The Chance | Yoonseok

Capítulo XXI

‼️⚠️ Atenção⚠️‼️

Este capítulo contém uma cena de violência

☀️🌙

Ao abrir os olhos lentamente, sentindo de primeira a claridade em minhas córneas cegar-me momentaneamente, então tratei de fechá-los para que não viesse sofrer uma catástrofe maior. Subitamente veio-me uma forte enxaqueca que surgiu na região da minha nuca espalhando-se com rapidez por toda a extensão da cabeça, deixando-me um pouco tonto, mesmo não enxergando nada.

Com muita dificuldade, algo não muito fora do meu cotidiano, sentei-me na cama com preguiça e sem ainda abrir os olhos, entretanto sentindo todo o tronco reclamar por uma dor incômoda e cansaço, esses mais do que o normal. Respirando fundo e buscando forças, levantei-me do colchão, porém bombeando um pouco para o lado e quase que tropeçando em meus pés, então dirigindo-me para o banheiro de olhos fechados apoiando-me nas paredes, já que, pelo o meu tempo de convivência no apartamento, eu meio que gravei o cômodo por completo.

Liguei o interruptor da luz do banheiro posicionando-me na frente da grande pia quadrada. Tateei o mármore a procura do registro, abrindo-o e sentindo a água gelada tocar as minhas mãos mornas. Juntei elas para fazendo uma concha improvisada, enchendo com água e molhando o meu rosto, repetindo o ato mais duas vezes e respirando fundo para despertar, enquanto tremia pela temperatura da água. Então apoiei as palmas pálidas das mãos no mármore branco, começando a deixar as pálpebras se abrirem bem devagar.

A minha visão estava bem turva graças a miopia, e com uma dificuldade gritante, enfim consegui enxergar um pouco a minha feição através do reflexo no espelho, notando que a palavra "Horrível" deveria o ser meu nome, porque eu encontrava-me acabado. A bochecha esquerda marcada com um rastro seco de babá, o cabelo desalinhado, e olhos cansados como se não tivesse dormido nada, mesmo que eu aparentemente tenha dormido muito.

Cacei a caixinha das minhas lentes de contato pelo mármore da pia, retirando elas com delicadeza e colocando-as com extremo cuidado nos olhos para que não as deixasse cair no chão do cômodo. Assim que terminei o processo, enfim pude enxergar perfeitamente toda as coisas à minha volta.

Os olhos semiabertos demonstrava a dor provocada pela minha enxaqueca que ficava mais forte a cada minuto. Os fios castanhos estavam ainda mais bagunçados que o de costume, parecendo um ninho de pássaros. Entretanto, além de tudo isso, o que mais foquei em meu estado deplorável, foram as pequenas esferas arroxeadas e avermelhadas que tomava uma boa parte do meu pescoço e desapareciam por dentro da minha roupa.

Pisquei as pálpebras, aproximando-me do espelho enquanto tocava as marcas para comprovar as suas existências em meu corpo, sentindo uma leve dor um pouco latejante no local pressionado.

— Mas que porra é essa? — sussurrei em choque, levantando a camisa do pijama rosa para ter certeza se era só a parte superior do meu troco a vítima, mas havia outras por todo o meu tronco.

As minhas mãos começaram a tremer quando olhei as minhas pernas cobertas pela calça do pijama de seda. Sendo assim eu tirei a peça logo enfiei-me debaixo do chuveiro do box e tirando a camisa, girando o registro e deixando a água gelada molhar-me.

Em momento algum, enquanto me encontrava no box, ousei encarar o estado do meu corpo. Assustadoramente, sentia-me como se tivesse retornado para a cafeteria, porém nenhum cliente meu deixava-me com tantos chupões assim, nem mesmo os piores.