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Uma semana depois.

Alanna.

- Eu mereço mãe, tirei 9,5 em matemática! - Léo diz e eu fecho a porta com Rael no colo.

- Ok, já que vocês tão insistindo, eu levo vocês! - Falo e as crianças gritam animadas.

Hoje teve reunião na escola das crianças e eu estava morrendo de orgulho deles, só ouvi coisas boas, tirando a parte que Rael quase bateu em um garotinho por que ele abraçou a Raissa.

Subi com as crianças e nos arrumamos para ir no restaurante que eles tanto gostavam, eu estava morrendo de cansaço, cheia de coisas na cabeça mas eles mereciam, fazia tanto tempo que não passava um tempo com eles assim.

(...)

- Eu vou comer uma pizza de bligadeilo! - Rael diz enquanto eu colocava seu tênis.

- Brigadeiro Rael! - Léo corrige rindo.

- Eu vou queler bebe refigelante! - Raissa diz sentada eu não aguento e acabo dando risada com sua fala.

Terminei de arrumar as crianças e peguei minha bolsa e a chave do carro, saímos e arrumei eles no banco traseiro. Assim que sentei no banco senti uma sensação ruim, senti até um arrepio, pensei em voltar e ficar em casa mais olhei as crianças conversando animadas e decidi ir, talvez não seja nada apenas cansaço mesmo.

Liguei o carro e durante o caminho fomos cantando tchutchuê, eu apenas ria com as crianças dançando, ouvi meu celular tocar e desviei os olhos rapidamente, quando voltei a olhar para estrada senti um baque forte na minha perna e antes que eu pudesse racionar apaguei.

Daiane.

- Ela não atende! - Falo revirando os olhos.

- Deve estar ocupada com as crianças depois ela retorna - Minha mãe diz e eu assenti.

Fiquei assistindo e mexendo no notebook até ouvir meu celular tocar, era um número desconhecido, estranhei mais acabei atendendo.

- Alô, quem é? - Pergunto assim que atendo.

- Oi, você é alguma coisa de.. Alanna.. Alanna Cardoso? - Ouço a voz de um homem e estranho, tinha muitas vozes no fundo e até choro dava pra se ouvir.

- É minha prima, o que aconteceu? Aonde ela está? - Pergunto me desesperando.

- Ela sofreu um acidente de carro, um outro veículo bateu de frente mas pelo que se dá pra ver só pegou no banco do passageiro, enfim..

- As crianças estavam com ela? - Pergunto e ele não responde - Moço? Pelo amor de Deus responde! - Falo nervosa.

- Sim, não da pra ver o estado deles moça, eu só estou te avisando mesmo, eles vão pro hospital central do Rio! - O homem diz.

- Tá bom obrigado! - Falo chorando.

Cobri os olhos tentando controlar minhas lágrimas mas não conseguia.

- O que aconteceu? - Minha mãe pergunta entrando no quarto.

- Alanna.. Ela sofreu um acidente com as crianças! - Falo chorando.

- Meu Deus.. Vamos pra lá Daiane, vamos! - Minha mãe diz me puxando.

Saímos do jeito que estávamos mesmo, pegamos o carro e fomos para o hospital. Minha mãe falou o nome deles na recepção e a moça pediu para aguardar, cruzei os braços tentando não pensar no pior, ouvi uma falação na entrada do hospital e vi vários médicos entrando. De longe reconheci o cabelo loiro de Alanna, na mesma hora corri até ela.

- Alanna, Alanna! - Falo tentando acompanhar os passos dos enfermeiros, ela estava desacordada e seu rosto estava praticamente todo coberto de sangue.

- Moça você precisa se afastar! - Um homem diz me segurando.

- Cadê as crianças? Cadê? - Falo empurrando ele.

- As crianças já estão em observação, vamos internar eles, mais só amanhã você vai poder vê-los! - Ele diz e eu nego.

- Eu preciso ver como eles estão, a minha prima tá cheia de sangue e ninguém me fala qual o estado deles! - Falo em bom tom e as pessoas já me olhavam.

- Daiane calma! - Minha mãe diz segurando minha cintura.

Respirei fundo e fechei os olhos pedindo para Deus não deixar acontecer de pior acontecer com eles, NADA!

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Confesso que foi difícil escrever esse capítulo, mas aguardem as emoções que tem mais coisa pra acontecer.

Alanna | 2 Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora