Capítulo IV

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~Dias atuais ~


Meus olhos, mesmo em meio ao cansaço, foram abertos lentamente. De primeira não consegui identificar onde exatamente estava, já que minha visão estava turva. Ainda podia sentir os fortes golpes dos murros e chutes sendo mandados por toda a extensão do meu corpo magro e fraco tendo todos sidos feito por Jaehwa e capangas.

Enxuguei o sangue que escorria no canto da minha boca e as lágrimas da minha face levemente machucada. Olhei para as minhas vestes rasgadas e manchadas, sentindo-me podre e sujo naquele estado, não aguentava mais essas coisas que aconteciam comigo quando não me comportava como um "bom garoto" para eles.

Com muita dificuldade, arrastei-me para perto da cama de casal que estava alguns metros à minha frente e quando segurei o pano que a cobria, um estalo se fez presente no quarto.

Meu corpo travou com pânico de ser o Im piorando ainda mais ao pensar que ele repetiria os atos novamente por não esta satisfeito com o estrago.
Diminuir a tensão do corpo quando no lugar de sons da borracha couro de botas no assoalho de madeira, eu escutei 'toc, toc, toc' saltos. 

Virei o rosto meio pálido podendo então ver Yuhen com uma bandeja em suas mãos carregando nela: um recipiente de plástico azul, um conjunto de roupa simples e par de sandálias, um ou dois objetos de metal não identificados e toalhas brancas.

A Park pôs o objeto em cima do criado mudo aproximando-se de mim, ajudando-me a subir na cama. 

Sem falar nada, a morena pegou o objeto desconhecido que só então vim perceber ser uma tesoura e, sem qualquer permissão, ela prosseguiu cortando os trapos que eu vestia os jogando em um canto do quarto, logo em seguida molhando a toalha com um líquido dentro do recipiente azulado e passando-a sobre os cortes, que até um certo momento não tinha os notados em mim.

— Ugh! — resmunguei algumas vezes em dor por causa da ardência que sentia nas suas algumas lapadas.

Faltando pouco para finalizar, Yuhen sorriu de forma simpática entregando-me as roupas e o par de sandálias.

— Obrigado — sussurrei quando peguei os panos. 

A Park tomou para si a bandeja metálica e se curvou retirando-se logo após.

Depois de sua saída, eu fiquei encarando a roupa e pensava até quando eu aguentaria isso diariamente, já que nunca conseguia me controlar por muito tempo.

Já vestindo e com um pouco de esforço braçal, levantai-me passando a andar até a porta não suportaria ficar mais nem um só segundo nesse cômodo que me dava tanto enjoou e arrepios. 

Girei a maçaneta ficando surpreso ao perceber que finalmente, depois de um bom tempo, eles voltaram a deixá-la destrancada.

Pus a cara no corredor fechando a porta atrás de mim. Andei por ele apoiando-me nas paredes para não viesse a cair no chão.

Enquanto ainda caminhava, ouvir vozes conhecidas vindo de uma das várias portas. Quando avistei uma aberta, apressei meus passos para saber do que em si a conversa se tratava.

— Não, não brinca com isso. — umas das vozes conhecida comentou rindo.

Olhei para dentro conseguindo enxergar Namjung sentado em uma cadeira atrás da grande mesa todo à vontade e com o sorriso nos lábios.

— Até parece que logo eu brincaria com isso. — um moreno a sua frente disse pondo as mãos na cintura.

Eu não compreendi a conversa por ter a pegado já iniciada, entretanto queria saber o porquê do Namjung está tão sorridente, já que eu não via isso a muito, muito tempo.

The Chance | YoonseokOnde histórias criam vida. Descubra agora