Capítulo VI

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Abri os olhos recebendo, não muito forte, os raios solares que atravessava as pequenas frestas das grossas cortinas que cobriam a janela. 

Espreguicei-me ainda deitado esticando os braços para cima da cabeça soltando um alto bocejando. Sentei na cama preguiçosamente olhando para toda a extensão do meu quarto bagunçado sentindo minha cabeça lateja. 

Levantei causando o par de pantufas que completava o pijama de panda que Leehan havia me presenteado no meu aniversário 16 anos.

Caminhei, me arrastei, até o banheiro do quarto para fazer minhas higienes matinais escutando barulhos estranhos semelhantes a risos e conversas vindo de um dos cômodos do apartamento. 

Uma voz, em meio às outras duas, foi o que facilitou para que eu já soubesse quem era, ela era bastante escandalosa e grave.

Peguei a minha escova dentária na porta do armário juntamente com o creme dental, pondo-o nela. 

Assim que levei a escova aos lábios, foi só preciso o gosto do creme de menta encostar rapidamente no meu paladar para conseguir despertar uma anciã de vomito em instantes. 

Interrompi meu movimento ao senti que o refluxo já sabia pela garganta, destampando a privada, ajoelhando às pressas no chão do banheiro e expulsando de mim tudo o que queria sair, vendo que não havia saído muita coisa, provavelmente o meu estômago ainda estava vazio.

Revirei os olhos erguendo-me do chão e murmurando pelo gosto ruim de ácido que pairou em minha boca. 

Apertei o botão da descarga deixando ir embora aquela coisa nojenta. 

Desistir de prosseguir o que fazia antes, pois não sabia se eu iria voltar a vomitar – algo que trás péssimas lembranças. Tratei de abrir a torneira da pia enchendo minha boca com água, bochechando o líquido, jogando-o fora em seguida repetindo esse ato três vezes para aliviar aquele gosto.

Procurei dentro do armário do banheiro os meus remédios que tomava diariamente e algum para dor. Após apanhá-los, deixei um lembrete na minha mente que, talvez, tivesse que comprar mais para abastecer o estoque.

Sair do quarto sem muita pressa indo para onde vinha o som da conversa que parecia ainda mais animada.

Aproximando-me da cozinha, soube então o porquê do barulho àquela hora da manhã e arqueei a sobrancelha ao ver os invasores da minha residência.

Nam hyung e Taehyung tomavam o café da manhã sentados em volta de uma mesa recheada de comida, surpreendendo-me com a quantidade por não lembrar de ter tanta na dispensa por ser fim de mês; enquanto Jin hyung fritava algo no fogão ao mesmo tempo que cortava os legumes na tábua apropriada na ilha, no centro da cozinha.

— A essa hora da manhã e vocês fazendo toda esse barulho. — a minha voz levemente grave preencheu o ambiente. 

Os três Kim pararam as suas atividades, olhando para mim ao mesmo tempo.

— Ora, ora se a nossa "Bela Adormecida" não finalmente acordou sem precisar de um príncipe. — o loiro comentou sarcástico.

Andei em linear pela entrada do cômodo passando por de atrás dele para chegar na geladeira, apanhando um copo de vidro no balcão ao lado e enchendo-o com a água no bebedouro na porta do eletrodoméstico.

— Bom dia! — o mais velho me saudou, apenas assenti enquanto ingeria com a ajuda da água as pílulas, uma de cada vez.

— Ainda está tomando essas coisas, Yoon? — Taehyung virou-se para mim. — Parece um velho tendo que tomar pílulas sempre. — riu do próprio comentário, levando os outros dois na cozinha a acompanhá-lo.

The Chance | YoonseokOnde histórias criam vida. Descubra agora