~ Quarenta e oito meses depois ~
Há 4 anos vendo sendo e portando-me como Jung Hoseok, o antecessor ao acidente na noite fria e chuvosa de fevereiro; com isso pode-se concluir que retirei ao "verdadeiro eu", tal teoria comprovada pelo psicólogo e terapeuta Dr. Park Jimin que semanalmente avalia-me por quase meio hora desde que tomei a decisão de mudar a minha vida para melhor.
No decorrer desse dia aos atuais, tudo se normalizou... pacificamente, óbvio que nos seus respectivos períodos. Dentre estes, fora o dos meninos aceitando o meu pedido de perdão, lógico que não ocorreu no dia que fiz na La Puche, deu-se por volta de quase dois meses, no qual, enfim, eles perceberam que o ato era sincero, na verdade, creio que fora a minha perseverança e insistência em roga-los todas as vezes até aceitasse-o em rendição.
Outro fato a ressaltar é a minha família e os meus parentes, que me perdoaram também no instante que confessei, até a tia Blue e tia Nana, que queriam matar-me xingando-me de vários nomes e em línguas diferentes, tudo isso durante um grande sermão de quase uma hora para cada; após repreender-me, ambas abraçaram-me ao mesmo tempo desatando em lágrimas enquanto ao dizer-me que amavam-me muito e que estavam deveras orgulhosas por, enfim, eu ter "aberto" os olhos novamente. No decorrer desses anos e meses, os meus parentes acabaram pegando o costume de nos visitar quase que sempre, e quando consigo um tempo no trabalho, passo dois a três dias ou até um fim de semana em Gwangju para não os preocupar em relação ao meu estado emocional, já que o medo de perder o despertar de Yoongi aterrou em uns sintomas negativo em meu corpo.
Posteriormente ao resolver tudo isso e tendo, agora, um pouco da cabeça no lugar, resolvi trazer Yoonmin para conviver comigo no novo apartamento; e quando lhe fiz o receoso pedido, a minha filha ficou tão feliz que chorou a ponto de ter problemas leves de respiração, dando-me um abraço tão gostoso, mais tão, que os seus padrinhos ficaram com ciúmes ao nos assistir; e foi um dia realmente marcante para todos nós.
Bom... morar com Minnie, a princípio, foi meio complicado, não irei ocultar tal fato verídico. No início, eu não conseguia ficar o dia todo com ela por causa do trabalho no hospital e a mesma pela escola integral, onde a coloquei para que não ficasse o dia todo presa no apartamento, lá, pelo o menos, ela tem aulas extras circulares de dança, natação e taekwondo, portanto, tem mais diversão para que os seus dias não fiquem entediantes. Contudo, com o decorrer do tempo, fomos acostumando com essa convivência e hoje em dia acabamos tendo várias noites repletas de risadas e descobertas do dia a dia de cada um, algo que me ajuda a relaxar-me do estresse do trabalho, além das preocupações com os meus pacientes e com o Yoongi.
***
[09:20 am] Johanna Abell:
Nada novamente... Noite calma e pacífica, sem problemas, como as outras.
Suspirei baixinho encarando a tela do iPhone com a primeira das três mensagens diárias que os irmãos Abell enviam sobre o estado do Min quando não estou no hospital. Infelizmente, Yoongi ainda persiste no sono profundo do coma apesar de ter passado 6 anos desde o acidente na rota 88 da Olimpic-daero, o que não facilita em nada nas nossas preocupações e no medo de perdê-lo no final de tudo, como lutar uma batalha já perdida...
Psicologicamente casado, pus o celular na mesa com a tela emborcada para baixo, voltando a degustar as panquecas americanas cobertas com calda de morango e chocolate. Encontrava, embora ereto, meio sonolento na cabeceira da mesa retangular, esta, repleta de alimento, o suficientes para um café da manhã bem reforçado que manterá uma pessoa saciada pelo resto do dia ou até semana se duvidar; tudo isso muito bem preparado e escolhido a dedo pelas duas irmãs japonesas, Nakamoto Sora e Yukino, essas as minhas únicas empregadas de Seul, as quais contratei somente após Yoonmin vir morar comigo com o intuito de que a minha pequena não viesse comer muitas besteiras ou/e que não tivesse uma péssima alimentação quando eu não estivesse em casa.
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The Chance | Yoonseok
FanfictionEm toda a minha miserável vida, fui coberto de marcas e feridas, essas quase impossíveis de serem cicatrizadas, a ponto de chegar em um momento que eu não tinha mais esperanças para um futuro melhor que o meu passado; todavia, ela me mostrou que nad...