Encontro Desagradável

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Olho pelas janelas do escritório e vejo o park ali próximo, sinto a brisa leve de outono e decido sair um pouco para andar, a três dias que eu estava dentro de casa e não saia.

Isso me faz lembrar de Mikael.

Saio do escritório e subo as escadas rapidamente.

Abro o guarda roupas e encontro as roupas novas que havia mandado Albert comprar.

Suspiro pesado ao lembrar que Loue e Dante já não estavam mais comigo.

Troco a calça e coloco uma camiseta, uma camisa branca de botões e um suéter de lá azul escuro, coloco um par de botas, abutuaduras e penteio meus cabelos para trás.

Saio do quarto e caminho para as escadas, desço rapidamente e encontro Albert na porta do rol.

Ele pega o meu sobretudo e me ajuda a colocar.

_ Vai querer as luvas senhor? Ele pergunta.

_ Não é necessário, mande um recado para Harley, quero vê-lo ainda está noite. Digo a ele.

_ Sim senhor. Ele fala e eu saio pela porta.

Caminho para a saída onde um homem abre o portão para mim.

Os dois seguranças usando terno preto me acompanham para o park, eles param a uma distância de mim e ficam olhando para as pessoas.

Caminho até um banco e me sento, sentindo a brisa do outono.

Ao longe vejo os cabelos negros de Eleonor, ela olha para uma criança que aparenta um ano de idade, mas logo seu olhar se encontra com o meu.

Ela segura a mão do menino e caminha com ele em minha direção, como pôde alguém mudar tanto.

Quando ela chega mais perto sorrio para o pequenino ao seu lado.

_ Eleck. Ela fala com espanto.

_ Olá, e não eu não estou morto. Digo a ela.

_ Fico feliz, Helinho precisa de um pai além do que Neto e Maria dizem a ele. Ela fala e ri de sua própria piada.

_ Você conhece os meus filhos? Pergunto a ela.

_ Claro que sim, pelo que vejo você que não os conhece. Ela diz.

_ Eu não me lembro. Digo a ela.

_ Não lembra? Ela pergunta.

_ Não lembro de Alice, não lembro de ter rompido com você, nada. Digo a ela.

_ Foi eu quem rompi com você. Ela diz sorrindo.

_ Por quê? Pergunto a ela.

_ Eu estava com ciúmes de Alice, achei que estava me traindo com ela. Ela fala.

_ E eu estava? Pergunto.

_ Não, quem estava era eu. Ela fala.

_ Você me traía? Pergunto perplexo.

_ Sim, eu traía você com Thomas. Ela diz.

Fico um pouco sentindo por ela falar assim tão naturalmente.

_ Queria me desculpar com você. Falo a ela.

_ Pelo quê exatamente? Ela pergunta olhando a criança andando.

_ Harley me disse que eu contei o seu segredo a todos em um baile, sei que isso era muito íntimo. Digo a ela.

Ela sorri e me olha de lado.

_ Bem, se hoje sou essa mulher, foi graças a você. Ela fala.

Olho para o menino e sorrio.

_ Ele se parece com Thomas. Digo a ela.

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