03

14.2K 790 218
                                    

Alanna.

— Michel Soares não morreu! – O policial diz sério.

Aquelas palavras entraram por um ouvido e sairam pelo outro, eu nem pensava naquela probabilidade, Michel nunca forjaria a morte dele e o pior esconderia de mim depois de tudo que passamos.

— Olha eu não tenho tempo pra ouvir bobagens, me deem licença! – Falo me virando para sair.

— Nós podemos te provar que é verdade, nos também não temos tempo e não te chamaríamos aqui atoa! – A mulher diz me fazendo parar no mesmo instante.

— Cadê as provas, eu quero ver! – falo me virando.

O homem de terno abre uma gaveta pegando alguns papéis e entrega nas minhas mãos. Eram fotos dele, era o Michel!

Ele continuava o mesmo, mais com algumas mudanças visíveis, ele estava mais tatuado, mais forte e eu não conseguia acreditar que essas fotos poderiam ser recentes ou até mesmo depois dele ter morrido.

— Essas fotos foram tiradas a dois dias atrás! – O policial diz como um soco no meu estômago e eu nego rapidamente.

— Não, ele tá morto! – Falo mais para mim do que para eles.

— Alanna eu sei como deve tá sendo difícil de acreditar.. – a mulher começa a dizer e eu a interrompo.

— Não, você não sabe, meu marido morreu a dois anos atrás quando eu estava prestes a ganhar nossos filhos, ele não ia me deixar sofrer esses anos todos sem ele, não ia! – Falo para mim mesma enquanto chorava sem parar.

Ele não seria capaz de fazer isso comigo, ele não seria!

O homem de terno jogou mais fotos em cima da mesa, fotos dele em baile armado, fotos dele em cantos com diversas mulheres diferentes, ele conversando com bandidos. Não, não!

— Eu sei que precisa digerir tudo isso mais não te chamamos aqui só para isso.. – O policial diz.

— O que? Vão me dizer que minha vó tá viva também? E quem mais? – Pergunto exaltada e percebo o homem de terno segurar a risada e negar com a cabeça.

— Nós precisamos da sua ajuda! – A mulher diz.

— Pra que?

— Pra trazer o Michel para o Rio de Janeiro, ele se tornou frente de paraisopolis, um dos maiores morros de São Paulo. Eu sei que você pode nós ajudar! - Ela diz e eu fico a olhando perplexa.

Aquelas palavras não me desciam, eu não tava conseguindo acreditar em nada, eu não queria acreditar em nada daquilo. Eu não sofri esses anos todos carregando três filhos nas costas sozinha, entrando em estado crítico por que não conseguia superar a morte dele, enquanto ele estava vivissimo o tempo todo curtindo os frutos de ser dono de um morro!

Não respondi nada e sai daquela sala o mais depressa possível. Aquilo era tudo mentira, não poderia ser verdade, não poderia!

———————

Boa noite meninx, muitas de vocês me perguntam quando saiem capítulo novo e eu sempre posto de noite.

Quando tenho mas tempo costumo fazer metas e postar dois capítulos em um dia, um de manhã e outro a noite.

Espero que estejam gostando, tem muita coisa pra acontecer ainda..

Alanna | 2 Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora