Capítulo XI

69 10 0
                                    

— Não se preocupe vai ficar tudo bem. — escutei uma voz feminina enquanto eu recobrava a consciência.

— M-Mas o hyung... — uma pessoa com uma voz jovial se pronunciou, essa parecia estar chorando.

— Vai ficar tudo bem, Liam. — outra voz, uma mais masculina, se dirigia a jovial e ambos foram se afastando.

Abri os olhos com bastante dificuldade, recebendo a luz clara e forte acertando em cheio minhas pupilas. Por impulso, levantei os braços para proteger os meus olhos, mas acabei por senti uma onda de dor por todo o meu corpo fazendo com que eu soltasse um gemido sofrido.

Voltei com os braços para a posição de antes percebendo então que me encontrava deitado em uma cama de solteiro com lençóis e cobertor brancos. Com as olhos ardendo, pisquei as pálpebras para acostumar com a luz, vendo melhor as coisas mesmo com a miopia.

— É ele acordou! — Hyune apareceu ao meu lado de braços cruzados e com uma caneca fumegante segurada na alça pelos dedos de sua destra.

A expressão da Kwan não demonstrava nenhuma surpresa para comigo, parecia até que já sabia que eu despertaria posteriormente a saída dos indivíduos.

— Onde é que eu estou? — questionei notando que minha voz saiu rouca e grave.

Com a boca seca e amarga, a saliva desceu arranhando-me a garganta e provocando um incômodo ao pronunciar as palavras.

— Na cafeteria — ela sentou-se à beira do colchão. — Na Sala IIIB, para ser exata. — especificou prendendo o cabelo solto em um rabo de cavalo frouxo.

Ajeitei o corpo apoiando os cotovelos para ficar na mesma altura que Hyune sem sentar-me, tendo a sua ajuda ao melhorar o travesseiro em minhas costas.

— Por que eu estou aqui? — perguntei após tentar várias vezes lembrar das coisas que aconteceram antes de eu apagar.

— Você caiu de uma das escadas da boate e desmaiou ao bate a cabeça no chão. Tentaram te acordar, porém ao não ter êxito, trouxeram você as presas para mim com medo de ter acontecido uma coisa pior. — automaticamente levei a mão a barriga e meus olhos começaram a criar lágrimas. — Yoon, calma — Hyune colocou as suas macias por cima da minha olhando dentro dos meus olhos trêmulos. — Respire fundo — fiz o que pediu algumas vezes, forçando a minha respiração a se tranquilizar ainda que a mente estivesse uma zona. — Ele está vivo e bem, ele não sofreu nada com a queda. — a Kwan enxugou uma lágrima que escorreu pelo meu rosto.

— Graças aos deuses, noona. — desabei em lágrimas sendo abraçado pela médica. — Pensei que tinha perdido, eu não saberia o que fazer da minha vida, não aguentaria, não novamente. — desabafei enquanto a morena afagava as minhas costa em um ato de carinho.

— Nosso meninão é forte, pequeno, nós vamos conseguir ter ele, dessa vez ele vem. — sussurrou no meu ouvido como conforto.

Passei o restante do dia com Hyune, por um pedido dela para que eu fingisse ainda esta desmaiado, pois ajudaria a finalizar minha recuperação, já que ela teve que injetar uns remédios líquidos na veia para aliviar as minhas dores pela queda ter sido bem alta e impacto forte.
 

***
 

Duas semanas tinha se passaram desde o acidente na boate, elas foram estressantes e irritantemente normais para mim. Fui para o colégio, já que estava em semanas de provas, porém, todas as vezes em que eu encontrava Myungdae, eu desviava minha atenção ou direção quando se aproximava de mim. Namjoon soube do acontecimento da escada e ficou super preocupado com o estado do feto, e, na última conversa que tivemos, ele comentou, uns dois dias atrás, que estava elaborando um plano para mim e o meu pequeno.

The Chance | YoonseokOnde histórias criam vida. Descubra agora