Capítulo XII

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Sinto muito por não atualizar faz tempo. A criatividade não vinha e eu estava meio sem tempo.
Mas enfim, aqui está.
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Katsuki

Passaram-se alguns minutos em um silêncio confortável até eu perceber que Eijirou havia pegado no sono em meus braços.

Pousei ele na cama delicadamente enquanto desfrutava de sua expressão serena enquanto dormia calmamente.
Passei minha mão em seus cabelos, acariciando-os suavemente e depois depositei um selinho carinhoso em sua testa.

Logo após isto, me deitei ao seu lado e comecei a refletir sobre tudo que Kirishima havia me contato.
Fico grato e extremamente contente que ele tenha confiado em mim o suficiente para contar algo tão desumano que havia ocorrido com si.

Esse tal de Dabi. De todos, esse é aquele que eu mais quero encontrar na rua e encher de porrada até matar o filho da puta.
Como a porra de um ser humano consegue fazer algo assim com outro? Ainda mais com Eijirou, que não fez nada ruim.

Como ele ousou violar alguém desse jeito? Puta que pariu, eu gostaria muito de foder a vida desse desgraçado.

Me sinto profundamente triste por o que Kirishima passou, quero abraçá-lo, guardá-lo, protegê-lo.
Quero fazê-lo sentir-se seguro, que ele conte comigo sempre e que confie em mim, igual fez agora.

– Ele dormiu? – Ouvi a voz da mãe de Eijirou vindo da porta do quarto, me tirando de meus pensamentos.

– Sim.

– Ele te contou?

– Sim... – Respondi receoso. – Se eu achar o filho da puta, juro que mato – Acabo deixando minha raiva extravasar. – Ah, desculpa.. Eu não quis...

– Não se preocupe, eu também gostaria. – Ela declara com um sorriso desanimado – Eijirou mudou tanto depois disso... Ele parou de fazer amigos e de conversar com as pessoas... e sempre se recusou a ir em um psicólogo...

– Eu sei. – concordo – Foi muito difícil me aproximar dele, ele sempre dava respostas evasivas e tentava ao máximo acabar com a conversa. – suspiro – me arrependo de não ter tido coragem o suficiente para me aproximar mais antes.

– É Katsuki, certo? – aceno em concordância – Você o ama mesmo?

Sinto minha face começar a formigar com a pergunta repentina, mas não hesito e digo:

– Pra caralho. – Por mais que não pareça adequado usar palavrões em frente a mãe do meu namorado, é a forma mais sincera que eu poderia dizer isto.

– Que bom... – Ela sorri esperançosa, não parecendo se importar com meu linguajar. – Mas caso você tente alguma coisa, saiba que sei usar manusear facas muito bem. – o sorriso desaparece e no lugar me encara com os olhos sérios.

Não sei se isso tinha o intuito de ser cômico ou ameaçador, mas ao mesmo tempo que senti um arrepio percorrer a espinha, soltei um riso abafado.

– Não se preocupe, não vai precisar usá-las em mim. – Declaro com um sorriso – Eu amo Eijirou e jamais faria nada de ruim com esse anjo.

– Ele é mesmo. – vejo-a sorrir.

– Bom, acho que eu deveria ir embora agora... – falo, me levantando da cama e sentindo uma mão segurar meu braço de modo fraco.

– Suki... – Ouço a voz sonolenta de Kirishima chamando-me e sinto remorso por ter que ir embora.

– Ele parece não querer que você vá.

You are my light [Concluído] Onde histórias criam vida. Descubra agora