Meu Final

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O dia está ensolarado bonito, Alice coloca o buquê de lírios brancos, Maria um buquê de rosas vermelhas, Neto coloca um buquê de rosas brancas enquanto eu seguro um lindo buquê de rosas cor de rosa.

Coloco ele em outro vaso de flores e olho a pequena casa que eu mesmo havia desenhado e mandado construir.

Coloco as mãos nos bolsos da calça e olho a construção com pesar.

_ Até o próximo verão meu amigo. Digo e vou para o caminho da pedras.

Vejo Alice, Neto, Maria e Helinho a minha espera a frente da pequena capela do cemitério.

_ Vamos. Digo a eles.

Pego Helinho do colo de Alice e seguro a mão de Maria, enquanto Alice segura a mão de Neto.

***

Três anos depois...

Olho pelas portas envidraçadas do escritório e sorrio, Fazenda Monte Carlo novamente, quem diria que eu estaria ali depois de tantos anos.

_ Papai, poderia vir comigo até a sala de jantar? Neto pergunta.

_ Claro filho, vamos lá. Digo a ele.

_ Ícaro tomou banho de tinta. Ele fala rindo.

_ Eu ficaria surpreso se não tomasse. Digo a ele.

Neto ri e caminha ao meu lado.

Quando entro na sala de jantar vejo Alice, Maria, Helinho e Ícaro.

_ Papai! Ícaro grita batendo palma.

Todos olhamos para ele.

_ É surpresa querido. Alice o corrige.

Ele olha para ela e depois para mim.

_ Shupesa! Ele grita e bate palma.

Todos rimos e eu o pego no colo.

_ Parabéns papai. Alice fala e vem me abraçar.

_ Parabéns papai. Neto fala já ao meu lado.

_ Parabéns papai. Helinho fala e me abraça também.

Abraço todos eles e olho para Alice que sorri com carinho.

_ Parabéns papai. Ela fala e coloca a mão sobre a barriga.

_ Você... você está grávida? Pergunto.

_ Estou. Ela fala.

Eu a abraço com carinho e a beijo.

_ Por Deus como isso aconteceu? Pergunto a ela.

_ Quer mesmo que eu conte? Ela pergunta.

_ Não é necessário, vamos comer torta que não é todo dia que o papai faz 43 anos não é? Pergunto e eles dão risada.

Depois de uma tarde agradável e início de noite gostosa, entro no quarto para dormir.

Alice está sentada a frente do espelho da penteadeira escovando os cabelos.

Me recosto na porta depois de fecha-la e fico olhando para ela.

_ O que foi? Ela pergunta.

_ Estou apenas admirando minha bela esposa. Digo a ela.

_ Você está estranho. Ela fala.

_ Estou ficando velho amor, com a idade adquirimos certas estranhezas. Digo a ela.

Ela deixa a escova sobre a penteadeira e se levanta, vindo ao meu encontro.

Quando chega perto me olha e sorri, colocando as mãos sobre meu peito.

DOCE ALICEOnde histórias criam vida. Descubra agora