You are my light [Concluído]

Capítulo XXVII

Eijirou

Sexta-feira passou bem rápido e seria um dia comum se não fossem aqueles dois idiotas basicamente me perseguindo para todo lado depois de terem conseguido manter uma conversa comigo por alguns minutos.
Não vou negar, foi engraçado e não achei realmente ruim.
Mas o que me deixou irritado de verdade foi o professor ter passado outro trabalho, porém dessa vez ele quem escolheu as duplas e eu acabei ficando com Hanta. Denki ficou com o Tetsu e o Suki com o... Mineta.

Odiei saber disso e tenho certeza que ele vai ficar mais possesso ainda.

***

O fim de semana passou bem rápido, e foi quando Suki me contou que havia ido a um psicólogo por causa da mãe dele, me dizendo que ela ficou "extremamente puta" quando o cara não disse o que ela queria ouvir.
Não é errado rir disso né? Imagino que tenha sido tenso para o Suki, mas também me parece engraçado pela reação exagerada de sua mãe, só espero que ela não tenha feito nada para machucá-lo.

No fim de Domingo fui lembrar que tenho um trabalho junto ao Hanta, e por mais que eu não queira tanta proximidade com ele, aceitei da gente se organizar na minha casa pelo menos, pois o trabalho é para a próxima Sexta.

Na Segunda, quando chego na sala de aula já sou capaz de ver o loiro sentado em seu lugar, então vou até ele meio hesitante, mas tentando parecer confiante o suficiente para tomar a iniciativa da vez e conversar.

— B-bom dia Suki — digo ao chegar em sua mesa.

— Bom dia, idiota — ele sorri e me puxa para um abraço — Senti sua falta, sabia?

— Eu também... — de fato, foi uma semana meio solitária sem ele, mesmo que aqueles dois idiotas tenham me enchido o saco no fim dela, não é a mesma coisa sem o Suki.

Sinto algumas pessoas olhando para nós e imagino que seja aquele grupo de garotos que tentou me bater, então trato de ignorar as encaradas.

Começamos a conversar um pouco e neste assunto acabo citando que o loiro vai fazer trabalho com Mineta e eu pensei que ele iria realmente explodir de raiva quando terminei de contar, me sinto mal por não poder fazer nada por ele.

Bom, na verdade eu posso tentar...

Vou até o professor Aizawa que parecia estar quase dormindo dentro da sala esperando para que o sinal tocasse.

— Aizawa-sensei, você não pode trocar o Katsuki de dupla não?

— Não vou trocar nenhuma dupla.

— Por favor, aquilo com certeza não vai dar certo... — aponto para Bakugou gritando com Minoru no meio da sala. — Só deixa ele com alguém que não vá irrita-lo...

Ele suspira cansado com a minha insistência e chama Katsuki até aqui.

— Bakugou Katsuki, você vai formar um trio com Eijirou e Hanta. — ele diz e boceja. Vejo Katsuki arregalando os olhos surpreso.

— Não precisava ser no meu, mas que bom que foi... — murmuro baixo comigo mesmo, sorrindo por ter Suki ao meu lado nesse trabalho.

— Mas você vão ter que fazer um trabalho extra por terem mais de dois integrantes — ele diz e o sinal toca, fazendo com que andemos até nossas carteiras em silêncio.

Merda, como vou explicar isso pro Hanta agora? Fui tentar ajudar e estraguei tudo, agora vamos ter mais trabalho que antes por minha culpa.
Sou realmente um inútil...

***

As aulas passam rápido até que dê o primeiro intervalo, onde vou contar ao moreno que vamos ter que fazer uma parte extra no trabalho. Ele vai ficar puto, com certeza.

Bom, era isso que eu pensava até chegar nele, contar e ele apenas acenar positivo com um sorrisinho no rosto olhando para mim e Katsuki e dizendo que nós tivemos sorte demais ao fazer com que Katsuki entrasse no grupo.

***

Mais tarde as aulas já acabam, e eu e o Suki voltamos a ir para casa juntos. Ainda me sinto meio culpado pelo que fiz e imagino que ele tenha ficado irritado também, já que teremos que fazer mais trabalho que antes...

— Pare de se culpar — ele diz como se tivesse lido minha mente.

— Como você...?

— Você geralmente fica se culpando por algo idiota assim — ele explica — Mas isso não é sua culpa tudo bem? O-obrigado por me ajudar a me livrar daquele baixinho roxo de merda — agradece com as bochechas levemente coradas. Meu Deus, que fofo.

— Mas vamos ter que fazer mais trabalho. — tento insistir que realmente fiz algo ruim.

— Deixa que eu faço isso. Eu não me importo de fazer um pouquinho a mais, porra — ele sorri e eu não consigo fazer outra a coisa a não ser o mesmo.

— Então eu vou te ajudar com isso. — meio que a responsabilidade ainda é minha, então acho justo ajudá-lo.

— Você é insistente demais — ele se aproxima um pouco, aproximando sua boca da minha.

É estranho, meu corpo não recusou ele dessa vez e ele me deu um selinho, ficando muito envergonhado depois...
Talvez eu esteja começando a confiar mais nele? Deve ser isso...

— Sabia que é lindo? — ele me questiona e eu começo a sentir minha pele queimar com o elogio. Não é algo que eu realmente concorde, mas isso me deixa feliz de um jeito inexplicável.

Ele não é apressado e sempre caminha no meu tempo, sempre me tranquilizando e me apoiando de alguma forma.
Isso me deixa, de certa forma, bem ansioso pelo amanhã.

[...]