Capítulo 27

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Somos controlados por quem? Somos guiados por o quê? Quem nos faz passar pelos desafios que passamos? Deus? Universo? Nossas escolhas? Nossos mais profundos desejos? Alguém/algo nos guia ou somos apenas pequenas partículas de poeiras cósmicas vagando pelo espaço-tempo sem um real propósito?

A ideia de ter um "Deus" olhando por você e controlando tudo, é o medo de estar sozinho nesse todo que é o universo? Chegamos nesse mundo sozinhos e iremos embora dele sozinhos mais uma vez, a solidão já está na nossa natureza, por que a temer tanto? A vida é definida como o período entre o nascimento e a morte, e nesse meio-tempo vivemos sozinhos. A vida é solidão. A morte é solidão. A solidão é liberdade.

Saio do quarto e vou para cozinha em busca do almoço, a minha barriga implora por qualquer comida que seja. Encontro Mob, meu vizinho de quarto, vendo algo em seu celular enquanto fecha a sua porta.

— E aí, Moruto!

— Meu deus! — Toma um susto e sorri. — Não sabia que já tinha voltado.

— Cheguei na madrugada de hoje. — Abraça-me apertado.

— Vamos, tô com fome. — Sai me puxando pela mão.

Ao chegar na sala, me deparo com todos reunidos, acho estranho por isso ser raro de acontecer, sempre tem um ou outro enfiado no próprio quarto.

— Por que tá todo mundo aqui?

— Bárbara Passos! — Victor anuncia ao me ver e anda apressadamente ao meu encontro.

— Victor Augusto! — Sinto seus braços passarem por minhas costas, abraço-o apertado.

— Acho que deu fome em todo mundo ao mesmo tempo — Gs diz.

— Cadê a Milena? — Pergunto.

Sento ao lado de Gilson e me aconchego em seu peito, quem nos visse de fora acharia que somos um casal. Ficamos ali jogando conversa fora e esperando o almoço. Após um tempo, Voltan aparece cumprimentando os nossos amigos e depois senta-se ao meu lado.

— Gente, deixa eu falar uma coisa — Carol diz um pouco mais alto.

— Fala tu.

— Eu e Babi estamos namorando. — Descansa sua mão em minha coxa. — Eu sei que todo mundo já sabe.

— Nossa, mas isso aí eu já sabia antes de vocês mesmas saberem — Mob diz rindo.

— Sabia?

— Pensa que sou bobo mas de bobo não tenho nada.

— É que a gente estava esperando que ficar mais sério pra poder contar, mas acabou vazando e deu no que deu — Digo.

— Parabéns, meninas. Torço muito por vocês — Luiz fala sorrindo com uma câmera em mãos.

[...]

Retiro meu carro da garagem seguindo para o hospital em que meu pai está. Ao chegar encontro meu irmão mais novo me esperando na porta principal, nos cumprimentamos e seguimos para onde minha mãe está.

— Como ele está? Acordou? — Pergunto abraçando a mulher mais velha.

— Ele acordou minutos depois que você saiu daqui, mas logo dormiu de novo.

— Cadê a Carol? Saudades dela — Bruno pergunta.

— Hoje ela tem gravação, disse que depois viria pra cá.

Bruno começa a contar algumas histórias da escola que aconteceram recentemente e presto atenção em cada detalhe. Ele é um garoto extremamente meigo e ficar longe dele me faz querer saber de cada pedacinho que acontece na sua vida. Minutos depois Breno, meu outro irmão, chega e ficamos por ali esperando o médico responsável mandar notícias.

Summer Love - BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora