Mentiras... Todos mentem, e se alguém dissesse que não, já estaria mentindo. Afinal, quem nunca?
Mas e quando uma mentira vai levando a outra até que no fim toda verdade pode ser vista? O amor seria capaz de enfrentar e superar isto? A segunda temp...
Sugestão de música: Who Are You - BamBam feat. Seulgi
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|Seliny's POV|
Realmente não consigo entender como ele chegou a esse ponto. O que fizeram com o bebê afinal? O tiraram de mim enquanto eu estava em coma, foi isso? Não estou sabendo lidar. Eu queria gritar, colocando todo o meu sentimento nisso, contudo seria humilhante demais.
Queria fugir para qualquer lugar onde não corresse o risco de encontrar outras pessoas, então corri muito, o mais rápido que podia, canalizando minha dor nos movimentos do meu corpo. Eu deveria ter pensado melhor e usado meu carro, mas naquele momento não consegui raciocinar nada plausível e apenas corri para a saída sem nem me importar de estar descalça.
Eu não queria que as coisas terminassem entre a gente dessa forma, na verdade, não queria que terminasse nunca, mas aquela situação estava além disso. Inevitavelmente, minhas lembranças com ele começaram a vir à tona, desde o primeiro dia em que nos conhecemos até os mais diversos momentos que tivemos. Era inegável o fato de que eu adoraria abraçá-lo agora, mas sinto muito que o "nós" tenha acabado dessa forma.
"— Procure o livro apenas depois de uma semana.
— E por quê?
— Porque eu só acho que é o prazo que dão para ler e fazer a devoção, né? Não seja palhaço.
— Ah sim. — Falou me mostrando um sorriso, que desta vez, senti que não foi de deboche e sim por ele ter sido meio estúpido."
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Foi a primeira vez que o vi sorrir para mim, um sorriso sincero.
"—Eu disse para me deixar levar você, sua teimosa! — Se aproximou.
— Só espero que não fique pior. — Suspirei sabendo que o machucado já tinha piorado com aquela topada maldita.
— Não vai ficar. Vem, sobre aqui. — Se virou e abaixou-se para que eu subisse em suas costas.
Aff, ato de cavalheirismo. Só aceitei porque eu queria mesmo que ele me carregasse o caminho todo e mais um pouco, mas ninguém precisa saber, não é?
Subi em suas costas quem sabe ainda um pouco relutante com a situação e o mesmo segurou firme em minhas coxas, logo se levantando. Eu estou vivendo uma vida de dorama, uma fanfic, não é possível.
— Você está bem? — Perguntou.
— Estou sim, obrigada. — Respondi e percebi ele sorrir vitorioso por eu ceder."
Simplesmente uma das vezes em que ele demonstrou se importar e preocupou-se comigo.
