A garota que não queria amar

Um convite

Julia 

As aulas mal começaram e eu já estou cheia de trabalhos e atividades pra fazer, acho que vou retirar o que eu disse, não gosto de estudar eu gosto apenas da merenda dá escola.

Hoje ainda é quinta feira e faz cinco dias que minha vizinha começou a me empurrar para o filho dela, ou ela acha que minha vida amorosa está uma merda, o que é verdade porque eu realmente não estou ficando com ninguém, não que eu esteja reclamando ou com saudades de ficar com alguém mas, a situação está complicada.

Bom, melhor sozinha do que namorando e sofrendo!.

Mesmo não namorando ou ficando com alguém essa situação ainda é chata, a vizinha realmente faz questão de falar todos os dias pra mim como o filho dela é uma boa pessoa e é muito respeitador e carinhoso.

Sempre tento pedir ajuda pra minha mãe me tirar disso mas ela está amando essa situação.

- O Carlos está te esperando filha. Meu pai fala batendo na porta do meu quarto e eu reviro os olhos e pego minha mochila abrindo a porta e encontro ele fazendo uma careta olhando pra mim. 

- Sério isso ? Eu não estudo na mesma escola que ele . Falo e começo a andar do lado do meu pai até a cozinha .

- Isso é chato, ela quem deveria arrumar um marido e largar minha filha em paz!. Meu pai fala emburrado e eu concordo com ele .

- Eu também eu acho pai, coisa feia empurrar o filho pra cima das meninas assim. Falo descendo as escadas com meu pai segurando minha mão.

- Não gosto desse garoto. Meu pai fala no meu ouvido e eu seguro um sorriso.

- Não gosto da mãe dele. Falo sincera também no ouvido dele que sorrir baixinho.

Carlos é o filho da minha vizinha a Senhora Monique, ela deve pensar que seu filho é tão encalhado e quer jogar ele pra mim, coitada mal sabe ela que eu acho que seu filho gosta da mesma coisa que eu gosto.

Assim que chego na cozinha vejo Dona Monique e Carlos comendo e conversando com minha mãe.

- Olha ela aí. Minha mãe aponta para mim e Carlos sorrir pra mim sem graça.

- Bom dia. Me sento ao lado do meu Pai e Carlos vai para a cadeira vazia ao meu lado ainda sem graça.

Alguém tira esse menino daqui por favor!

Eu não sei  mesmo se ele é gay , e também não tenho nada a ver com a sua sexualidade porém, já vi algumas vezes ele com uns olhares digamos quente para o Bruno e sem querer falar nada mas acho que ele não gosta de mim, ou é isso ou ele só não gosta muito de falar com meninas e ama sorrir para meu amigo.

- Sei que você não gosta disso igual eu então , só sorrir pra acabar logo com isso. Carlos fala baixo mas mesmo assim consigo escutar.

Olho pra ele sorrindo e o mesmo olha pra sua mãe que está com um sorriso enorme nos lábios como se estivesse amando ver nos dois juntos.

Começo a comer tranquilamente até a santa Monique soltar a seguinte frase:

- Eles são tão lindos juntos. Ela fala colocando a mão no peito e eu me levanto da cadeira rápido.