Imperfeitos 2 - The Lie (Jungkook)

|Picada|

Sugestão de música: Rush - MONSTA X

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|Yoongi's POV|

Depois de ter um calmo, civilizado e fodido diálogo de xingamentos em coreano com a garota de olhos puxados que eu acidentalmente quase atropelei, finalmente nos entendemos um pouco e a convenci de ir para meu apartamento. Afinal, eu teria que arcar com as consequências de quase ter passado a moto por cima dessa sem noção.

Seus cotovelos, pés, joelhos e uma parte da coxa estão machucados. Há também um arranhão no queixo, provavelmente feito pelo asfalto.

Ela acabou deixando escapar que é brasileira com ascendência coreana e por isso sabe um pouco do idioma.
Tive dificuldade em trazê-la. Ela pedalou muito de vagar até o apartamento por conta dos machucados, inclusive ouvimos muitas pessoas buzinando para sairmos do caminho, mas depois de dois séculos finalmente chegamos.

- Xingando um ao outro em qualquer frase que falamos, nem tive oportunidade de perguntar seu nome. - Fui atrás da caixa de primeiros socorros.

- Nem eu. - Falou demonstrando o mínimo de interesse.

- Meu nome é Min Yoongi, mas pode chamar de Suga se desejar. Ou não, tanto faz. - Peguei a caixa que estava sobre o armário na pequena sala do meu apartamento.

- Suga? Tipo, açúcar? - Sorriu com ironia.

- Algum problema com meu apelido? - Perguntei sem achar graça nenhuma.

- Qual o sentido desse apelido para você? Sério... - Deu mais uma risada debochada.

- Açúcar. - Respondi simplesmenta apenas por educação. Essa garota estava sendo chata demais para o meu gosto.

- E você se acha doce? - Perguntou irônica.

- Sou irresistível. - Dei minha resposta usando o mesmo tom e me ajoelhei na frente da garota que estava sentada no sofá começando a limpar os machucados.

- Seja menos, Yoongi. - Sorriu debochada.

- Menos é mais, e eu já sou isso. Você não resistiria ao meu charme se convivesse comigo por mais tempo. - Falei tendo certeza de minhas palavras. - Ainda assim, não preciso provar nada disso. Você vai cair fora daqui em menos de quinze minutos.

- Agradeço. Até porque você não tem nada de atraente, possuo zero interesse em você. - Revirou os olhos.

Mas é uma mal amada mesmo.

- Quem? - Indaguei.

- Eu...

- Quem te perguntou se você possui interesse ou não em minha pessoa? Eu em, não se pode mais fazer uma gentileza hoje em dia que já acham ser flerte. - Falei e pressionei o algodão com álcool em seu ferimento fazendo-a dar um pequeno pulo.

- AÍ! Seu bruto! Com certeza você não tem namorada porque é um sem coração!

Parei por um momento me sentindo triste e chateado por um momento ao ouvi-la falar aquelas palavras. Eu tenho um coração sim, não teria dado ele à Victória caso não o possuísse.

- Sou mesmo bruto mesmo, senhorita atropelada. - Continuei limpando os machucados e fiz questão de pressionar um pouco mais forte. - Aliás, qual é o seu nome mesmo? Deve ser um nome bem feio né, porque assim combina com você e sua arrogância.

- Mudou de assunto por causa do que eu falei? Afetou muito o seu ego? - Debochou.

É o fim da picada.