Capítulo III

3.6K 460 140
                                    

Ok, eu demorei meses para continuar isto, e não prometo que de fato vai continuar.
Com essa fanfic me bateu um bloqueio criativo enorme e eu até queria reescrever, mas achei injusto com quem já leu, então vou tentar continuar.
Minha escrita mudou bastante também (eu acho na vdd ;-;).

~~~~~~~
Eijirou

Desespero.
Esse, era com toda certeza, o que eu mais sentia enquanto era forçado contra minha própria cama com aqueles olhos vermelhos vibrantes me encarando com certa irritação.
E tenho certeza que minha expressão que estava imersa em um completo terror não disfarçava nem um pouco meus sentimentos. Meus batimentos estavam mais acelerados, e consequentemente eu comecei a suar e tremer, não deixando de sentir lágrimas se formarem em meus olhos.
– Me solta. – Eu disse tentando manter um tom firme, porém minha voz estava enfraquecida.
Bakugou nem sequer disse algo, apenas me encarou com uma expressão assustada e abatida e me soltou de forma que julgo ser um tanto gentil para alguém como ele. O loiro se afastou, sentando-se na cama enquanto evitava fazer contato visual comigo.
– Eu... – Ele certamente estava confuso – Foi mal – disse baixo, mas eu consegui ouvir – Não achei que fosse reagir assim.
– Não! – Minha voz ainda estava fraca e eu ainda tremia, mas não seria nada másculo da minha parte deixar ele se culpar por algo que ele não tinha ideia de que aconteceria – Isso não é sua culpa! Não se desculpe, Bakugou, eu quem deveria me desculpar por ter reagido assim. Não é nada másculo. – Eu disse, evitando contato visual e me sentindo envergonhado por ter tido tanto medo de algo que não tinha o intuito de demonstrar ameaça.
– Você não tem culpa dessa merda – Ele disse, aparentado estar incrédulo de minha acusação contra mim mesmo – Droga – resmungou – Quer que eu pegue algo para você beber?
– Tudo bem, eu pego.
– Não, relaxa. – Ele disse, fitando as minhas mãos que denunciavam minha tremedeira incessante.
– Mas você não sabe onde estão os copos. – Eu disse tentando não causar mais incomodo para ele.
– Eu descubro.

*

– Você sabe porque reagiu assim? – Ele pergunta, sendo direto. Noto que há certa hesitação em sua voz, já que ele deve ter a impressão de ser um assunto delicado.
Já havia passado alguns minutos e eu já tinha me acalmado. Nós estávamos  prosseguindo com o trabalho escolar, ou ao menos tentando.
– Sei. – Respondi apreensivo, não queria dizer qual era o motivo e, felizmente, o loiro pareceu notar isso.
– Eu sei que você provavelmente me considera um cara escroto e babaca pra caralho, mas caso queira conversar sobre isso pode me procurar. – Ele me diz, e quando olhei diretamente para ele, pude ver suas bochechas com um tom mais avermelhado, porém ele logo tratou de escondê-las. – E quando eu te joguei contra a cama eu não pretendia nada de mau, juro.
– Eu sei. – Pude sentir um sorriso se formar em minha face.

*

Mais algumas horas se passaram, e finalmente havíamos terminado o trabalho. Mesmo que tivéssemos uma semana para realizá-lo, acho que foi bem melhor terminar tudo no mesmo dia que ele havia sido proposto.
– Acabamos essa merda, finalmente! – Katsuki disse, se espreguiçando na cadeira.
– Que trabalho chato – reclamei arrancando alguns risos do outro.
– Mas você nem fez nada! – Ele disse com uma falsa expressão de indignação.
– Eu pesquisei!
– Que seja. – falou virando a cara.
– Mas e agora, o que fazemos? – Eu perguntei receoso quanto a resposta.
– Agora eu vou embora e aproveito o restante do dia jogando. – disse vitorioso – Ou quer que eu fique aqui? Claro que não, né? . – debochou, mas pude sentir uma certa tristeza por trás desse deboche.
– Pode ir jogar seus jogos, também vou fazer o mesmo com meus animes – respondi tentando transparecer confiança – Nos vemos Segunda!
Bakugou concordou em silêncio e logo depois de arrumar suas coisas, acompanhei ele até a entrada da casa.
– Você quer vir amanhã? – Pergunto com certo nervosismo – Quero dizer, eu sei que você tem coisas mais úteis para fazer em pleno sábado mas é que-
– Eu vou. – Concordou, cortando minha fala.
– Depois do almoço, pode ser? – Pergunto com a face com certa vergonha.
– Como quiser.

[...]

~~~~~~
Ficou mais curto que os anteriores, desculpem aí ;- (se é que alguém ainda vai ler isso)

You are my light [Concluído] Onde histórias criam vida. Descubra agora