Katsuki
Kirishima ia me dizer alguma coisa quando ouço alguém chamar por seu nome.
Era um cara de cabelos negros curtos, com olhos cor de carvão e um sorriso estranho.– Kirishima? É você mesmo, cara? – O garoto disse enquanto se aproximava. Olhei para Kirishima por um momento e ele aparentava estar entrando em desespero.
– S-Sero? Quanto tempo... – ele diz não parecendo muito confortável com a situação.
– Não te vejo desde que saiu da cidade. – o moreno diz – Você não mudou muito haha
– Nem você. – Eijirou prosseguiu a conversa não aparentando ter muita vontade.
– E quem é esse loiro aí? – ele questionou e eu imediatamente fiquei irritado.
– Bakugo Katsuki, agora pode vazar daqui, filho da puta. – Acabo me descontrolando pela irritação.
– Ei Suki, não precisa falar assim. – Kirishima me repreende, mas ele parece querer tanto aquilo quanto eu.
– Suki? Ah, vocês estão juntos, é? – Sero diz de forma descarada e isso me pareceu mais uma provocação do que qualquer outra coisa.
– N-nós estamos namorando. – ainda bem que Kirishima responde por mim, mesmo ele estando tão envergonhado – Por que?
– Ah, foi só curiosidade mesmo, me desculpe se fui invasivo demais. – Ele diz coçando a nuca – Ainda bem que Dabi não está por aqui, ele ficaria que nem daquela vez... – o moreno dizia, abaixando o volume de sua voz a medida que sua expressão aparentava arrependimento.
No momento que o nome Dabi foi pronunciado, pude ver a expressão de Kirishima ir de surpresa até o desespero. Desci o olhar e suas mãos e pernas começavam a tremer.
Mas que caralhos esses caras fizeram com ele?
– N-nós temos que ir embora agora, sabe? – mesmo com a voz meio tremula, Kirishima declara – Foi bom te ver Sero, mas temos que ir logo se não vai ficar tarde.
E então sinto Kirishima envolver sua mão a minha e me puxar em direção a saída de forma apressada sem esperar resposta do tal Sero.
Ainda estou confuso com a situação, mas sinto uma pontada de irritação apenas por imaginar que alguém pudesse ter feito algo com Eijirou.
*
Quando saímos do aquário, já sou capaz de ouvir a chuva forte que nublava o céu.
Kirishima ainda estava tremendo e parecia se segurar para não chorar.– Kirishima, você tá bem? – questionei mesmo já estando óbvio que ele não está – Aquele filho da puta fez algo com você? – ele nega trêmulo – Esse tal de Dabi fez? – e pela segunda vez naquele dia fui capaz de ver sua face novamente em desespero.
– Eu quero ir embora, Suki... – ele diz e eu não me contenho a abraçá-lo ternamente – Desculpa estar sendo tão chato depois de você ter me trago aqui, de verdade, me des-
– Cala a merda da boca, você não precisa pedir desculpa por nada, Kirishima. – quase rosno vendo ele pedir desculpas mesmo em uma situação tão ruim. – Vou te levar para casa.
Logo eu chamo um táxi e peço para ele chegar o mais rápido possível no endereço que eu havia dado, que era a casa de Eijirou.
No carro, Kirishima já havia se acalmado um pouco, mas mesmo assim eu mantinha certa proximidade dele e segurava sua mão como forma de acalmá-lo, já que abraços longos não eram algo que ele parecia gostar.
Quando chegamos na casa de Kirishima, sua mãe ficou aflita ao ver o estado dele.
– Eiji? O que aconteceu? – Ela questionou parecendo verdadeiramente preocupada. – Você fez algo com ele? – ela se volta para mim com uma expressão irritada e eu nego imediatamente, mas não parece ajudar.
– Ele não fez nada de ruim comigo, mãe. – as lágrimas eram perceptíveis na face de Eijirou. – Eu só encontrei alguém da nossa antiga cidade e-
– Um daqueles desgraçados? – ela questiona e isso me deixa intrigado.
– Mãe, só deixa eu ir para o meu quarto, por favor! – ele súplica e ela deixa de forma hesitante – Bakugou, você pode ir embora, obrigado por hoje e desculpa por-
– O cacete que eu vou embora. Não vou me dar o luxo de sair enquanto você não estiver bem. – digo irritado.
Ele aparenta não resistir mais e vejo mais lágrimas em sua face antes dele me abraçar forte, ainda estando com todo o corpo trêmulo.
Olho para sua mãe e ela parece me dar permissão para eu cuidar de seu filho, então eu espero até que ele se afaste do abraço e seguro sua mão delicadamente enquanto ele me guia até seu quarto. Ele deixa a porta aberta como de costume, mas não é algo que realmente incomode.
Ele se senta na cama, então eu me sento ao seu lado deixando a sacola com o tubarão de pelúcia na cômoda ao lado da cama. Eu queria mostrar que eu estava ali caso ele precisasse falar sobre seu trauma.
– Eu vou te falar. – ele começa, fungando – vou te falar tudo, S-suki.
– Não tenha pressa, tá? – digo tentando ser carinhoso, envolvendo suas mãos – Acalme-se primeiro, Eiji. – Acabo chamando ele pelo apelido que sua mãe usa, mas nenhum de nós da importância nesse momento.
Minutos silenciosos se passaram, e vejo que Eijirou estava esperando sua respiração normalizar e seu corpo relaxar. Fiquei apenas o observando, enquanto segurava sua mão, com o olhar perdido no quão belo ele era e pensativo sobre sua história.
Até que, enfim, ele deu início a história.
– Aconteceu há quase 2 anos atrás...
[...]
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O que será que aconteceu? 👀
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You are my light [Concluído]
FanfictionKirishima Eijirou é um jovem com experiências passadas traumáticas, agora ele se encontra solitário em sua própria turma. Evitou confiar ou se apegar as pessoas. Mesmo estando apaixonado pelo loiro, Katsuki Bakugou, ele sente medo de se aproximar. ...