O filho não é seu.

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STEPHEN

Entramos na hidromassagem depois do sexo e ficamos um bom tempo rindo e brincando.

Sarah estava no meio das minhas pernas, com as costas apoiada em meu peito. Passou a mão sobre a sua barriga e sorri.

— Espero que um dia possamos ter um filho...e espero que não demore, também — Beijei o pescoço e passei espuma nos seus ombros. — Te amo muito, mas vou sair, já tô todo enrrugado —

Dei risada.

— Tirando uma parte que ja é enrrugadinha por nascença —

Ela bateu na minha perna.

— Cala a boca ! — Abriu espaço pra eu sair e se arrumei pra relaxar um pouco. — Amor, pede um pizza pra gente ? Mas, uma com bastante bacon —

Passou a mão em minha bunda com a cara mais safada possível e riu muito.

— Querida, não tenho culpa se sua bunda não chega aos pés da minha. Agora,  ficar me assediando não dá, vai parar na delegacia — Fiz cara de safado. — AII, mas eu adorei —

Ri vendo seus olhinhos alegres. De alguns dias pra cá, ela vinha se mostrando triste e abatida, não importa oque eu fizesse.

Então tentei hoje demonstrar meu amor e animá-la, e ao que parece, até agora está dando certo.

— Que tara por bacon é essa ? Lá no shopping quase acaba com o bacon da praça de alimentação todinha —

Sai do banheiro a escutando xingar e fui me trocar.

Assim que fiz o pedido da pizza que Sarah queria, resolvi fazer a última boa ação da noite e desci pra pegar uma roupa pra ela.

Abri o guarda-roupas de seu quarto e peguei um conjunto que ela sempre dormia.

Abri a gaveta das lingeries na procura de uma bem sexy, puxei uma calcinha de renda do fundo da gaveta e com ela veio um saquinho plástico, estranhei a natureza daquilo e então abri, mesmo me condenando por ser bisbilhoteiro.

Assim que peguei e olhei oque eu estava segurando, abri um sorriso bobo e enorme.

— Eu vou ser pai...— Ouvi a voz de Sarah ao fundo e me virei indo em direção a mesma. — Sarah...isso é sério ? —

Peguei ela no colo falando tanta coisa embolada e rápido. Eu sentia que meu rosto queimava pela vontade de chorar e logo meus olhos se encheram.


SARAH

Sai da banheira estranhando o silêncio e me enrolei na toalha, chamei o nome de Stephen algumas vezes e não tive resposta.

Desci as escadas procurando na sala e na cozinha.

— Amor, para de brincadeira sem graça, cadê voc...— Passei pela porta do meu quarto vendo ele com os testes na mão e foi aí, nesse exato momento, que meu mundo caiu de vez, vendo ele todo alegre com os resultados e me abraçando.

— Stephen...— Se eu não contasse agora, eu não teria mais coragem. — Stephen...—

— Daqui a uns meses, a gente faz um chá de bebê, só pros mais íntimos. Também temos que escolher os nomes.
Porra, eu to tão feliz ! — Soltou meu corpo e pegou o celular.

Ele estava afobado demais, não me deixava falar um só momento.

— Stephen...eu preciso te falar uma coisa — Passei a mão nos olhos limpando minhas lágrimas.

— Sarah, não se preocupa. Eu sei que é pouco tempo, meu bem. Mas tudo vai dar certo, e eu amo você e já amo esse bebê — Sorriu passando a mão em minha barriga, enquanto o telefonava para seu pai no viva voz.

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