Capítulo 11

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12 de Fevereiro de 2018, 20:35 da noite.

Me encontro deitada na cama no meu quarto em Belo Horizonte, faz mais ou menos três semanas que voltei do estado de Alagoas, onde precisei me despedir da mulher em que estou apaixonada. Eu chorei, ela chorou, nos abraçamos e nos beijamos como nunca, não sabia quando iria a ver novamente.

Decidimos trocar nossos números de telefone e no momento estou esperando sua mensagem dizendo ter chegado do trabalho. Jogo um joguinho de celular chamado Free Fire com os meu irmãos enquanto a mensagem não chega.

21:30, nada de mensagem.

22:45, nenhuma mensagem.

23:30, zero mensagens.

Ok, estou um pouco preocupada.

Durmo sem perceber. Acordo e a primeira coisa que faço é olhar o celular, mensagem de alguns grupos e de alguns "amigos" mas nenhuma é dela. Decido ir fazer o que tenho que fazer hoje.

23:15. Ela não apareceu. Será que se cansou de mim? Não ficaria surpresa com isso, é isso o que sempre acontece, talvez acabei a afastando sem perceber. Diversas coisas passam por minha mente, todas relacionadas à ela e nossa relação.

Por que tenho que ser assim? Qual o meu problema? O que custa deixar as pessoas se aproximarem? Penso com as lágrimas já rolando pelo meu rosto. Devido a horas ali, na mesma posição e os mesmos pensamentos, que apenas se intensificam, chega o momento em que o cansaço vence. Acabo dormindo.

Acordo indo olhar o celular com a esperança de que ela tenha aparecido. Nada, nenhuma mensagem. Talvez, para ela, tudo tenha sido apenas uma distração de férias. E mais uma vez, volto a chorar, chegando a soluçar.

Minha mãe entra no quarto perguntando o que aconteceu, como em todas as vezes em todos esses dias longe da garota de olhos verdes, e como sempre, apenas a abraço me permitindo chorar em seus braços.

POV Carolina

Hoje é dia 12 de fevereiro de 2018, faz duas semanas e meia que voltei de viagem, estava morrendo de saudades da Babi. Enquanto estávamos na pequena cidade do litoral alagoano vivemos coisas que eu não imaginava viver. Eu me sentia tão bem ao seu lado, como se não houvessem problemas.

Sorrio lembrando da garota. Lembro do quão linda ela é, lembro do sorriso, das suas piadas sem graça. Sinto saudades, quero a ver mais uma vez o mais rápido possível.

São 20:55 da noite e ainda estou no trabalho fechando alguns relatórios, agora trabalho como auxiliar de assessoria de imprensa na prefeitura da minha cidade, contribui para o estágio da minha faculdade e me ajuda a manter minhas economias. Termino o que estava fazendo e fecho a sala entregando uma cópia da chave ao segurança.

A rua estava deserta, um dos postes de luz estava quebrado fazendo com que um grande pedaço da rua ficasse em completo escuro. Vou andando até que um homem encapuzado anda rápido aproximando-se de mim. Ando um pouco mais rápido, já com medo, e ele faz o mesmo atrás de mim. Aperto o passo.

— Moça, pare de andar! — Ele fala mais alto, continuo andando só que mais devagar. — Eu não vou pedir de novo.

Eu paro, ele se aproxima tentando pegar minha bolsa, mas devido ao nervosismo não consigo afrouxar meus dedos e soltá-la por completo.

— Solte a porra da bolsa! — Ele fala pausadamente colocando o revólver que estava em sua mão na frente do meu rosto. Ainda não consigo soltar, todos os músculos do meu corpo estão tensionados. — Solta, caralho! — Puxa a bolsa com força e vai embora com tudo meu.

Summer Love - BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora