Quando me aproximei do quarto dele, ouvi ele exprimindo sons muito estranhos para mim nessa época, parecia que ele estava sofrendo e ao mesmo tempo gostando. Eu era muito ingênua para entender o que ele estava fazendo.
-Urgh, urgh-eu escutava ele dizendo
Curiosa, abri a porta sorrateiramente para ver o que ele estava fazendo. Ele estava com a mão dentro do calção em que havia um volume que não tinha antes, contorcendo-se com uma expressão mista de dor e prazer. Mesmo eu tendo entrado no quarto, ele não me nota, pois estava muito concentrado em olhar para dentro do calção e nos movimentos com a mão.
-Ahh, ahh, ahh, argh-ele continuava dizendo
-Pedro-falei chamando sua atenção
Ele me olhava bastante constrangido.
-É...Larissa, o que você tá fazendo aqui?-pergunta Pedro
-Vim jogar com você, o professor me liberou mais cedo, mas o que você estava fazendo?
-Nada não
Fiz uma expressão de preocupação.
-Não me diga que... você estava fazendo aquela coisa pecaminosa?-Larissa
-Ah, agora você vai me julgar?-Pedro
-Pedro, você estava se...?-falei a última palavra em voz baixa
-Tava, algum problema?-Pedro
-Todos, a gente fez catecismo juntos, você sabe que isso é pecado-falei-Bem que minha mãe disse que homem tem parte com o diabo
-Larissa, deixa de ser besta, ficar acreditando em conversa de gente véia. Se você visse como é bom, nunca mais iria querer parar-Pedro
-Eca! Deus me livre-falei-Vamos logo jogar, você não me disse que iria me mostrar seu vídeo game novo?
-Ah, é verdade, vou buscar
Ele sai por alguns minutos e volta com uma caixa enorme, deveria ser muito pesada.
Ele retira o console da caixa, havia escrito PlayStation, ele ligou a televisão que havia no quarto, entragando-me um controle.
Nós ficamos jogando por algum tempo, até que começa a escurecer e eu precisava voltar para casa.
-Bom, Pedro, acho que eu vou embora agora-falei
-Tá bem, eu te levo até a porta-ele fala
Assim fizemos e nos despedimos quando ele decidiu me dizer uma última coisa.
-Olha, tenta não ser assim tão puritana, falo por experiência própria, explorar o próprio corpo só traz benefícios. Por que não tenta?
-Explorar como?
-Tipo... assim quando você tiver tomando banho, tenta acariciar seus seios...
-Ei, me respeita, não te dei essa liberdade-falei com raiva
-Brincadeirinha, Larissa, não precisa ficar zangada-ele diz
-Tchau, até amanhã-falei em seco
Fui para casa, tudo comum, jantei e fui me deitar.
No dia seguinte, Pedro me contou algo que, para ele, era uma novidade, mas eu não achei nada de especial.
-Você sabia que vai ter uma copa dos professores?-Pedro fala rápido, super animado
-Copa dos professores?-perguntei confusa
-É, Larissa, os professores jogando futebol-ele fala-Vai ser muito legal ver o Renan jogando com aquela cara carrancuda que ele tem
-Eu vou é ficar com medo-falei
A aula começara, a 3ª era de Henrique.
-Bom dia, pessoal, hoje a nossa aula tratará sobre o Reino Protoctista, muito importante porque cai muito nos vestibulares. Então, é bom que vocês tenham ciência sobre esse assunto. Então, vamos começar, o Reino Protoctista é formado por 2 grupos de seres vivos:protozoários e algas. Hoje, nós vamos concentrar nossos estudos nos protozoários. Por serem eucariontes, apresentam núcleo individualizado e sua única célula exerce todas as funções que normalmente há nos multicelulares: respiração, excreção e reprodução.
Uma característica típica de suas células é a presença de vacúolos contráteis ou pulsáteis, com função de realizar regulação osmótica. Um grande exemplo é o paramécio. Devido à diferença de concentração entre o citoplasma e o ambiente externo, há entrada constante de água por osmose. Assim, o vacúolo controla a quantidade de água, recolhendo e eliminando o excesso. Agora vamos à alimentação, para a alimentação, os protozoários capturam o alimento por fagocitose, dando origem aos fagossomos, que se fundem aos lisossomos, formando os vacúolos digestivos. Após a digestão, dentro dos vacúolos, os restos são eliminados por clasmocitose, também denominada de defecação celular. Agora vamos falar da reprodução,
A reprodução pode ser de forma assexuada e sexuada. A reprodução assexuada é a mais comum. Ela ocorre por:divisão binária e divisão múltipla. Repetindo, divisão binária e divisão múltipla. Na divisão binária,
a célula-mãe se divide e origina duas células-filhas; já na divisão múltipla, a célula faz muitas mitoses, forma muitos núcleos que se dividem em células pequenas. Enquanto isso, os paramécios realizam reprodução sexuada, através de um processo chamado conjugação. Muita atenção nesse processo, viu, gente? O processo ocorre quando dois indivíduos se unem e trocam material genético, dando origem a novos protozoários. Cada indivíduo realiza mitose e produz micronúcleos, que contêm o material genético. Um macho e uma fêmea ficam lado-a-lado e fazem entre si uma ponte citoplasmática, através da qual trocam micronúcleos. Após a troca, eles se separam e dentro de cada um, os micronúcleos se multiplicam. Em seguida, acontece a fusão dos micronúcleos originais com os recebidos do parceiro. Agora vamos à classificação, aliás, eu ia me esquecendo. Eu quero que vocês façam como dever de casa uma tabela com os grupos de protozoários que eu vou escrever no quadro e relacionem às seguintes características: modo de locomoção, hábitat e alimentação e se ele é causador ou não de alguma doença.
Os grupos são: sarcodíneos ou rizópodos; foraminíferos; heliozoários; radiolários; ciliados; flagelados ou mastigóforos; esporozoários ou apicomplexos. Lembrando que a principal classificação é baseada no modo de locomoção, dando origem aos variados tipos de protozoários. Os sarcodíneos ou rizópodos são os protozoários que usam prolongamentos do citoplasma, chamados pseudópodes (falsos pés), para locomoção. Eles fazem parte do filo Rhizopoda, cujo principal representante é a ameba,
sendo, em sua maioria, de vida livre e habitando água doce. Entretanto, existem espécies comensais que vivem dentro do corpo humano sem causar prejuízos. São exemplos a Entamoeba coli que habita o intestino grosso e a Entamoeba gengivalis que vive na boca. E também existem as parasitas, como a Entamoeba histolytica que vive no intestino grosso do ser humano e provoca a amebíase. Os pseudópodes das amebas também são usados para a alimentação. Elas se aproximam do alimento, usam os pseudópodes para englobá-lo, depois ele é internalizado e fica envolto por um pedaço da membrana celular, formando uma bolsa chamada fagossomo. No citoplasma, o fagossomo se une ao lisossomo, que contém enzimas digestivas e são formados os vacúolos digestivos, no interior dos quais ocorre a digestão. Em seguida, os restos da digestão são eliminados por clasmocitose.
De repente, o sinal toca indicando que acabou a aula. Assim, eu vejo Hortênsia levantando-se da sua cadeira e indo para frente da sala.
-Gente, não saiam, eu tenho algo para entregar a vocês. O senhor pode ir, pegue-ela fala entregando algo a Henrique que mais parecia um convite
Então, ela começa realmente o seu discurso.
-Bem, como todos sabem, tem um dia no ano que a gente faz o famigerado aniversário, vulgo o dia que está um ano mais perto de morrer. E que coisa melhor do que comemorar a velhice com uma festa? Principalmente tendo pessoas que você não vai dirigir a palavra. Então está todo mundo convidado para a minha festa, só mostrar esse pedaço de papel aqui
Ela falava de forma despojada enquanto entregava o convite para todo mundo.
-Não me perguntem nada, tá tudo no papel
Eu sabia que ela não iria me entregar, mas me surpreendo quando ela me entrega o convite, então não pude deixar de comentar:
-Tem certeza que quer entregar isso a mim?
-Você fazer parte do todo, se não quiser é só rasgar o convite
-Ah obrigada-falei com cara de nojinho
Ela passa direto por mim, com cara nojo, além de um andar superior.
Mais tarde, na aula experimental de Biologia, Henrique e eu ficamos na sala de aula vazia. Ele pegou algo na sua bolsa que mais parecia um baralho e nós emparelhamos 2 mesas-de-trabalho sala uma em frente da outra e nos sentamos.
-Hoje nós vamos jogar um jogo chamado de micromundo, ele é bem didático e vai te ajudar a conhecer melhor os seres vivos. Você já jogou cara a cara?
-Sim, muitas vezes-respondi
-Então, é basicamente a mesma coisa-ele começa-Eu pego uma carta e você outa e vamos tentar advinham a carta um do outro, com perguntas do tipo: seu ser é procarionte, seu ser faz fotossíntese. Tudo bem?
-Sim, mas é se eu não tiver o conhecimento para isso?-perguntei
-Eu te ajudo, pode me perguntar que eu respondo, seria bom se tivesse mais alunos para ser justo, mas já que não tem, o que importa é que você aprenda
Eu peguei minha carta e ele pegou a dele, a minha era um fungo chamado Candida albicans, pelo nome, deduzi que era o causador da candidíase.
-Primeiro as damas-ele fala em tom de jogatina
-O seu ser vivo é um procarioto?
-É sim-ele fala-Então, pode virar todos os seres que não são para não se confundir
-Procariotos são só as bactérias, não é?
-Exatamente
Assim eu fiz, ficaram algumas bactérias, as quais uma delas deveria ser mesma carta de Henrique: Leptospira interrogans, Treponema palidum; Mycobacterium tuberculosis; Streptococcus pneumoniae e Mycobacterium leprae.
-Agora é minha vez de perguntar, o seu é um eucarionte?
-É
Desse modo, eu vejo ele desvirando todas as bactérias e vírus.
Enquanto jogávamos, comecei a prestar atenção nas suas mãos, notando que ele usava aliança, ou seja, ele, provavelmente, era casado com aquela Roberta. Não entendia o porquê, mas me senti um pouco triste por ter descoberto isso, como se eu fosse receber um prêmio que fôra cancelado, meu coração em frangalhos.
-Eu não sei mais que pergunta fazer-disse pensativa
-Ficou somente as bactérias, certo? Tenta se lembrar da nossa aula sobre formato de bactérias, se ela ela é Gram-positiva, negativa
-Ah-exclamei triunfante-É um bacilo?
-Não-ele responde-Minha vez
Mas agora eu eliminei as 2 bactérias do gênero Mycobacterium sp, agora eu só precisava descobrir se era um vibrião, um coco ou uma espiroqueta.
-É um fungo?-ele pergunta
-Sim
-Minha vez, trata-se de um vibrião?-falei esperançosa
-Não-ele fala-O seu é um ascomiceto?
-Sim-disse
-Candida albicans?-ele fala de maneira austera
-Acertou-falei um pouco decepcionada
Eu tinha uma pontinha de esperança de ganhar.
-Podemos jogar mais uma vez?-perguntei
-Claro, vamos lá-ele respondeu
-Eu queria tanto ganhar uma vezinha
Nós jogamos mais umas 5 vezes, eu estava me divertindo muito, mas eu só cheguei a ganhar 2. Na última partida, o jogo estava frenético, eles nos interrompe, ao olhar para o relógio.
-Meu Deus, já são 4:30! Eu perdi a noção da hora. Se quiser, já pode ir
Comecei a organizar minhas coisas, mas eu percebi que tinha algo muito importante para dizer para ele.
-Eu já vou indo, Larissa, tchau-ele falam-ele fala se dirigindo à porta
-Espera, professor-falei
Ele se virou enquanto eu diminua a distância que havia entre nós.
-Eu queria dizer uma coisa, quero me desculpar com você pelos dias que eu atrapalhei a sua aula, eu fui muito infantil
-Não precisa se desculpar, Larissa, é só você se comportar bem daqui para frente
-Pode deixar, e eu queria dizer também que eu estou gostando muito das suas aulas, o senhor é muito legal, diferentemente da ideia pré-concebida que eu tive de você, desculpa, mas no início, eu te achei um chato de galochas
Ele solta uma risada.
-Sem problemas, eu também não tive uma impressão muito boa de você no início-ele fala sorrindo
-E agora, o que você acha de mim?-perguntei
-Você é uma boa menina, um pouco geniosa, sim, mas é uma boa menina-ele fala sorrindo lindamente
Eu sorrio de volta para ele.
-Bom, eu já vou, você vai agora?-ele fala ajeitando a mochila nas costas
-Vou sim
-Então, a gente pode ir conversando até a porta do colégio
-Claro-falei sorrindo
Chegando em casa, encontrei minha mãe super cansada, senti-me mal por ela. No futuro, gostaria de recompensá-la por seu esforço em me criar.
O dia seguinte era sábado, o dia da copa dos professores e o Henrique iria participar, agora que estávamos mais próximos, seria legal torcer por ele.
Eu e meus amigos estávamos nas arquibancadas esperando o jogo começar, quando os jogadores passavam pela gente para nos cumprimentar. Basicamente, seria time do Henrique x time do Renan e é claro que eu estava torcendo pelo time do Henrique, o melhor professor do mundo. Assim que ele se aproximou da minha turma, fui falar com ele.
-Oi, professor-falei sorrindo
-Oi, Larissa-ele responde sorrindo
-Boa sorte, viu, tô torcendo por você-falei
-Obrigado, meu amor-ele diz saindo no meio da multidão
Vocês não sabem como eu me senti nas nuvens quando ele me chamou de "meu amor", foi tão...mágico, nem sei descrever, eu gosto tanto da amizade dele que nunca mais iria querer ficar longe dele.
Então, o jogo começou, passe de bola para cá, passe de bola para lá até que um integrante do time do Renan fez um gol, eu fiquei um pouco triste, mas quando eu vi a expressão do Henrique de insatisfação, meu coração gelou, queria ver ele bem. Logo gritei:
-Vai, Henrique, arrasa!!!
Alguns minutos depois, o quadro melhorava-se, o próprio Henrique chegou a fazer um gol. Eu vibrei nessa hora junto com meus amigos. Aí pude ver a carinha dele de felicidade, vocês já devem imaginar como eu senti com esse empate.
Depois, um integrante do time de Henrique fez gol, ele estava vencendo. Poucos minutos depois, o jogo terminava, tendo como vencedor o time de Henrique. Eu estava super feliz e decida a dar meus parabéns a ele pessoalmente.
Como os meus amigos não quiserem ir comigo, eu fui sozinha, ansiosa, preparando-me para abraçá-lo. Entretanto, uma mulher apareceu do meu lado e seguia a minha frente, era a Roberta, e foi mais rápido na direção dele. De repente, eu vi ela dando um beijo nele, eu me senti horrível, como eu, uma pessoa insignificante na vida dele, achei que tinha o direito de lhe dar os parabéns?! Como se estivesse a cometer um grave delito, me arrependi e fui me juntar a meus amigos.
Quando voltei à arquibancada, observei que eles viam algo no celular, Pedro esboçava um sorriso malicioso enquanto assistia àquilo.
-O que vocês estão vendo?-perguntei
-Nada não, Larissa-Pedro fala rindo
-Me fala, quero ver também
-Tem certeza? Vou te mandar-ele fala com um olhar irônico
-Me diz primeiro o que é
-Não, se quiser saber, vai ter que ver-ele fala e continua-Vou mandar logo
Ele assim o faz, eu abro o vídeo no meu celular, era um vídeo pornô, eu não entendia muito bem o que estava acontecendo, mas eles gemiam muito, porém, graças a Deus estava no volume mudo. Eu só sabia que era pornô porque o homem e a mulher estavam nus.
-Seu besta, deveria ter me dito que eu era essa besteira logo-Larissa
-Nada melhor do que ver para definir o seu conceito sobre determinado assunto e aí, gostou, se imaginou no lugar dessa gostosa?
-Você vai é apanhar agora para se dar ao respeito-fale me aproximando dele com a intenção de lhe bater, mas ele saiu correndo
Então, eu saí correndo atrás dele até ele entrar no banheiro masculino. Dei uma paradinha devido às convenções sociais, mas não pensei 2 vezes antes de entrar. Procurei em todas as cabines de mictório, mas não o encontrei. Como ele poderia ter saído assim sem eu ter visto?
De repente, escutei os passos de alguém, lá fora, se aproximando do banheiro. Logo, me escondi ao lado do último mictório, rente à parente que ficava entre um mictório e outro na esperança de que ninguém me visse, observei quem entrava.
Era o Henrique. Deixando sua bolsa em cima da pia, ele tira a blusa, mostrando seu peitoral todo musculoso. Com essa cena, começou a me faltar o fôlego, mas eu tinha que aguentar. Como aquele homem podia ser tão perfeito? Mas logo me recompus, ele era meu professor, eu não podia pensar isso dele. Entretanto, se eu já passei mal só com a camisa, imagine com o que estava por vir agora.
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Não quebre meu coração!
RomanceClarisse é uma mulher de meia-idade que tem um passado sofrido por ter sido abandonada pelo pai aos 5 anos, tendo que conviver com a mãe sempre falando mal dele. Somado a isso, ela foi deixada pelo grande amor de sua vida, relação que lhe rendeu mág...