Imperfeitos 2 - The Lie (Jungkook)

|Anseios|

Sugestão de música: deja vu - Olívia Rodrigo

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|Jungkook's POV|

Ela estava linda, como sempre. A gravidez não a deixou menos atraente ou menos bela, pelo contrário, ela permanecia simplesmente como a mulher mais linda que eu já havia conhecido. O amor da minha vida.

Apesar de manter a pose, meu coração estava acelerado em estar tão perto dela novamente, em poder vê-la e ter a chance de, quem sabe, consertar as coisas. Era inevitável não me sentir nervoso e com uma ponta de ansiedade, pois Seliny costumava me fazer ter esse tipo de misto sentimental.

- O que você faz aqui? Como soube o meu novo endereço? - Indagou, desfazendo sua cara de surpresa.

Por mais que quisesse esconder, é claro que ela estaria surpresa depois de eu aparecer na frente dela sem mais nem menos tão de repente. Aliás, foi um pedido meu que Jin e Stephani não contassem que eu voltaria. Eles também me disseram qual era o novo endereço, com um pouco de insistência da minha parte, é claro.

- Boa tarde, Seliny. Será que você poderia ao menos me dar boas vindas? - Não deixei de encarar seus olhos por nenhum segundo, mas ela optou por se manter calada - Bem, parece que não. - Respirei fundo - Estou aqui pelas crianças que você quis esconder de mim. Voltei pelos meus filhos. - Expliquei.

É claro que eu gostaria de ter dito "nossos" ao invés de "meus", mas já que ela não quer compartilhar nada comigo, também me permitirei ser ganancioso em querê-los apenas para mim.

- Eu não vou dar esse direto a você. Por favor, vai embora. - Tentou fechar a porta, porém, impedi.

- Eu quero participar da vida dessas crianças e acompanhar o crescimento delas como um verdadeiro pai presente. Esses gêmeos são a mais nova razão da minha existência, Seliny, não posso simplesmente ignorar o fato de que são meus filhos!

- E que te contou sobre a minha situação?

- Não é isso que interessa agora! A questão é que eu voltei para assumir a paternidade dos meus filhos e você não pode me excluir disso como se eu não existisse.

- Como você acha que eu deveria agir depois de saber o que você fez na minha priveira gravidez? Você por acaso nem pensou em como eu me sentiria? - Seus olhos ficaram marejados.

- Droga, você sempre entende tudo como quer! E apesar de eu ter tentado explicar a situação, você fez questão de não me escutar! - Me senti ficar alterado.

- E você acha que voltando do nada vai poder mudar alguma coisa? - Indagou e pude ver uma lágrima cair sobre sua bochecha, contudo ela a limpou rapidamente.

- Seliny... - Respirei antes de começar. - Eu sei que as coisas não vai ser como antes, mas não quero levar isso para um lado mais sério. Você sabe que juridicamente eu tenho todo o direito de acompanhar o crescimento dos meus filhos. Eu não sou nenhuma ameaça para essas crianças.

- Sério? - Riu com ironia. - Desde quando surgiu essa super vontade de ser pai? - Cruzou os braços.

- Você me conhece melhor que muitas pessoas, ou pelo menos conhecia. Sinceramente estou decepcionado com você por ter chegado a pensar seja lá o que for ruim de mim.

- Eu digo o mesmo para você! Não sabe o quanto eu também me magoei com isso. - Retrucou.

- Seliny, eu juro que há uma explicação para as coisas, eu só preciso que você me dê um voto de confiança. - Instintivamente levantei a mão para tocar seu rosto e, no entanto, ela se afastou.