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Maratona 1/3

Alanna.

— É aqui! – A mulher diz colocando uma mala minha no chão.

Já estávamos em paraisopolis e ela ja tinha me explicado o que eu precisava saber, a casa era bonita, nada fora do comum, tinha sala, cozinha e um quarto, uma casa ideal para uma pessoa.

— Deixa suas coisas aí e vai até o bar do São Francisco.. Agora! – Ela diz do nada e eu a olho sem entender.

— Eu vou arrumar.. – Antes que eu termine de dizer ela me interrompe.

— Ele está lá agora Alanna, vai anda.. – Ela diz fazendo meu coração acelerar.

Ela revirou os olhos e saiu da casa me deixando sozinha com meus pensamentos. Era agora! Sai da casa que ela tinha me deixado e fui subindo a rua devagar, estava perdida nesse lugar, avistei uma menina loira tatuada virando a rua e tive que chamá-la para pedir ajuda.

— Ei, você sabe aonde fica o bar do São Francisco? – Pergunto e ela assenti.

— Estou indo pra lá, vamo aí – Ela diz me chamando e eu suspiro aliviada seguindo ela — Você é nova aqui né? – Ela pergunta enquanto caminhávamos.

— Acabei de chegar.. – Falo sem graça.

— Você vai adorar aqui, ultimamente as coisas tão bem tranquilas – Ela diz sorrindo simpática – Nem perguntei seu nome.. – Ela diz e rimos.

— Alanna e o seu?

— Gabriela, você vai enjoar de ver minha cara aqui, trabalho com o chefe e tenho que ficar descendo e subindo esse morro, uo! – Ela diz e sorrio forçado, será que ela estava dELE..

— Chefe? – Falo com medo da resposta.

— Sim cara – Ela ri — O nome dele é Michel, mais ninguém chama ele assim a não ser as pessoas mais próximas que são poucas.. Se uma hora vocês se encontram você chama ele de Menor, uma hora vocês vão se encontrar por aí! – Ela diz sorrindo e eu tento disfarçar meu desconforto.

Ela parecia ser realmente muito próxima dele e isso me incomodou muito, até mais do que deveria e nem sei por que.

— Chegamos, é ali.. – Gabriela diz apontando para o bar no fim da rua.

Senti um gelo pelo meu corpo todo vendo ele ali, era realmente ele, ele estava ali a metros de mim e eu o reconheceria a quilômetros. Sua expressão estava amarrada que deixava ele ainda mais bonito, não consegui ver ele de frente pois estava virado de lado conversando com um homem, que não parecia ser estranho..

— Ei Alanna, vamos, tá maluca aí parada no meio da rua – Gabriela diz.

— Pode indo eu lembrei que preciso passar em outro lugar, depois eu volto aí! – Disfarço e ela da os ombros saindo dali.

Antes que eu podesse voltar a caminhar o homem que conversava com Michel me olhou de relance e não tinha como não lembrar da cara daquele maldito.

***

— Sentiu minha falta? – Ele diz com um sorriso de canto e eu desviei meus olhos do dele.

O que você quer? Nem fora do Brasil você deixa a gente em paz.. – Falo negando.

— Você nunca deixa de ser marrenta né. Tomara que seu filho não nasça com esse seu gênio forte por que do pai não tem nada de bom para puxar!

***

Por instinto me virei e sai dali o mais rápido possível, se minha cabeça estava confusa por ver Michel ali, ficou pior ainda vendo aquele outro cretino conversar com ele.


O que Bruno estava fazendo aqui?

Por que conversava com Michel como se fossem amigos?

Por que Michel forgou uma morte e me abandonou sozinha?

Eram tantas perguntas que vinham na minha cabeça e nenhuma resposta, respostas essas que se eu não for atrás não irei descobrir nunca!

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Meta:
30⭐ 25💬

Conforme forem batendo a meta vou soltando os capítulos.

Alanna | 2 Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora