Maratona 3/4
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Gabriela.
— Não vou matar um inocente! – Falo cruzando os braços.
— Como que você sabe que ele é inocente? – Sábia pergunta.
— Intuição!
— Intuição falha, intuição não é confiável! – Ele rebate.
— Ninguém é, nada é! – D2 diz.
— Michel deveria saber disso! – Falo olhando para o teto.
Eu posso estar errada mais aquela loira não me cheirava bem não, como Michel diz eu não sei da história dele mais é muita conhecidencia, muito "Destino" tudo isso. A mulher larga o cara e do nada, DO NADA volta com a cara mais lisa do mundo. São Paulo é grande enorme por que ela se enfiaria numa favela? Aquelas roupas que ela usava não eram barata, ela tinha dinheiro pra ir num lugar melhor e decide se enfiar aqui, por amor? Até parece!
— O cabeça de vento vem logo, vamo buscar o cara! – D2 diz me chamando.
— O que? Já vão matar ele? – Pergunto saindo com ele e o Sábia.
— Quer esperar ele tentar fuder a gente de novo? – Sábia pergunta.
— Hoje tem baile, vamos curtir! – Tento convencer eles mas sei que é missão falida e eles nem respondem.
Depois de descer a favela paramos em frente ao barraco do cara, Sabia chegou arrombando a porta e eu revirei os olhos com sua atitude desnecessária.
— PAI! – O menino que deveria ter uns 8 anos grita assustado.
— O que foi.. – Um homem velho, diz saindo de algum dos cômodos — O que vocês querem? – Ele pergunta assustado.
— Tu acha que aqui é bagunça teu cana, aqui nessa favela x9 não se cresce não, nossa geladeira tá cheia deles! – Sábia diz arrumando o fuzil no peito.
— Eu.. Eu não me envolvo nessas coisas! – O homem gargueja — Eu me lotei de dívidas e por isso vim pra cá, eu me sustento com minha aposentadoria e sustento meu filho, eu não fiz nada, nunca faria! – O homem diz e o menino corre para abraçar ele.
— Vamos terminar essa conversa na boca! – Falo e o homem se desespera.
— Por favor eu juro pela vida do meu neto que não fiz nada.. – O homem diz chorando e o garoto corre para abraçá-lo.
— Deixem meu pai em paz! – O garoto diz em bom som.
Antes que alguém pudesse dizer alguma coisa ouvimos diversos disparos. Droga, é os cana entrando de novo!
(...)
Alanna.
Acordei com meu celular tocando, era a polícia novamente, decidi atender contra vontade mesmo.
— Você acha que fechar um acordo com a polícia é assim? Fica com seu marido, descobre que sofreu por anos atoa e vai embora? – O policial diz e eu respiro fundo.
— Eu disse que viria!
— A única coisa que você nos ajudou foi adiantando o nosso serviço!
— Vocês não vão pegar o Michel e muito menos teram mais a minha ajuda, nosso trato acaba aqui! – Falo por fim.
— Ok! – O policial diz desligando.
Raissa logo acordou junto com Rael e fomos tomar banho, já estava escurecendo e eu estava com fome já, assim como as crianças.
Mandei mensagem para Daí e disse que estava me arrumando para ir para o morro e ela disse que já estava lá. Coloquei uma roupa simples porém bonita, e arrumei meus dois bebes, Rael cismou que queria o cabelo para o alto e eu tive que ajudá-lo, já Raissa queria a trança "Da elza" e lá vai eu de novo.
Peguei o carro e fomos para o morro, hoje é sexta e a favela está em movimento, depois que Michel foi embora não acontece mais baile, nem pagodes ou coisa do tipo, até por que essas coisas era patrocinadas pelas bocas de fumo que existiam, hoje em dia as vezes tem brinquedos para as crianças mais é raro, tudo pela prefeitura também!
Enquanto passava pelas ruas avistei Juliana no bar da minha tia, ela estava acompanhada do marido e sua barriga estava enorme, deveria estar de uns 8 meses já! Avistei Gabriel por ali também com a minha afilhada linda, minha indiazinha!
— Mamãe a Xula! – Raissa diz apontando para a rua.
— É sim meu amor, depois peço para a tia Millena levar ela para vocês duas brincarem! – Falo estacionando em frente a casa da minha tia.
O som já dava para se ouvir da laje, desci do carro e peguei as crianças junto com a minha bolsa. Entramos e já subimos direto pra laje, assim que minha nos avistou já veio correndo nos comprimentar.
— Meus nenens! – Ela diz beijando as crianças — E você quenga.. – Ela diz me beijando e eu ja seguro arisada sabendo que viria bronca.
— O que eu fiz agora? – Pergunto me fazendo de sonsa.
— Como que você vai atrás de um defunto e não avisa sua família? – Ela pergunta — Não responde, depois a gente conversa, vamos comer! – Ela diz e eu sorrio aliviada pegando as mãos das crianças.
A Daí apareceu junto com Pk pouco tempo depois, Jp estava junto com ela e já correu para meu lado querendo saber de tudo. Decidi não falar sobre nada por hoje, minha família estava aqui, meus filhos, meus amigos e isso que importava agora, as pessoas que não me deixaram, eu amava o Michel, ele tinha parte de mim mais me machucou.. E falar dele me machuca muito!
Pra resumir melhor esquecer tudo que vivi nos dois últimos dias, meu marido morreu a dois anos atrás!
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Alanna | 2 Temporada
Romance"Não permaneça presa ao passado, nem a recordações tristes. Não remexa numa ferida que já está cicatrizada. Não revolva dores e sofrimentos antigos, O que passou, passou!" Eu não me lembro quem me disse isso, mas sei que é isso que deveria ter feito...