22

10.4K 564 62
                                    

Alanna.

Cheguei em casa e estava exausta mentalmente, eu jurei que nossa conversa iria ser calma e iríamos nos resolver.. Enganada né.

— Eai como foi lá? – Daí pergunta descendo as escadas e eu me jogo no sofá.

— Frustrante.

— A não, não se resolveram? – Ela pergunta se jogando ao meu lado. Antes que eu pudesse responder a porta é aberto por Jp, e ele nem diz nada, apenas se joga no sofá ao nosso lado.

— Tô puta, aquele cretino assumiu outra! – Ele diz e eu fecho os olhos.

— Ele disse que eu sou culpada por tudo! – Falo triste.

— Vamos comer brigadeiro e chorar? – Daí pergunta e eu abro os olhos assentindo.

— Vamos encher a cara como nos velhos tempos.. – Jp sugere.

— As crianças estão dormindo? – Pergunto e Daí assenti.

— Menos o Léo, ele esta jogando! – Ela diz.

— Aí gente se vocês não forem, eu vou encher a cara sozinha, hoje tô mal! – Jp diz e eu senti pena do meu viadinho.

— Vamos sim amigo, vou ligar pra babá das crianças! – Falo e ele suspira.

— Vamos bailar, pra relembrar os velhos tempos de quando a gente não sofria? – Daí diz e a gente ri.

— Vamos! – Eu e Jp falamos em uníssono.

Eu estava mal e isso era visível para qualquer um, mais hoje eu precisava e iria esquecer minha conversa com Michel.

(...)

Estava pronta, com um vestido preto colado, meu querido louboutin preto e um básico batom matte vermelho nos lábios juntamente com a maquiagem que Jp fez em mim. Eu estava me sentindo um mulherão, muito gata mesmo!

Dei um beijo nas crianças e saímos pra balada, resolvemos ir para a vitrini que não era muito longe. Pelo nosso estado hoje iríamos beber até nosso fígado implorar para pararmos, ainda bem que Daí estava junto pois ela é nossa mãe do rolê!

Chegamos na vitrini e logo entramos com as pulseiras, senti alguns olhares em minha direção e segui para o bar com Daí e Jp, nos sentamos e pedimos uma rodada de whisky com energético para começarmos.

— Caraca eu amo essa! – Jp diz animado enquanto se mexia na cadeira, eu e daí não aguentamos e começamos a rir.

Nossa bebida chegou e a música aumentou, o lugar já estava cheio e Jp e Daí estavam dançando próximos a mim enquanto eu apenas observava e dava algumas risadas das palhaçadas do Jp.

Eu estava tentando me enganar, enquanto a batida das músicas soavam em meus ouvidos eu senti um cheiro que me lembrava muito ele e eu olhei em volta me vendo rodeada de pessoas aleatórias, eu queria tanto correr dali e ir para os braços dele.. Parecia tão tosco tudo isso, eu queria enganar quem? Meu próprio coração?

Resolvi me levantar para ir ao banheiro, avisei Daí e Jp e ambos insistiram para irem comigo e eu neguei, fui sozinha e por milagre o banheiro não estava tão cheio.

Me olhei no espelho e fechei os olhos lembrando da nossa conversa, meus olhos começaram arder e eu abri os olhos deixando as lágrimas caírem livremente sem me importar se borraria minha maquiagem ou não, eu queria me livrar do sentimento que eu sentia, eu queria me enganar, pelo menos por hoje!

Limpei minhas lágrimas com cuidado e sai do banheiro bebendo meu whisky, quando cheguei ao bar o meu copo já estava vazio e pedi um copo de vodka. O barmen não demorou muito para trazer e eu de cara virei o copo sentindo o líquido rasgar minha garganta, fechei os olhos com força e coloquei o copo sobre a mesa.

— Ei loira, não te conheço mais vai devagar.. – Ouço uma voz atrás de mim e me viro vendo um cara moreno, ele tinha uma barba rala e um leve sorriso safado nos lábios.

— Quem você pensa que é para falar para eu ir devagar? Me deixa eu em! – Falo revirando os olhos e ele ri negando.

— O que você tem de gata você tem de arrogante, Deus me livre! – Ele diz revirando os olhos e saindo dali.

Pedi mais um copo de vodka e virei.

— Não foi assim que eu te ensinei loira burra! – Jp diz chegando ao meu lado.

— Do que você tá falando? – Me faço de sonsa.

— Para de ser besta e vai atrás daquele gatinho, tá te olhando desde que nos chegamos! – Daí diz e eu nego.

— Vim pra beber, não pra caçar macho, tô tentando esquecer de um inclusive!

— Alanna, para vai, dá um chance pra vida, ninguém tá mandando você ir pedir o cara em casamento, vai dar só uns beijos, uns amassos.. Você precisa viver, quem tá preso não é você! – Jp diz sério e eu olho para o garoto que eu tinha acabado de dar um fora.

Ele realmente era um gatinho e estava conversando com um garoto e ambos riam animados, mordi os lábios respirando fundo e me levantei me equilibrando naquele maldito salto. Meu Deus, será que ainda sei fazer isso?

———————

Vocês pediram e Alanna resolveu dar um guinada na vida dela haaha, o que querem que aconteça nos próximos capítulos?

Alanna | 2 Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora