Capítulo 8. O Torneio Tribruxo.

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Cheguei totalmente estressada dentro do castelo, minhas roupas gotejavam, Jorge ria enquanto Fred socorria a jaqueta molhada. Rony estava na mesma situação, nós dois ganhamos toalhas da professora McGonagall na entrada do castelo, Rony passava nos cabelos ruivos umas 5 ou 7 vezes por minuto. Harry chegou tirando o sapato e jogando a água fora.

_Boa noite, Harry! - Um garoto com uma câmera cumprimentou todo animado.
_Boa noite para quem?
_Harry! - Reclamei do estresse do meu irmão que somente deu de ombros.
_Não vejo a hora de ver a celebração do chapéu seletor. - Eu disse.
_Meu irmão vai estar lá! - O garoto baixinho com a câmera na mão comentou. - Dedos cruzados para que ele saia na Grifinória.

O garoto saiu contente pelo salão e então Harry virou para mim:
_Normalmente irmãos caem na mesma casa, certo? - Ele questionou. - Olha os Weasleys todos da Grifinória.
_Nem sempre Harry. - Respondi. - Eu quase fui para a Lufa-Lufa, mas o chapéu deixou que eu escolhesse ficar com você.

Ele parecia surpreso pela minha declaração, deu um sorriso animado para mim que retribui. Olhei para a mesa dos professores e vi que o professor de defesa contra a arte das trevas não estava presente, seu local estava vazio ao lado de Hagrid.

_Será que não conseguiram contratar um novo professor? - Comentei. - Não vejo nenhuma cara nova.
_Espero que não. - Hermione retrucou.

Ficamos vários minutos esperando a celebração, parecia a eternidade. Os gêmeos finalmente voltaram com várias moedas douradas nos bolsos, o comércio ia muito bem, Sra. Weasley nem poderia imaginar que os dois garotos vendiam seus artefatos bruxos, sorte que Percy estava bem longe para fiscalizar, isso era a satisfação do ano para os dois.
_Sentiu algo Harry? - Questionei meu meu irmão. - Sabe... a cicatriz...
_Não... - Ele respondeu pensativo. - Mandei uma carta para Sirius, não houve resposta.
_Tenho certeza que ele irá responder. - Tentei confortar o jovem.

Harry se importava muito com Sirius, seu maior medo desde ano passado era ele ser preso e mandado para Azkaban novamente, eu tentava confortá-lo mas nada parecia ser útil.

- Ah, anda logo - gemeu Rony, ao lado de Harry. - Eu seria capaz de devorar um hipogrifo.
_Credo Ronald. - Reclamei.

As palavras mal tinham saído de sua boca e as portas do Salão Principal se abriram e fez-se silêncio. A Profa Minerva encabeçava uma longa fila de alunos do primeiro ano até o centro do salão. Se eu e Rony estavamos molhados, seu estado nem se comparava ao desses garotos. Eles pareciam ter feito a travessia do lago a nado em lugar de fazê-la de barco. Todos estavam tomados por tremores, em que se misturavam o frio e o nervosismo, ao passarem pela mesa dos professores e pararem em fila diante do resto da escola.

_Deve ser um primeiro dia emocionante para eles. - Comentei com os gêmeos que pareciam mais preocupados com as moedas de ouro do que com a celebração.

A Profa Minerva agora colocava um banquinho de três pernas diante dos novos alunos e, em cima, um chapéu de bruxo, extremamente velho, sujo e remendado. Os garotos arregalaram os olhos. E todo o resto da escola também. Por um instante, fez-se silêncio. Em seguida um rasgo junto à aba se escancarou como uma boca, e o chapéu começou a cantar:

Há mil anos ou pouco mais,
Eu era recém-feito,
Viviam quatro bruxos de fama,
Cujos nomes todos ainda conhecem:
O valente Gryffindor das charnecas,
O bonito Ravenclaw das ravinas,
O meigo Hufflepuff das planícies,
O astuto Slytherin dos brejais.
Compartiam um desejo, um sonho,
Uma esperança, um plano ousado
De, juntos, educar jovens bruxos,
Assim começou a Escola de Hogwarts.
Cada um desses quatro fundadores
Formou sua própria casa, pois cada
Valorizava virtude vária
Nos jovens que pretendiam formar.
Para Gryffindor os valentes eram
Prezados acima de todo o resto;
Para Ravenclaw os mais inteligentes
Seriam sempre os superiores;
Para Hufflepuff , os aplicados eram
Os merecedores de admissão;
E Slytherin, mais sedento de poder,
Amava aqueles de grande ambição.
Enquanto vivos eles separaram
Do conjunto os seus favoritos
Mas como selecionar os melhores,
Quando um dia tivessem partido?
Foi Gryffindor que encontrou a solução
Tirando-me da própria cabeça
Depois me dotaram de cérebro
Para que por eles eu pudesse escolher!
Coloque-me entre suas orelhas,
Até hoje ainda não me enganei.
Darei uma olhada em sua cabeça
E direi qual a casa do seu coração!

The Girl Who Broke - LIVRO II - Harry Potter FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora