8: Segredo

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Abner acordou primeiro, em cima do urso, sentindo que o seu corpo menor estava contra o corpo massivo do urso. Os braços musculosos dele envolviam-no em um abraço sonolento, mas não o soltavam. A respiração regular do urso fazia com que o lobo-guará sentisse um peito contra o outro. O suor de ambos os corpos havia molhado a cama e deixou os dois bem refrescados durante a noite. Sua cauda se agitou de animação ao senti-lo abaixo de si, abanando a cauda sobre as coxas nuas do urso. Sentiu seus testículos sendo cutucados pelo membro de Bernardo, que agora estava flácido dentro da bolsa de pele peniana. Já o membro do lobo-guará era espremido pela própria barriga pressionada contra a do urso, mas a sensação era boa e logo o deixou rígido, inchando-o um pouco e fazendo a ponta do membro sair da bolsa peniana.

Alguns instantes depois, o urso acordou, dando um bocejo e vendo que estava abraçado ao seu amigo lobo-guará. Desta vez, diferente das manhãs anteriores, ele não o soltou. Bernardo acariciou as costas de seu amigo, massageando seus músculos rígidos, relaxando-o.

O lobo-guará abanava a cauda de prazer sobre as coxas do urso, que se satisfazia com o movimento, era prazeroso. Então as mãos enormes dele desceram para sua traseira e ali ficaram. O lobo-guará não relutou, em vez disso, pousou suas mãos dele sobre as dele para que elas ficassem fixas ali. Será que ele...? O desejo fez com que seu membro aflorasse pela sua bolsa peniana.

― Eu preciso te contar uma coisa ― falou o urso, sussurrando na orelha levantada do lobo-guará. As orelhas grandes pareciam radares. ― Eu tenho um desejo por você ― revelou. ― Eu posso? ― e massageou as nádegas macias do lobo-guará que respondeu sua pergunta com um beijo demorado. O lobo-guará recolheu suas mãos e as levou aos ombros do urso.

Bernardo ajustou seus braços e se moveu para o lado, girando, e ficando por cima do lobo-guará, que protestou no começo ― o que rompeu o beijo ―, mas percebeu que ele adorava sentir o seu peso, que gostava de um grandalhão gordinho. Apoiou-se nos cotovelos e nos joelhos para não jogar todo o seu peso nele. Sua boca encontrou a dele novamente, as línguas preenchendo os espaços das bocas um do outro, um encaixe perfeito. Com quem mais ele poderia sentir esse encaixe?

Abner massageou os músculos das costas de Bernardo, deslizou suas mãos pelas costas do urso, descendo, até chegar às nádegas dele e as massageou. Elas eram as partes mais macias de todo o corpo. O urso ofegou com o toque. O lobo-guará ergue uma das mãos e encontrou a cauda curta do urso. Era um toco que balançava timidamente e ele o apertou carinhosamente em sua mão. Também era o mesmo toco que escondia a entrada de seu íntimo.

O urso parou de beijar seu amigo. Um filete de saliva deslizou de sua boca. Estavam ofegantes de excitação. Seus corpos desejavam cometer o ato. Ambos estavam úmidos de excitação, não apenas os membros como todo o corpo. Estavam melados, por assim dizer. E estaria só começando.

― Eu quero ― revelou Abner, mas preocupado. ― Não sei se posso.

Bernardo colocou o dedo indicador entre os lábios do lobo-guará. ― Será o nosso segredinho, está bem? Prometo que o que acontecer conosco hoje ficará só entre nós. Tirou seu dedo dos lábios dele para ataca-lo com mais um beijo. ― Eu quero experimentar você, posso?

Ele estava louco de prazer antecipado. Quando Abner deu permissão, ele se afastou para poder se encaminhar para a parte de baixo do lobo-guará, onde seu membro estava rígido e um pouco inchado, com o nó canino se exibindo por baixo da bolsa peniana.

As mãos do urso eram grandes e cobriam todo o tamanho do membro do lobo-guará, mas foi só dar uma massageada para fazê-lo sair da bolsa e que já não cobria mais. O membro era pouco maior que a mão do urso (para a surpresa dele) e o nó tinha a rigidez de uma bola de tênis. Imaginou quão prazeroso seria tê-lo dentro de seu íntimo.

Bernardo e AbnerOnde histórias criam vida. Descubra agora