Thanks god - capítulo 3

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Lalisa's POV

Dei graças a Deus que, finalmente, o avião aterrou.
Aquela mulher era INSUPORTÁVEL. Ela não se calava nem 1 segundo, demasiado extrovertida.
Minha cabeça doía só de ouvir aquela voz irritante durante horas, contudo não iria mais a ver.

Estava muito tarde e chovendo, quando saí do aeroporto, o que dificultava para encontrar um táxi.
Comprei um pequeno guarda-chuva e esperei, até conseguir um.
O motorista me ajudou com as malas e, assim, que entrei, vi aquela mulher outra vez.
Ela estava tremendo, abrigada por um guarda chuva, parecia estar também esperando um táxi, o que iria ser bastante difícil.
Olhando-a naquele estado, algo me fez ter compaixão, eu acho.
Pedi para que o motorista esperasse um pouco mais, e então, saí do carro e fui em sua direção.

- Está esperando um táxi?- perguntei e ela apenas assentiu.- Não vai encontrar um tão cedo assim. Então, apenas, venha comigo.- falei já pegando na sua mala.

Ela veio atrás de mim sem protestar. Coloquei as suas coisas no porta-malas do táxi, e depois me juntei a ela no carro.

- Para onde as senhoras vão?- o motorista perguntou com um sorriso no rosto.
- Onde é o seu destino?- perguntei para ela.
- Eu vou para Boseong.
- Boseong?!- me admirei, pois esse também era meu destino.
- Minha família não é rica como a sua ok? Então nós vivemos nessa pequena aldeia.
- Ok não precisa ser rude. Depois sou eu a grossa né?
- Você é, sei nem como me ajudou agora.- aumentou o tom de sua voz.
- Talvez porque eu não sou tão rude quanto você acha que eu sou.- falei no mesmo tom de voz que ela.
- Uhum.- cruzou os braços e rolou seus olhos, em sinal de desinteresse.
- Você é uma mimadinha, isso sim.- falei me ajeitando no banco, e colocando o cinto de segurança.
- Eu o quê?- gritou me assustando.- Eu não sou nada disso, você que é.
- Uhum.- ouvimos um pigarrear vindo do lugar da frente, e, rapidamente, nos calamos.
- Vamos para Boseong, por favor.- falei baixo, dando a entender minha vergonha.

O motorista apenas assentiu, e então, começou a dirigir.
(...)

Já eram cerca de 03:00 da madrugada, ainda havia pelo menos 45 minutos de viagem até ao nosso destino.
Olhei para o motorista, ele estava sorrindo.
Me surpreendi. Como uma pessoa que estava trabalhando aquelas horas da noite, estava longe de sua esposa e filhos, caso tivesse, conseguia transparecer felicidade?
Sorri de volta para ele, e desviei meu olhar, vendo as pingas cair na janela ao meu lado, e me distrai com meus pensamentos.
(...)

- Senhora, já chegamos.- olhei para ele e sorri.
Agradeci e paguei a corrida.
Cutuquei a mulher ao meu lado, numa tentativa de a acordar.

- Hmm...- resmungou.
- A gente já chegou.- foi abrindo seus olhos lentamente.
- Oh, desculpe eu acabei dormindo.

Saímos do carro, pegamos nossas malas e agradecemos mais uma vez ao motorista.
Apesar da chuva já ter cessado, parecia que o frio tinha aumentado.

- Como você sabia que minha casa era precisamente esta?- perguntou apontando para uma residência ao lado da minha.
- Na verdade eu não sabia.- olhou para mim, com a testa franzida em confusão.- Eu esqueci de perguntar, mas como é uma aldeia não achei muito importante. Pensei que sua casa não fosse tão longe da minha... mas também não pensava que sua casa era AO LADO da minha.- falei apontando para a sua e a minha residência, uma de cada vez.
- Ah não...- passou as suas mãos pelos seus fios de cabelo negros.- Eu não acredito que você é minha vizinha.- bufou.
- EU que não acredito que vou ter que ver sua cara amassada todos os dias.- falei fazendo careta e dando ênfase no "eu".
- Minha cara o quê?- perguntou. Ela parecia brava.
- Amassada.
- Eu estava dormindo tá?- se aproximou de mim.- Queria você acordar com uma cara tão perfeita quanto a minha.
- Deus me livre.
- Quê sua...- bateu em meu braço.- Vadia.- continuava me batendo.
- Para seu demónio.
- Demónio é sua fronha.
- Ok, ok... para.- falei pegando em seus braços, tentando parar o que estava fazendo.
- Não se preocupe, vou fazer questão de não olhar sua cara de cu nunca mais.
- Ofendida, porém agradecida.- a soltei.- Agora você deveria me pagar também.
- Pagar de quê?
- Eu ajudei você com o táxi e tal...
- Ah mas não vou mesmo.
- Mas eu te paguei.
- 1.º- você é rica e eu não.- falou erguendo um dedo só.- E 2.º eu não pedi sua ajuda, você que quis ajudar, logo não vou dar.
- Você é uma mal agradecida.
- E você é uma tosca, chata e arrogante.
- Você que é arrogante.- ela ia me bater novamente, mas eu fui mais rápida e a prendi.- Você vai parar.
- Cara de aborto mal feito.
- Víbora.- a larguei.

Cada uma pegou em suas coisas e nos dirigimos para as respetivas casas.

• Oi genteeeeee, isso daqui tá um amor e tanto ein? Kkkkkk revisado, porém há sempre aquele erro que escapa.
• Votem e comentem please
• Love u all seus safados.

I love you dangerously - JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora