Pesadelo

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Entro no banheiro e tomo uma ducha quente que me deixa mais leve, me seco e vou ao closet, coloco uma camisa de algodão branca e uma calça de tecido leve.

Pego meu livro, sento na cama e começo a ler, passava da meia noite quando ouço gritos no quarto ao lado, levanto alarmado pensando que alguém havia entrado na casa e no quarto de Alice, abro a porta alarmado e com as mãos geladas.

Corro ao quarto dela e abro a porta sem pensar duas vezes, ela se debate na cama e está suada.

_ Não! Papai não, por favor! Não me deixe!  Não me deixe! Ela grita.

Eu fecho a porta e me aproximo dela, seus olhos lacrimejam e sinto as lágrimas nos meus olhos também, limpo as lágrimas que teimam em cair e caminho até ela determinado, seguro seus ombros e a saculejo, vejo os olhos se abrirem amedrontados.

_ Alice... O que houve? Pergunto aflito.

Ela me abraça e chora, um choro desesperado e angustiado.

_ Não me deixe, Eleck por favor, não me deixe. Ela pede.

_ Shii, eu estou aqui, está tudo bem. Digo a ela.

_ Não me deixe sozinha, por favor. Ela implora entre soluços.

_ Tudo bem, eu vou ficar aqui. Digo a ela.

Depois de um tempo começo a acariciar seus cabelos e a cantar uma cantiga que meu pai cantava para mim.

Ela adormece e eu fico alí velando seu sono, tão linda e doce.

Olhar ela dormir era um calmante do qual eu precisava, sinto meu corpo leve e adormeço ao lado de Alice.

No dia seguinte acordo sem espanto, sem pesadelos, sem dores e sem mal humor, olho para o lado e não vejo mais Alice.

Levanto da cama e saio do quarto dela, entro em meu quarto tomo banho, coloco um de meus ternos e desço as escadas.

_ Bom dia senhor Monte Carlo. Harley me cumprimenta.

_ Bom dia Harley, onde está Alice? Pergunto a ele.

_ A senhorita Clarck está na biblioteca. Ele diz.

_ Chame ela para tomar o café da manhã. Digo a ele.

_ Sim senhor. Ele diz.

Caminho para a sala de refeições e sento em minha cadeira e espero Harley, tão paciente que nem me reconheço.

Depois de alguns minutos Alice emrrope na sala de refeições com seu vestido rosa pálido e seus cabelos loiros perfeitamente trançados.

_ Eleck! Ela exclama o meu nome com tanta felicidade que sou incapaz de não sorrir para ela.

_ Bom dia Alice, está melhor? Pergunto preocupado.

_ Estou bem melhor do que ontem a noite, obrigada por me amparar. Ela diz e beija minha bochecha com delicadeza.

Sei que não é certo, mas sinto um arrepio correr minha espinha e fecho meus olhos para poder apreciar a sensação do toque de seus lábios.

_ Que bom. Digo com a voz rouca.

Ela senta ao meu lado na mesa do café e começa a se servir do que gosta, vejo ela procurar por algo e já até sei o que é, porém me permito pensar que estou equivocado.

_ Quer alguma coisa senhorita? Harley pergunta com delicadeza.

_ Não tem geléia de maçã? Ela pergunta como se geléia de maçã fosse preciso para viver.

DOCE ALICEOnde histórias criam vida. Descubra agora