãe fez uma pausa para segurar o choro. - só faleceu ontem à noite, o enterro será daqui a algumas horas. Filha onde você está? - eu podia ouvir o desespero em sua voz. Ela está sozinha, no pior momento de sua vida e eu não posso abraça-la.
Eu não tinha outra escolha eu teria que voltar para Londres. Meus pais sempre foram tudo para mim, sempre estiveram lá nos bons e maus momentos. Não será agora que irei abandona-los.
Seco minhas lágrimas, respiro fundo e tento pensar racionalmente. Chorar não trará meu pai de volta, nem tão pouco resolverá meus problemas.
_ Eu estou indo para casa!
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Revenge
RomanceApos ser brutalmente violentada e ver que a polícia nada fez para prender seus agressores Angel Smit decide fazer justiça com suas própria mãos. Após onze anos ela volta a onde tudo começou, com um novo nome e um único objetivo..... Vingança, mas...