Summer Love - Babitan

Capítulo 23

O caminho de volta foi silencioso, sem muita conversa, gosto do silêncio mas neste caso estava super desconfortável, estou com vergonha por ter batido no Felipe, eu não sou violenta mas a sensação de Carol estar correndo um possível perigo me fez fazer o que fiz. Mas não me arrependo, ele mereceu. Passamos em outro mercado para comprar as coisas já que não fechamos a compra devido ao ocorrido e também comprei gelo para minha mão. Eu e Carolina ficamos nos perguntando o porquê Felipe estar aqui, Carol lembrou que os pais dele são divorciados e sua mãe ainda mora por aqui.

Nos encontramos com nossos pais e seguimos para a fazenda. O pai de Carol nos levou para andar à cavalo e conhecemos todos os animais que criava. Estou amando ficar por aqui, os pais de Voltan são incríveis. Logo após voltamos para a casa para o almoço. E depois saí de bicicleta com Carolina para andar pela região, conheci lugares lindos, ela me apresentou todos, me contou todas as histórias que tinha em cada cantinho de cada lugar em que passamos. Inclusive, acabei caindo da bicicleta, acredito que vá ficar uma cicatriz horrível no meu joelho.

Todos aqueles lugares eram lindos mas eu estava mais maravilhada em como Carol conseguia ser mais linda que eles, sua beleza externa, sua energia, sua vibração, seu interior, tudo nela é lindo e perfeito. E vê-la contando suas histórias com tanta emoção com os olhos brilhando e um sorrisinho no rosto, fazia dela a mulher mais linda do mundo todo.

Sempre sinto meu coração bater mais forte quando a olho. Eu a amo, disso eu tenho certeza. Tenho necessidade do seu toque, que seja nossos corpos nus e suados abraçados na nossa cama ou até mesmo um simples encostar de peles dos nossos braços.

Está apenas eu e meus pais na casa, Carol e seus pais tiveram que ir buscar algo na casa de um amigo aqui perto. Agora estou indo para a varanda da casa encontrar minha mãe, quando ouço a voz do meu pai.

— Ela tem alguma coisa com essa menina, não é?

— O nome dela é Carol, querido.

Ao ouvir o nome de Carolina, me aproximo mais da porta principal.

— Tanto faz. Você sabe que eu não quero minha filha namorando outra garota.

— Você não pode mudar isso.

— Tá do lado dela?

— Uai, ela é minha filha, quer que eu fique do lado de quem? Do seu?

— Esperava que sim.

— Meus filhos vêm primeiro.

Abro a porta com força e me sento em silêncio no degrau da varanda. Um grande silêncio se instala no ambiente. Minha mãe sai deixando apenas eu e meu pai ali.

— Por que isso, filha?

— Eu gosto dela, pai.

— Eu sei que você tá confusa, a vida é confusa, mas eu te criei direito.

— Pelo amor de deus...

— Isso, Deus! Você tem fé nele? Você conhece a bíblia e sabe que isso não é certo.

Sinto meu coração doer com isso, não receber a aceitação do meu pai é doloroso. Logo ele que sempre admirei.

— Eu não me importo. É como a minha mãe disse, você não controla isso.

Ele fica em silêncio por poucos minutos.

— Controlo sim.

Ele diz e o olho confusa sem entender. Meu pai está mexendo em algo no celular. Demora um pouco e ele me mostra um arquivo em PDF. É o meu contrato da Loud.