Capítulo XVII

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Eu não queria abri os meus olhos. A forma a qual eu estava era tão confortável a ponto de, se eu quisesse, voltaria a dormir sem problema.

Após a pequena guerra entre continuar dormindo ou então acordar, deixei que os meus olhos se abrirem, preguiçosamente.

Sonolento, agarrei-me ainda mais no que estava segurando e foi então que fiquei confuso.

Eu não havia adormecido na sala?

Com esse pensamento, as minhas bochechas coraram pela forma que tinha dormido. As palmas das minhas mãos captaram uma movimentação naquela religião, sendo assim mudei a direção do olhar para onde elas estavam, então o pânico bateu e eu engoli o seco ao descobrir em quê eu estava agarrado. 

Acompanhei com o olhar e subindo. A cada centímetro que eu olhava fazia o meu coração acelerar e a respiração falhar; e quando os meus mirantes enfim pararam, engoli o seco novamente antes de soltar um grito agudo demais para a minha voz normalmente grave após-despertar.

Com o meu grito desnecessário, Hoseok arregalou os olhos no mesmo instante. Desgrudei-me dele afastando-me quase que caindo da cama, por estar na ponta. Ele se sentou no colchão, olhando sonolento para todos os lados do ambiente como se estivesse se situando. Quando as íris castanhas pararam em mim, travei o corpo tendo os braços cruzados como proteção sobre o meu peito em forma de "X", com medo do que poderia vim acontecer.

— Yoongi? Aconteceu algo? — Hoseok com a voz ainda embargada pelo sono, perguntou preocupado e eu neguei com a cabeça lentamente, ainda assustado. — Foi você o dono do grito? — concordei na mesma velocidade vendo ele esfregando as mãos nos rosto para ficar mais desperto. — Então, porque gritou já que não aconteceu nada? — tombou o rosto para olhar-me com olhos semicerrados.

Não o respondi dessa vez, apenas fiquei o encarando sem saber o que fazer.

Hoseok estava com a face inchada e os seus fios castanhos não se encontravam alinhados, mas ainda assim ele não estava feio, pelo contrario, estava lindo demais para uma pessoa que acabará de acordar.

Percebendo o que estava fazendo, balancei a cabeça como se expulsasse o pensamento, pois não tem lógica de o estar tendo ele, não era nem um pouco racional.

— Se me der licença. — pedir baixo levantando e percebendo que acabamos dormindo no meu quarto, talvez por ser o mais perto, já que o que sobrava provavelmente não deve está preparado para ocupação.

Consertei a camisa que estava bastante suspensa, deixando-me, pela primeira vez depois da cafeteria, constrangido por mostrar o meu tronco pálido a alguém. E por um fração de segundo, senti os seus olhos me queimando, mas deduzi que fosse coisa da minha cabeça.

Entrei no closet pegando uma muda de roupa e dirigindo-me ao banheiro, notando que Hoseok ainda despertava sentado em minha cama.

Após o banho rápido e relaxante, vestir a roupa que eu levei comigo. Coloquei a toalha aberta sobre a minha cabeça encostando-me no caixão da porta e, vendo que o Jung já tinha saído, abaixei o rosto focando a atenção em meus pés cruzados.

Várias imagens do Hoseok surgiram em minha mente: Dele quando se desculpou na roda gigante; do momento em que o admirei ao voltar para o apartamento; dele observando as estrelas, se declarando para elas; e a última, dele acordando ao meu lado na cama.

Trinquei os dentes socando a porta ao lado com força, então os ossos dos nódulos da minha canhota latejou com a ação.

— Por que eu estou sentindo isso? — coloquei a minha destra no lado esquerdo do peito, sentindo o coração acelerado. — Por quê? — soquei a porta mais uma vez e com ainda mais força. — Eu não posso sentir isso, de jeito nenhum, não pelo Jung, jamais. — sentenciei ao enfim senti dor com os golpes.

The Chance | YoonseokOnde histórias criam vida. Descubra agora