Do Inferno Ao Paraíso

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As manhãs era sempre assim, eu acordava com uma bela de uma ereção, me recusava a tocar meu próprio corpo, embora os médicos dissessem que era algo até saudável.

Depois de dois meses me corroendo de desejo por Alice, preocupado e frustrado por não ter encontrado absolutamente nada sobre a pessoa que tentara atirar nela no park e de saber também que meu primo estava na cidade me deixaram mais que irritadiço.

Eu estava em uma oscilação de humor terrível, mas a maior parte do tempo eu passava irritado, além do fato de sentir muita dor.

Alice se remexe na cama e eu finalmente consigo sair.

Caminho para o banheiro e tomo banho de água gelada.

Depois saio no closet e coloco um terno de trabalho.

Saio do quarto e desço as escadas.

Tomo café da manhã e saio para o trabalho.

Assim que chego no prédio da empresa passo pelas portas e vou para o minha sala e me organizo.

A batida na porta me tira a atenção e isso me irrita.

_ Entre! Exclamo com rispidez.

_ Bom dia senhor. Dara fala assim que passa pela porta.

_ Dara, quantas vezes eu já falei pra você bater na porta de leve? Você bate como um casco de cavalo na madeira! Falo irritado.

_ Desculpe senhor. Ela fala com o rosto baixo.

_ Fale o que quer. Digo exasperado.

_ Sua reunião com os engenheiro e dentro de 5 minutos. Ela fala.

_ Está bem. Digo e volto a analisar meus papéis.

Ela continua lá.

_ Mais alguma coisa Dara? Pergunto a ela respirando fundo para ter controle.

_ Esta carta chegou hoje. Ela me entrega.

Analiso o envelope e vejo que é do advogado de meu pai.

Essa carta é de vosso pai, ele a escreveu quando foi acometido por uma doença que achou que não resistiria, disse para eu entregar a você três dias antes de Alice completar os 21 anos de idade.

Doutor João Paulo Sales.

Dara sai da sala me deixando sozinho.

Abro o envelope e tiro o papel de dentro.

Desdobro e vejo a letra bonita de meu pai.

Olá meu filho.

Se está lendo essa carta, é porque eu já estou no morto, nesta carta eu quero pedir perdão a você por tudo o que falei que o magoou, acredite que se eu pudesse voltar atrás teria engolido meu orgulho e implorado a você que ficasse conosco.

Sua mãe está aqui do meu lado, e Alice também, é uma garota maravilhosa.

Se você já está lendo essa carta é porque aceitou os termos do testamento, bem meu filho, eu estou ainda mais orgulhoso de você, e o fato de você ter aceitado Alice diz muito sobre como somos parecidos.

Quero falar de Alice.

A alguns meses atrás descobri que Alice tem parentes vivos, uma família rica da Thália do Norte, eu não disse nada sobre o assunto e eles vieram até a Fazenda Monte Carlo conhecer ela, combinamos que seria uma surpresa, porém quando viu a tia, ela teve um surto horrível, eu mandei os dois embora imediatamente, tentei conversar com ela, mas não quis me contar porque sentia tanto medo do tio e da tia.

DOCE ALICEOnde histórias criam vida. Descubra agora