STEPHEN
Ela estava dormindo e eu acariciando suas costas. Afastei o cabelo e beijei sua nuca, cobri seu corpo ainda nu com o edredom que horas atrás ela mesma dobrou.
Me levantei e apaguei a luz, coloquei uma cueca boxer e fui para o andar debaixo, peguei uma garrafa de whisky e o copo, subi novamente, abri a porta do quarto sem fazer barulho e fui ate a área.
Acendi um cigarro e abri o whisky, apoiei o copo e meu corpo no granito do parapeito.
Depois de um cigarro e dois copos, voltei ao quarto e me deitei com Sarah. Puxei seu corpo pra mais perto e afundei o nariz em seus longos cabelos.
Ela tinha conseguido me desestabilizar, acabar com minha sanidade, somente com os sorrisos e o jeito doce.
SARAH
Abri os olhos despertando do meu sono e lá estava ele, aconchegado em meus cabelos.
Com o quarto escuro passei a mão por seu rosto procurando seus lábios, e ao encontrar os selei. Stephen me segurou e me lascou um beijo daqueles.
- hummm, estava bebendo ? - Parei minha mão no braço dele.
- Sim, mas nada em exagero -
Sua mão parou em sua bunda e pelo som pude saber que eles estava sorrindo. - Gostosa - Sussurrou e eu me silênciei com vergonha.- Está com fome ? -
- Sim - Afirmei e ele de prontidão ligou pra uma pizzaria. - Quero mussarela -
Falei com autoridade e ri em seguida.
A chamada foi desligada e eu beijei seu peito e senti sua respiração quente em minha cabeça.
- Stephen ? -
A luz foi acesa.
- Pode falar - Tirou meus cabelos do rosto e sorriu encarando minha aparência de pura seriedade no momento.
Me sentei e abracei minhas pernas, eu e meu velho nervoso.
- E como ficamos agora ? Não vai ficar estranho né ? Porq...merda...-
Me levantei rápido procurando minha roupa e senti ele segurar meu braço.
- Sarah oque foi ? Tá sentindo alguma coisa ? -
- Como eu fui burra - Me esquivei dele e vesti minha calcinha com mais agilidade do que quando ela foi tirada.
- Você e a Rosa, como não me lembrei disso antes ? Me diz uma coisa...é fetiche por domésticas ? -- Para de loucura, porra, se controla -
Chegou mais perto e segurou meu rosto.
- Eu amo você, Sarah -Fiquei boquiaberta com aquela informação.
- Para de graça, a gente acabou de transar, como assim tá amando ? - Ri. - Achei alguém mais emocionado que eu -
- Já são meses e meses te olhando, Sarah. Observando seu jeito, dando sorrisos encontrados com os seus, não parando de pensar em você um só momento. Investindo, tentando, e a maioria das coisas foram em vão. Você sempre se prendeu.
Sarah, desde que você fez dezoito, naquela noite...eu percebi que já tinha uma paixão por você. Nada grande, mas de lá até aqui, só cresceu cada dia mais e a gente foi pegando intimidade, fomos nos aproximando, e nos envolvendo. Sim, é precipitado, mas eu te amo e não é brincadeira -
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Caminhos Cruzados.
RomansaSarah foi abandonada na porta de um orfanato poucas horas após o nascimento. Cresceu vendo seus amigos sendo adotados e ela sempre sendo devolvida. Traumas foram criados e tristezas enraizadas, sentimentos persistentes de abandono a cercam. Pouquís...