Deixar Partir

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Acordo meio desorientado e olho para o lado, vejo a mesinha de cabeceira do meu quarto com Alice na mansão e aos poucos os acontecimentos do dia vem a minha mente.

Olho para o outro lado e vejo ela deitada dormindo como um anjo, suspiro diante de tanta beleza e inocência.

Estico o braço e acaricio o rosto bonito, os olhos estavam inchados e o rosto estava vermelho, olho para ela por inteiro e vejo que esta toda torna na cama.

_ Amor. Sussurro baixo para ela.

Ela resmunga algo incoerente e se vira de bruços, ficando de bunda para cima.

_ Não amor, não faz assim. Sussurro sentindo meu corpo acordar.

As pálpebras de Alice se agitam e sei que está acordando, assim que ela abre os olhos fita os meus com preocupação.

_ Você está bem? Ele pergunta preocupada.

_ Não. Digo a ela.

Vejo Alice se levantar da cama em um solavanco e vir para o outro lado.

_ O que está sentindo? Vou chamar o médico. Ela fala rapidamente.

Quando ela se vira para ir atrás do médico eu a puxo pela mão e ela cai sentada bem em cima do meu membro.

O rosto de Alice aos poucos é tomado pelo rubor e ela baixa os olhos, paraliso ante seu constrangimento e sei que há algo errado.

_ O que aconteceu? Pergunto a ela desconfiado.

_ Não aconteceu nada. Ela diz sem olhar para mim.

Procuro me sentar na cama e meu rosto fica na altura do dela.

_ Meu amor, eu a conheço muito bem. Digo a ela.

Alice me abraça desajeitada e me dá um beijo no rosto.

_ Não aconteceu absolutamente nada. Ela fala.

Decido por não insistir no assunto.

_ Queria pedir desculpas meu amor, ontem a noite durante o jantar eu fui irracional e agi muito mal com você, e quero pedir que me perdoe e prometo não mais acontecer. Digo tudo e abraço seu corpo com meu braço livre.

Ela se afasta um pouco e me olha.

_ Eleck o jantar foi a três dias atrás. Ela fala.

_ Minha nossa, eu fiquei apagado tudo isso de tempo? Pergunto a ela.

_ Sim. Ela disse se afastando de mim sem olhar em meus olhos.

_ Você poderia chamar Harley, Mikael e Vicente para mim? Pergunto a ela ainda desconfiado da forma que está agindo.

Logo Harley aparece na porta do quarto e entra.

_ Que bom que acordou senhor. Ele fala e parece nervoso.

Ele não iria me contar o que está acontecendo.

_ Obrigado Harley. Digo a ele.

_ Quero que escreva uma carta para o doutor João Paulo Sales, diga a ele que venha imediatamente para Thália do Norte. Digo a ele.

_ Sim senhor. Ele diz.

_ Pode ir. Digo a ele.

_ Com a sua licença senhor. Ele diz e caminha para a porta.

_ E Harley. Chamo.

_ Sim senhor? Ele pergunta.

_ Obrigado por ser tão fiel. Digo a ele.

DOCE ALICEOnde histórias criam vida. Descubra agora