Acatei a idéia do Coringa sobre tirar um tempo para mim e neste momento estou no uber a caminho da rodoviária, vou para Belo Horizonte visitar minha família. Depois de toda a conversa com Carolina e com o Victor vi que era a melhor coisa a se fazer, preciso ver minha mãe. Estou indo sem avisar, essa ideia de ir surgiu na minha mente ontem à noite.
FLASHBACK ON
Já se passaram três dias desde que tive aquela conversa com a Carol, não tocamos no assunto desde então, venho tentando agir normalmente depois daquele dia, e até que tem funcionado. Mas mesmo assim as coisas têm estado estranhas, tenho evitado a Carolina um pouco, admito isso, mas não é porque quero, e sim porque ela tem trabalhado muito, está fazendo parte de alguns projetos beneficentes, fazendo entrevistas e outras coisas. Ah vai, não vou mentir, também em partes estou evitando porque quero, não queria ter que fazer isso mas sinto que é preciso.
Estou deitada olhando para o teto do meu quarto, não faço a mínima ideia de que horas são. O quarto está em silêncio absoluto, consigo escutar apenas o som da minha respiração até que alguém entra no quarto sorrateiramente. Vejo Carolina na ponta do pé, acho graça daquela cena.
— Está fugindo de quem? — Falo e a vejo colocar a mão no coração com o pequeno susto que levou.
— Puta que pariu, garota! — Fala colocando a mão esquerda na testa. — Quer me matar?
— E por que é que você estava andando daquele jeito? — Pergunto rindo ficando sentada com as costas na cabeceira da cama.
— Eu pensei que você estava dormindo, não queria te acordar. — Vai em direção ao closet. — São 15:00, não vai almoçar?
— Como assim são 15:00? — Olho no relógio apenas para confirmar.
— Pois é. Você não está com fome? — Volta mexendo em algo na sua mesa. — As tias guardaram comida.
— Estou sem fome — Falo e a observo me olhar.
— Mas você precisa comer, última coisa que você comeu foi aquelas uvas ontem à noite — Diz se aproximando sentando na cama.
— Eu vou comer, mãe. — Brinco com ela. — Daqui a pouco eu vou lá na cozinha.
— Ok, só não demore muito pra ir ou aquela dor de estômago pode voltar.
— Relaxa, Carol. Ela não vai voltar, melhorei minha alimentação.
— Eu sei, desculpa. Só fico preocupada — Olha em meus olhos.
Acho aquilo adorável e sorrio para ela.
— Eu preciso ir, apenas vim comer e buscar algumas coisas — Ela diz guardando algo em sua bolsa. — O projeto está sendo uma loucura lá na outra casa, estou com medo de não estar bom.
— Não se preocupe com isso, é boa em tudo que faz. — Olho em seus olhos, ficamos em silêncio por alguns segundos vejo seu olhar indo em rumo à minha boca.
— O-Obrigada. Tchau. — Sorri e aproxima-se mais. — Estou com saudade de você — Fala beijando o topo da minha cabeça.
— E eu de você. — Sorrio sem mostrar os dentes e a vejo sair do quarto.
Deito meu corpo na cama, meu coração está acelerado, essa mulher está me deixando doida.
***
São 22:20 e estou me organizando para dormir, hoje eu fui totalmente inútil para o mundo, não fiz nada, dormi o dia quase inteiro e ainda estou com sono. Estou cansada psicologicamente, esse é pior tipo de cansaço porque não importa quanto tempo você durma, quando acordar ainda estará cansada.
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Summer Love - Babitan
Fanfiction[concluída] A vida é doida e o mundo é pequeno. Um fantasma do meu passado retorna ao meu presente, se foi ao acaso ou não, eu não sei. Mas continuo o amando mesmo sem perceber. ⚠️Conteúdo +18