Capítulo 6. Os últimos dias de férias.

2.4K 235 174
                                    

De manhã saímos a procura de uma chave de portal, Sr. Weasley conseguiu um velho pneu para a gente. Não era sua escolha, mas a quantidade de bruxos que queriam sair daquele lugar era imensa. Voltamos para o mesmo lugar que saímos, passamos pelo vilarejo, Gui ia conosco por conta de seu braço machucado, ele parecia animado em ver o céu e fazer uma caminhada matinal. E então em alguns minutos estávamos na frente da Toca, Sra. Weasley saiu correndo de lá com o profeta diário nas mãos.

- Arthur... eu estava tão preocupada... tão preocupada...

Ela se atirou ao pescoço do marido e o Profeta Diário caiu de sua mão frouxa no chão.
Baixando os olhos, li a manchete: CENAS DE TERROR NA COPA MUNDIAL DE QUADRIBOL, completa com uma foto em preto e branco da Marca Negra cintilando sobre as copas das árvores.

- Vocês estão bem - murmurou a Sra. Weasley distraída, largando o marido e olhando para
os garotos com os olhos vermelhos -, vocês estão vivos... ah, meninos...

E para surpresa de todos, agarrou Fred e Jorge e puxou os dois para um abraço tão apertado que as cabeças dos garotos se chocaram.

- Ai! Mamãe, você está estrangulando a gente...
- Gritei com vocês antes de irem embora! - disse a mãe, começando a soluçar. - É só nisso que estive pensando! E se Você-Sabe-Quem tivesse pegado vocês, e a última coisa que disse aos dois foi que não obtiveram suficientes N.O.M.s? Ah, Fred... Jorge...
- Ora vamos, Molly, estamos todos perfeitamente bem - disse o Sr. Weasley acalmando-a, desvencilhando-a dos gêmeos e levando-a em direção à casa. - Gui - murmurou ele em voz mais baixa -, apanhe esse jornal, quero ver o que diz...

_Sam querida, Lupin está aqui, ele chegou de manhã. - Ela suspirou. - Estava tão preocupado coitado, quando leu o jornal ele estava pálido, disse para tomar um chá. - Ela me puxou para dentro da casa. - Entre, entre.

Cheguei na cozinha dos Weasleys e vi Lupin sentado em um canto com uma xícara de chá, suas olheiras gigantescas evidenciavam a noite conturbada, tinha alguns machucados no nariz e no pescoço, creio que havia mais, porém sua jaqueta marrom tampava o resto do corpo. Ele me olhou e colocou a xícara na mesa a sua frente, veio em minha direção e me abraçou.

_Fiquei preocupado. - Ele disse, ele me apertava mais que a Sra. Weasley apertava os gêmeos. - Você está bem? - Ele segurou minhas bochechas e ficou a procura de hematomas. - Não se machucou?
_Cuidei bem de sua garota Remo. - Sr. Weasley disse abrindo o profeta diário e sentando na cadeira. - Paternidade tem o afrouxado.
_Sam, cuidou da gente também. - Gui mostrou o corpo curado.
_Bem, se está tudo bem. - Lupin disse indo até a porta e eu o acompanhei. - Tenho que ir, a noite foi...
_Eu entendo. - Eu disse e o homem foi se afastando. - Padrinho!

Ele olhou para trás curioso, fui em sua direção no meio do jardim dos Weasleys.

_Boatos, que foram os comensais da morte. - Eu disse e Remo me olhou integrado.

_Se fosse boatos, você não me perguntaria.

_Encontrei Draco Malfoy, ele quase afirmou que seu pai estava entre eles. - Respirei. - Ele disse que estavam atrás de nascidos-trouxas e trouxas e depois a marca de Voldemorte...
_Você já tem sua resposta. - Ele disse calmamente. - Dumbledore é um grande homem, nunca iria duvidar, porém... - Ele olhou em meus olhos. - Cuidado em Hogwarts, se forem mesmos o que você está pensando, pode ter infiltrados em Hogwarts, já vivi momentos como estes, quem você menos imagina é quem você mais precisa preocupar.

_E proteger Harry...

_Não deixe ele sozinho. - Lupin me abraçou e depois foi se afastando pelo gramado. - Pode ser nada, mas pode ser tudo ao mesmo instante.

The Girl Who Broke - LIVRO II - Harry Potter FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora