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Alanna.

— Ele não para chorar querendo você, acorda logo cara.. – ouço uma voz distante de mim e me esforço para abrir os olhos.

Tento me mexer mais era como se algo me segurasse, abri os olhos com dificuldade e pisquei repetidas vezes por conta da luz, olhei para o lado e que estava em um quarto branco com Daiane do lado.

— Meu Deus Alanna, como está se sentindo? – Ela pergunta eufórica, tentei responder mais não consegui, minha garganta doia de tão seca.

— Água.. – Tento falar e ela assenti indo em algum lugar.

Olhei para meu braço e estava cheia de agulha, minha cabeça começou a doer e queria entender o que estava acontecendo.

— Aqui! – Ela diz me ajudando a beber.

— O que.. aconteceu? – Pergunto com a voz fraca e rouca.

— Você não se lembra? – Ela pergunta franzindo as sobrancelhas e nego — Você sofreu um acidente de carro! – Ela diz me fazendo ficar em choque com suas palavras.

As últimas coisas que eu lembrava era de estar dirigindo e cantando com as crianças e.. as crianças!

— Cadê meus filhos? – Pergunto forçando a voz. — Em! Cadê eles? – Pergunto tentando me levantar e Daiane me impede.

— Calma Alanna, tá tudo bem com eles! – Ela diz.

— Eu quero ver!

— Calma Alanna, você precisa olhar o seu estado, as crianças sofreram ferimentos leves, apenas o Léo que acabou tendo que enfaixar o braço, só isso. Agora olha pra você! – Ela diz firme e eu fico sem entender suas palavras.

Olhe pra você... olhei para meu braços, minhas mãos, minha barriga e.. tentei sentir minhas pernas, fiz força e acabei gemendo quando senti uma pontada forte.

— Suas pernas Alanna.. – Ela começa a dizer e percebo seus olhos lagrimejarem — O baque acabou batendo nas suas duas pernas e tendo um trauma, pelo que o médico explicou acabou paralisando um dos seus nervos.

— Eu não vou andar mais? – Pergunto chorando.

Não, isso não podia estar acontecendo comigo, eu tenho minha vida corrida, eu tenho três filhos e não vou suportar isso, não mesmo!

— Vai, claro que vai, mais aos poucos, você vai ter que ter paciência! – Ela diz e eu fecho os olhos tentando acordar daquele pesadelo.

— Eu quero ver as crianças! – Peço.

— Vou tentar trazer eles! – Ela diz saindo do quarto.

Fechei os olhos chorando tudo que podia, eu não estava preparada pra isso, logo agora, logo agora..

— Mamãe.. – Ouço a voz de Rael e ali foi como se todos os meus problemas sumissem.

As crianças entraram na sala e correram até mim me abraçando forte, Leo estava com o braço enfaixado, Rael e Raissa estavam com alguns arranhões no rosto e aquilo doeu tanto em mim.

— Mamãe eu quelia te ver.. – Raissa diz abraçada a mim e eu sorrio beijando seu rosto.

— Você dormiu por dias, quase uma semana! – Léo diz e percebo sua expressão triste.

— Vamos embola agola mãe.. – Rael pede encostando a cabeça no meu peito e eu queria tanto dizer um sim.

— Vamos logo logo filho! – Falo chorando.

(...)

Fiquei um pouco com as crianças e o médico entrou no quarto e deixou apenas eu e ele, ele pegou um caderno e mexeu nas agulhas.

— Está se sentindo bem? – Ele pergunta.

— Sim!

— Quantos porcento?

— 60 porcento! – Falo e ele assente.

— Isso já é ótimo, você ficou desmaiada durante dois dias, fizemos uma cirurgia no seu joelho, o baque acabou paralisando um nervo mas não precisa se preocupar que logo vai estar com a perna boa. Você levou sete pontos no pescoço e dois no queixo, vamos retirá-los em breve.. – O médico diz e eu apenas assentia enquanto ele falava as coisas.

— Quando eu vou poder ir embora? – Pergunto.

— Bom, podemos te liberar daqui a uns três dias, mais vai ter que ficar com a cadeira de rodas por um tempo.. – Ele diz e eu assenti frustrada.

— A enfermeira vai trocar o soro e limpar os pontos, depois seus familiares já vão poder entrar! – Ele diz e eu assenti.

A enfermeira não demorou para entrar e fazer o que tinha que fazer, assim que ela saiu, Bruna entrou sozinha, fiquei surpresa por ela estar ali mais sorri.

— Eai está bem? – Ela pergunta sorrindo sem mostrar os dentes.

— Na medida do possível! – Falo.

— Ok, eu ia vir apenas te visitar e te ver mais eu preciso falar sobre como andam as coisas sobre o Michel! – Ela diz.

— Claro, pode falar, eu tô doida pra saber!

— No mesmo dia que você sofreu o acidente eu tinha conversado com o Juiz que está com o caso do Michel, tinha alguns homens, policiais.. não sei enfim, eu chamei o juiz de canto para ninguém ouvir e convenci ele a adiantar o julgamento do Michel, vamos a tribunal daqui uma semana! – Ela diz e eu sorrio fraco com suas palavras.

— Você se lembra como eram esses polícias que estavam lá? – Pergunto curiosa.

— Um eles era moreno, alto, e tinha uma fênix tatuada na mão, os outros eu não lembro muito bem.. – Ela diz e eu me forço para lembrar, um dos policiais que me mandaram para São Paulo tinha uma tatuagem na mão, mais eu não me recordo.

— Ah tudo bem, eu vou ao tribunal com você! – Falo.

— Se você preferir..

— Não Bruna, eu vou ao tribunal com você e o Michel! – Afirmo.

Poderia ser coisa da minha cabeça mais eles não iam conseguir me parar, eles tinha prometido que iam me fazer mal por que eu decidi pular fora do plano deles e eu prometi ao Michel que eu ia tirar ele da cadeia.

E não vai ter nada que vai me impedir de fazer isso!

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Mais um capítulo pq vocês não cansam de encher me inbox pra pedir capítulo novo haaaha.

Como não falei antes eu não pretendo extender essa segunda temporada como fiz com a primeira, então..

Vou preparar uma maratona final para vocês se despidirem dos nossos queridinhos.

Alanna | 2 Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora