SARAH
Acordei na manhã seguinte e me levantei rápido com um puta enjoo, fui pro banheiro e coloquei tudo oque comi e oque não comi pra fora.
Assim que consegui levantar lavei minha boca e fui pra sala, me sentei no sofá e senti meu celular vibrar, a mensagem era de Stephen.
Ele me desejava um bom dia e se desculpava, eu joguei na cara dele as porcarias que fez e disse que era melhor ficarmos longe. Sthepen respondeu que concordava pois não aceitava minha gravidez, obviamente não fiquei calada. Mandei ele pra o raio que o parta e deixei claro que nunca pedi aceitação, avisei que entre ele e minha filha, logicamente escolheria ela.
Não tive mais respostas e se tivesse ignoraria. Bloqueei o celular e esperei aquele mal estar passar.
Stephen não passa de um idiota.
JOHN
Fui resolver algumas pendências e tive que levar o Nick comigo.
Ele estava todo cheio de energia hoje, não parava quieto um minuto, peguei o canguru e travei. Ele ficou olhando pra rua todo contente tentando fuçar tudo que passava perto dele.
— Filho, você vai se machucar assim — Riu como se eu tivesse contado alguma piada.
Andando mais um pouco, avistei de longe uma pessoa conhecida, conhecida até demais. Era a mãe do Nick.Respirei fundo e ela veio se aproximando. Meu filho a reconheceu ficando todo alegre.
— Bom dia, John. Oi, meu amoooor —
Sorri brincando com o Nick e John me encarou. — Oque foi, John ? —— Ainda pergunta ? Quando eu peguei ele na casa da sua mãe, ontem. Faziam quatro dias que não aparecia e quando apareceu, só levou no hospital e deixou ele lá. Rana, onde está com a cabeça ? —
Ela virou o rosto bufando e eu vi uma marca de corte.
— Olha...por favor, não começa com isso, eu acordei cedo, estou exausta. Estou procurando um emprego, John. andei o dia inteiro no sol e nesse calor —
Viu pra onde eu olhava e colocou a mão no corte. Suspirei.
— Isso é bom, agora para de depender e sai da casa da sua mãe — Tirei a mão dela olhando aquilo direito. — Ele te bateu de novo, Rana ? —
— Na...não, eu fui aparar meu cabelo e acabei me machucando — Sorriu pegando as mãozinhas do Nick.
— Não tenta me enganar, eu passei anos com você, te conheço bem. Tá fugindo dele ? — Assentiu.
— Em partes. Mas, não se preocupa, eu vou dar um jeito, eu sempre dou, John, você sabe — Seus olhos ficaram marejados.
— Vamos pra minha casa ? Descansa, toma um pouco de água...vê o quarto do Nick — Sorri solidário.
Rana concordou e logo chegamos em minha casa. Ela sentei e eu peguei água.
Não sei por quanto tempo ela andouz mas realmente estava com bastante sede.— Quer me contar ? — Perguntei vendo meu filho no colo da mão.
Percebi que Nick tinha saudade dela, e mesmo que não fosse boa mãe, ele gostava dela.
— Bom, estavamos indo bem, ou não. Aliás, nunca estivemos bem, ele não me tratou bem desde o começo. Porém, eu sempre fui ambiciosa e você sabe, né ?
Mas, quando eu decidi dar um basta, eu apanhei, demais...—Secou os olhos.
— Eu só quero ficar bem, eu não aguento mais isso, eu só quero sossegar, e ele me disse que se eu voltar pra lá, vou morrer. Não estaria por aqui se não fosse isso, eu estou na casa de uma amiga, só que o namorado dela está incomodado comigo lá, diz que sou má influência — Tomou fôlego.
— Eu não quero jogar nada na sua cara. Mas, sempre te disse que ele não prestava — Passei a mão nos olhos dela que sorriu tristonha. — Olha, tem espaço no quarto do Nick, eu compro uma cama de solteiro e dá pra você ficar tranquila com ele — Coçei a cabeça. — Tenho uma proposta —
— Pode falar...— Um tremendo arrependimento pareceu rondar ela.
— Eu trabalho a noite, então você FICA e quando for sair, ME AVISA ANTES, que eu dou um jeito. Eu posso te ajudar, Rana, só não dá mancada.
Se você arrumar um trabalho de dia, eu fico com ele e quando você chegar eu vou para o Pub —— John, eu não mereço isso, não precisa se preocupar, você sabe...— Secou o rosto novamente.
— Se você voltar pra lá, você morre. Se ficar aqui e sair da casa da sua amiga, vai ficar aonde ? Na rua, Rana ? Não posso te deixar na merda, você é a mãe do Nicolas, nosso filho, esqueceu ? Fica aqui e ponto final, mais pra frente, quando se estabilizar, se quiser, aluga um lugar pra você —
Rana levantou com Nick no colo e me abraçou.
— John...Obrigado, por tudo...— Sorriu e Nick bateu palmas. — Você gostou, filho ? —
Ele me chamou e eu o peguei, devolvendo o abraço.
— Para de chorar, vai ficar tudo bem...okay ? — Sorri e ela concordou sorrindo também. — Aquele desgraçado não vai mais te machucar —
— Obrigada. Mas, não sei como retribuir — Suspirei.
— Começa a criar juízo e cuidar bem do nosso filho — Beijei a cabeça do Nick. — Ele precisa de você —
— Eu sei...posso ver o quarto dele ? — A levei até o cômodo desejado e assim que abri a porta, Rana soltou um sorriso bobo. — Ficou muito lindo —
— É pra ele, né...— Sorri. — Mas, ontem ele não quis nem saber de dormir aí, era só eu colocar no berço, que já acordava —
— É saudade do papai, né filho ? Fazia um tempo que ele não via você. E garanto que não é só ele que estava com saudade —
— E me diz então, quem mais estava com saudades ? — Mordi a boca encarando ela.
— Falando sério agora — Fungou. — Por que mesmo fazendo tantas merdas, errando tanto, ter te feito de bobo, ter te traído. Por que você ainda insiste em tentar me tornar uma pessoa boa ? Por que ainda tenta me ajudar ? —
— Porque meu coração não presta, é um vagabundo que adora me ver na merda, por causa de você. Mesmo assim, ele nunca cansa, mesmo machucado, arrebentado. Sem vergonha nenhuma, quando vê você, ele desmonta —
Ela ficou em silêncio e apenas me beijou, e por minha vez, retribui com saudade.
— Desculpa...por tudo que te fiz passar até hoje, sei que não vai ser fácil esquecer, mas me desculpa, John —
Rana:
BOA MEU AMORESS, AQUI ESTÁ MAIS UMA PERSONAGEM LINDAA.
E AQUI ESTAMOS MAIS UMA VEZ, OQUE ACHAM DELE VOLTAR DEFINITIVO COM A RANA, EM ?. NÃO SE ESQUEÇAM, POR FAVOR, VOTEM E COMENTEM, BEIJOSSSS NA TESTA ♡♡♡♡♡.
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Caminhos Cruzados.
RomanceSarah foi abandonada na porta de um orfanato poucas horas após o nascimento. Cresceu vendo seus amigos sendo adotados e ela sempre sendo devolvida. Traumas foram criados e tristezas enraizadas, sentimentos persistentes de abandono a cercam. Pouquís...