Capítulo 7 - O expresso de Hogwarts.

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Acordei em uma manhã chuvosa, vesti uma blusa vermelha e uma jaqueta da adidas preta, coloquei meus jeans de trouxa e me olhei no espelho, qualquer um poderia dizer que estava indo para um colégio de trouxas. Hermione e Gina já estavam prontas também, com cabelos arrumados e com as malas prontas. Minha saudades estava na minha gata que permanecia com Lupin, talvez com a chuva eu só veria depois de uma semana de hogwarts.
Desci as escadas junto com as meninas, os garotos também desciam. Harry usava uma jaqueta parecida com a minha, já Rony e os gêmeos usavam suéteres. Os gêmeos tinham os suéteres arrumados por cima de uma blusa social, já Rony usava somente um suéter vermelho esparramado pelo seu corpo.

- Arthur! - gritou ela para cima. - Arthur! Mensagem urgente do Ministério!

Sra. Weasley passou correndo entre nós em direção ao quarto de seu marido.
Pelo o que parecia alguém tinha invadido a casa de um tal de Alastor Moody, a cabeça de Amos Diggory estava destacada no meio das brazas da lareira.

- Arthur, você conhece Olho-Tonto - disse a cabeça tornando a revirar os olhos. - Alguém andando pelo jardim dele na calada da noite? Mais provavelmente era algum gato com neurose de guerra vagando por ali, coberto de cascas de batatas. Mas se o pessoal do Uso
Indevido da Magia puser as mãos em Olho-Tonto, ele está perdido, pense na ficha dele, temos que livrá-lo com uma acusação menos séria, alguma coisa no seu departamento, qual é a penalidade para explosão de latas de lixo?

- Talvez uma advertência - respondeu o Sr. Weasley, ainda escrevendo muito depressa, a testa vincada. - Olho-Tonto não usou a varinha? Não chegou a atacar ninguém?
- Aposto que ele pulou da cama e começou a enfeitiçar tudo que conseguiu alcançar pela janela, mas daria muito trabalho provar isso, não houve nenhuma vítima.
- Tudo bem, estou de saída - disse o Sr. Weasley e, enfiando o pergaminho com as
anotações no bolso, saiu correndo da cozinha.

No outro instante, Sr. Weasley voltou na cozinha com suas vestes do ministério e penteava seu cabelo ruivo no espelho mais próximo. Ele despediu de todos as crianças e disse:

_Um bom dia letivo! Molly você consegue levá-los para King's Cross, certo?
- Claro que sim. Se preocupe com Olho-Tonto que nós cuidamos do resto.
Quando o Sr. Weasley desapareceu, Gui e Carlinhos entraram na cozinha.
- Alguém falou em Olho-Tonto? - perguntou Gui. - Que é que ele andou fazendo agora?
- Diz que alguém tentou entrar na casa dele à noite passada - respondeu a Sra. Weasley.
- Olho-Tonto Moody? - indagou Jorge pensativo, passando geleia na torrada. - Não é aquele biruta...
- Seu pai tem uma excelente opinião sobre Olho-Tonto Moody - disse a Sra. Weasley
severamente.
- É, tudo bem, papai coleciona tomadas, não é mesmo? - disse Fred baixinho quando a mãe saiu da cozinha. - Cada qual com o seu igual...
- Moody já foi um grande bruxo - disse Gui.
- Ele é um velho amigo do Dumbledore, não é? - perguntou Carlinhos.
- Mas o Dumbledore não é bem o que a gente chamaria de normal, não é - comentou Fred.
- Quero dizer, eu sei que ele é um gênio e tudo o mais...
- Quem é Olho-Tonto? - perguntou Harry.
- Está aposentado, mas costumava trabalhar no Ministério - falou Carlinhos. - Vi ele uma vez quando papai me levou ao trabalho. Ele foi Auror... um dos melhores... um cara que captura bruxos das trevas - acrescentou, vendo o olhar atônito de Harry. - Encheu metade das
celas de Azkaban. Mas fez uma pá de inimigos... principalmente as famílias das pessoas que ele prendeu... e ouvi falar que Moody está ficando realmente paranoico na velhice. Não confia mais em ninguém. Vê bruxos das trevas por todo lado.

_Acho que se tornar Auror tem suas consequências. - Eu disse.

Carlinhos e Gui decidiram nos acompanhar até a estação, já Percy corria para seu quarto dizendo que iria trabalhar.
Sra. Weasley pediu três táxis para que todos nós fossemos para Hogwarts. Em segundos me vi grudada no banco de trás junto com Fred e Jorge com nossos malãos e as corujas dos gêmeos. A viagem foi apertada mais em minutos já estávamos na estação, passei correndo para a plataforma 9 ¾. O Expresso de Hogwarts, uma reluzente locomotiva vermelha, já estava aguardando, soltando nuvens repolhudas de fumaça, através das quais os muitos alunos de Hogwarts e seus pais parados na plataforma pareciam fantasmas escuros. Pichitinho fez mais barulho que nunca em resposta ao pio das outras corujas escondidas na névoa.

The Girl Who Broke - LIVRO II - Harry Potter FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora