Eu Odeio Você

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As noites de outono estavam frias, faltava um mês para Natal e as temperaturas já estavam bem baixas, coloco as luvas nas mãos e com a ajuda de Albert coloco o sobretudo.

Caminho para a saída e sinto um arrepio com o vento gelado que sopra, o inverno seria terrivelmente rigoroso.

Depois de tanto tempo longe, eu estava voltando ao trabalho finalmente, eu não tinha mais falado com Alice depois de nossa última discussão, mas os médicos estavam otimistas em relação a minha memória, os sonhos que eu tinha eram flashes de memórias que aos poucos estava voltando, mas era tudo muito confuso, para mim eram apenas sonhos.

Caminho para o carro e entro.

O motorista da partida e me leva para a empresa.

Assim que chego desço do carro e caminho para a entrada, o rol está da mesma forma.

Caminho até as escadas e subo para o segundo andar onde minha sala ficava, quando passo por Dara ela fica surpresa.

_ Bom dia Dara. Ela fala.

_ Bom dia senhor. Ela fala chocada.

_ Não eu não sou um espírito. Digo a ela.

O rosto fica vermelho e ela baixa os olhos.

_ Desculpe senhor. Ela diz.

_ Minha sala está aberta? Pergunto a ela.

_ Não senhor. Ela fala.

_ Onde está a chave? Pergunto.

_ Está com o doutor Sales. Ela diz.

_ Vá e diga para ele vir de imediato. Digo a ela.

_ Sim senhor. Ela diz e se retira rapidamente.

Depois de um tempo o homem alto e moreno surge nas escadas.

_ Senhor Monte Carlo, é bom vê-lo restabelecido e pronto para o trabalho. Ele fala com um sorriso genuíno.

_ Poderia me falar como está tudo? Pergunto a ele.

_ Claro senhor. Ele fala.

_ Vamos para minha sala. Digo a ele.

Caminhamos para minha sala e ele abre com a chave.

Tudo estava diferente, mas isso já não me importa mais, vejo o desenho infantil em um quadro sobre minha mesa e sorrio.

Talvez estivesse na hora de procurar Alice para pedir desculpas, pedir ajuda a ela.

Sento-me em minha cadeira e olho para o homem parado a frente da minha mesa.

_ Sente-se doutor. Digo a ele.

Ele se senta a minha frente e começa a falar o que tinha feito durante aqueles três anos, fico contente ao saber que tudo estava bem.

_ Vou querer todos os relatórios. Digo a ele.

_ Sim senhor. Ele diz.

Ele se levanta e caminha para a porta.

_ É bom tê-lo de volta senhor, acho que Alice não suportaria perder mais ninguém. Ele fala e fecha a porta atrás de sí.

Depois de um tempo Dara entra na minha sala com os relatórios.

O trabalho é intenso e distrai a minha cabeça de uma forma apaziguadora.

Quando da o horário, saio de meu escritório e desço as escadas colocando as luvas e o sobretudo, atravesso o rol de recepção e saio pelas portas da frente.

DOCE ALICEOnde histórias criam vida. Descubra agora