Summer Love - Babitan

Capítulo 8

Verão de 2017

São seis horas da tarde e estou voltando do mar doida por um banho. Chego em casa e minha mãe avisa que os dois banheiros estão ocupados. Fico agoniada ao saber disso, o sal incomoda demais. Penso em tomar banho ali no chuveiro atrás da casa que serve para que não entrem cheios de terra e sal quando voltam da praia. Peço meus shampoos e um sabonete líquido ao meu pai.

Termino meu banho, e fico apenas com uma toalha no corpo. Quando vou entrar na casa percebo que a porta dos fundos está trancada, vou para a frente da casa para poder entrar. Não percebo que meus dois irmãos estavam lá à minha espera para me assustar. Levo o susto e acabo deixando minha toalha cair, meus irmãos riem e de longe ouço uma risada muito conhecida. Tento o mais rápido possível trazer a toalha de volta ao meu corpo, vejo Carolina parada encostada na cerca branca de madeira que fica na frente dos chalés com um sorriso no rosto, nessa hora minha alma sai do corpo. A garota que eu gosto viu minha bunda. Sinto vontade de enterrar a cabeça no chão.

— Linda bunda, Babi! — Ela diz ainda sorrindo.

Olho para ela desacreditada, como ainda ousa falar isso? Menina doida. Sinto meu rosto queimar e corro para dentro de casa. Não sei com qual cara vou olhá-la depois disso.

***

Agora são dez horas da noite, estou na varanda com as luzes apagadas olhando a timeline do instagram. Meus pais saíram com meus irmãos para algum lugar que não lembro, mas disseram que não voltam tarde, e eu não fui junto com eles porque... eu não sei, não quis. Ouço alguém se aproximar, levanto a cabeça e vejo Carol, me sinto envergonhada no mesmo instante me lembrando da cena de hoje mais cedo.

— Oi. — Senta-se ao meu lado direito no banco.

— No momento eu estou sem coragem de olhar para a sua cara — Falo sem olhar para ela com as mãos no meu rosto.

— Por causa de hoje? — Começa a rir, aceno dizendo que sim. — Ah, fica tranquila, sua bunda é linda mesmo — Diz voltando a rir.

Olho incomodada um pouco brava e ela logo percebe.

— Ok, parei. Não falo mais sobre isso.

— Isso, obrigada.

— Será que agora você pode olhar para mim? — Pergunta me olhando depois de uns dois minutos de silêncio. Ainda não olho em sua direção. — Babi?

— Foi realmente vergonhoso para mim, desculpa.

— Tudo bem — Ela diz se aproximando.

Afasta meu cabelo da nuca com sua mão esquerda, a repousa ali e faz carinho. Fecho meus olhos para sentir. Ela chega mais perto beijando levemente minha bochecha.

— Vamos, olhe para mim — Fala em tom de sussurro perto do meu ouvido causando arrepios. — Eu quero ter seus olhos sobre mim, quero que você olhe nos meu olhos. — Desce seus beijos para meu pescoço. — Vamos, Babi...

Não resisto, o pescoço é o meu ponto fraco, me viro de frente para ela, olho no fundo dos seus olhos, desço meu olhar para sua boca. Me aproximo dela colocando uma mão em sua nuca, segurando com firmeza, a beijo lentamente. Com a mão esquerda seguro em sua cintura a puxando para mim, ela entende o recado colocando uma perna em cada lado do meu corpo ficando sentada sobre meu colo.

Peço passagem com a minha língua e ela prontamente concede aumentando a velocidade do beijo, toco sua cintura por baixo da sua camisa branca descendo os beijos para seu pescoço, Carol coloca sua cabeça para trás me dando mais espaço. Começa a dar pequenas reboladas e volto os beijos aos seus lábios, dessa vez levando minhas mãos à sua bunda e em seguida apertando a região, ela solta um suspiro.