Caminhos Cruzados.

Eu vou matar você.

Eduardo - Os planos estavam dando certo.
Os Martinez já tinham viajado pra cuidar da Sarah e nós ficamos pra resolver tudo por aqui.
Eles estavam bem desconfiados comigo sobre tudo. Mas pelo Stephen tiveram que acreditar.
Olhei Stephen pendurado e acordei ele pra comer, o fiz tomar os remédios e fui dando comida aos poucos.
- Stephen, precisamos falar com o John, quando você sair daqui, não pode ir viajar assim, entendeu ?.
Nem por vias aéreas e nem marítimas, eles fazem inspeção em barcos e em aviões, você sabe.
Então tem que ficar em algum lugar. Na mansão tem a Maria, ela não vai passar bem se ela te ver assim.
Se esse doente tiver mais alguém que se importa com ele, ou alguém querendo a vida dele, não vão deixar pontas soltas. Vamos nos prevenir, entendeu ?.
Eu vou falar com John -.

Stephen - Não.....o John não....
Ele...ele tem um bebê, ele vai correr perigo -.
Tossi forte.
Eu ouvia ele falar mas não conseguia acreditar em muita coisa.
- A Sarah....e-ela não....não...está segura lá -
Respirei fundo falando arrastado pela dor nas minhas costelas.

Eduardo -  Eu vou dar outro jeito. E quanto a Sarah....ela está bem, entendeu ? E em segurança. Você só precisa saber disso, nós vamos te tirar daqui, ela está esperando você....ela não aceita que você morreu.
Você está melhorando, já consegue até falar melhor, continua fingindo e vai dar tudo certo -.
Suspirei ao ouvir passos no piso de cima.
Levantei e dei os remédios na boca de Stephen.
- Ele chegou -.

Wayan - Entrei no porão e encarei Eduardo.
- Tem vindo muito aqui, não acha ? -.
O encarei desconfiando e coloquei minha arma lentamente na mesa.

Eduardo - Não sei se está lembrado....mas você me mandou vir aqui, pra dar comida a ele -.
Cruzei os braços.
- Tá achando que tô ajudando o babaca ? Eu coloquei ele aqui, te entreguei de bandeja. Quero mais é que ele se foda -.

Wayan - Tem certeza ? - .
Arqueei uma sobrancelha.
- É bom mesmo, só de olhar pro seu amigo, já da pra tirar um exemplo de que eu não sou idiota -.

Stephen - Ele tava me chupando....mas...não se preocupa não....tem pra você também....-.
Soltei uma risada rouca e comecei a tossir.

Eduardo - Me segurei pra não rir e Wayan me encarou esperando alguma atitude.
Olhei Stephen novamente e o soquei tentando medir a força.
Cheguei mais perto e apertei o pescoço dele.
- Se você não parar de graça, vai morrer antes do que imagina -.
Me afastei.
- Ele e todo seu - .
Sai de lá deixando os dois a sós.
Peguei meu celular e ouvi um grito de dor, senti mais decepção comigo mesmo.

Wayan - Você acha mesmo que vai sair daqui, né ? -.
Cravei uma faca no braço dele.
- Eu deixei você melhorar...Te dei até uma pequena trégua. Mas hoje.....você vai ficar tão pacífico quanto um animal morto -.
Desci ele de uma vez o fazendo cair no chão pela exaustão dos braços.
- Conhece uma prática chamada lobotomia ?. É uma coisa já meio ultrapassada, porém ela acalma os loucos -.
Sorri e comecei a chutar ele.
- Sabe aquela sua vagabunda ?.....Mudei os planos.....primeiro eu vou comer com bastante força, quero lembrar dos velhos tempos.
Depois vou vender ela como um pedaço de carne. Já com sua bastardinha.....Eu vou criar ela, como uma cachorrinha acorrentada e quando ela chegar nos dezesseis anos....vai ter o mesmo destino da mãezinha puta dela -.

Stephen - Senti um ódio incalculável crescendo dentro do meu corpo enquanto ele ia falando.
Os chutes eu já nem sentia, eu só imaginava ele com a garganta rasgada de ponta a ponta.

Wayan - Quer uma última ligação pra ela ?. Você vai morrer hoje mesmo....nada mais justo, que fazer a vagabunda desistir da ilusão de te ver de novo -.
Peguei minha arma e atirei na perna dele.

Stephen - Me contorci no chão sentindo minha perna queimar e ele riu.
- Eu vou matar você..... -.
Falei quase sem voz em meio a dor.

Eduardo -
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Ligação on:

Aron: A gente tem que falar com o John primeiro, não dá pra ele ir pra um hospital. A polícia vai querer investigar.

Eduardo: Não dá, entendeu ?....não dá !, ele vai matar o Stephen hoje, se vocês não vierem pra cá agora, já era. Eu acabei de escutar um tiro, eu tô rezando pra não ter sido na cabeça dele.
Wayan mudou todos os planos.

Aron: Tá, a gente leva ele pro galpão, pra dar os primeiros socorros, depois vemos onde ele vai.
Se prepara, estamos indo....

Ligação off.
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Fiquei observando o movimento no hall de entrada.
Quando vi o furgão Mercedes Benz, encostando do outro lado da rua, eu entrei na casa.
Desci até o porão e quando abri a porta me deparei com Stephen no chão, todo cheio de sangue. Estava com uma faca cravada no braço e com certeza a perna sangrava por causa do tiro que ouvi a pouco.
-  Wayan........ja chega !... -.
Apontei minha arma pra ele.
- Acabou -.

Wayan  - Oque ? Acha mesmo que isso acaba assim ?.
Tenho bem mais que vinte homens lá fora, acha que vai me matar e sair normalmente com ele lá fora ? -.

Eduardo - Acha que eu tô sozinho ? -.
Sorri e mirei a cabeça Wayan. Ouvimos tiros lá fora e ele me olhou furioso.
- Achou mesmo que eu não iria me arrepender ?. Eu não sou como você... -.

Wayan - Não mesmo....primeiro você traiu ele, depois se arrependeu.
EU, nunca trairia um amigo -.
Sorri, ainda com as mãos pra cima.

Eduardo - Cala a boca e ajoelha, desgraçado ! -.
Me aproximei pra algemar ele e a porta foi aberta de uma vez.
Aron desceu as escadas com pressa e olhou pra Stephen murmurando algumas coisas.

Wayan - Acredita mesmo, que eles vão te aceitar como antes ? -.
Aproveitei a distração e peguei uma outra arma na mesa. Puxei Eduardo em um movimento brusco e apontei a arma pra cabeça dele.

Aron - Quer saber ?....vai fundo !...
Ele é um idiota mesmo, e você.....vai morrer de qualquer jeito -.
Sorri, mas continuei com ele na mira.

Stephen - As palavras de Wayan se repetiam perenemente conforme minha dor aumentava.
Olhei a faca no meu braço e prendi a respiração. Puxei de uma vez enquanto mordia a língua com força pra não fazer barulho, senti o gosto de sangue na boca e ignorei.
Wayan estava bem perto de mim.
Me levantei até onde conseguia e enfiei a porra da faca na coxa dele. Segurei com as duas mãos e puxei sentindo meu corpo voltar ao chão, conforme a faca descia rasgando ele, da coxa até a panturrilha. Puxei a faca e sorri ouvindo ele gritar.
Waya segurou a perna na tentativa de fazer o sangue parar.
Aron chutou ele pra facilitar meu lado, e segurou a cabeça do maldito na minha frente.
Pude olhar dentro dos olhos dele, antes de passar a faca com força em sua garganta.
Alguns segundos se passaram enquanto eu ouvia as vozes exasperadas ao meu redor.
Fechei os olhos me entregando de uma vez a dor.

OI MEUS AMORESS, VOLTEIII, ME DESCULPEM PELA, COMO SABEM ACONTERAM ALGUNS IMPREVISTOS INFELIZES, MAS JÁ ESTÁ TUDO BEM, MINHA MÃE ESTÁ BEM MELHOR E BEM, MUITO OBRIGADO A QUEM SE PREOCUPOU, OBRIGADO MESMO.
APROVEITEM O CAPÍTULO E TERÇA TEM MAIS.