20° Capítulo

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- Não estou aqui para falar do passado senhora Carter..._ atrapalhei ela pela quarta vez.

- Me chame de mãe por favor?_ suplicou.

- Jamais a senhora me ouvirá falar essa palavra pra senhora._ falei com raiva.

- Você nunca irá me perdoar né?_ perguntou me olhando fixamente.

- Finalmente usou sua inteligência pra alguma coisa..._ falei ironicamente.

- Mãe?_ chamou Erick entrando na sala. - Desculpa, não sabia que a senhora estava com visita._ falou quando notou minha presença na sala. Meu irmão não parecia mais aquele filhinho de papai, sua aparecia estava acabada, como se não dormisse a dias. Ele estava com a roupa suja de cimento, achei aquilo estranho, mas fiquei na minha. - Prazer sou Erick, filho dela._ falou apontando para senhora Carter. Queria rir daquilo, porém mantive minha postura.

- Eu sei quem você é!_ falei secamente.

- Filho, ele é o Ed...

- Já falei que para você, eu sou Edvan ou senhor Carter. Não temos intimidade para a senhora me chamar por apelido._ falei olhando pra ele e para ela.

- Eu não acredito mano._ falou me puxando para um abraço que não durou muito, pois eu fiz questão de empurrar ele. - O que você tá fazendo aqui?_ perguntou com um brilho diferente no olhar, ele só parecia curioso. Não tinha raiva e nem ódio na maneira que ele estava falando.

- Vim conversar com a sua mãe, sobre a saúde do seu pai.

- Nossos pais._ me interrompeu, até me surpreendi quando ele falou aquilo.

- Seud pais!_ falei friamente, o deixando surpreso.

- Por que tanto ódio?_ perguntou-me.

- Meu Deus! Sério isso? Logo o cara que me bateu e falou palavras horríveis pra mim, tá perguntando isso?!_ falei ironicamente.

- Já se passaram anos, ódio não faz bem a ninguém irmão!

- Não sabia que estava de frente a um terapeuta. Mas eu não vim pra conversar sobre passado ...

- O QUE ESSE VIADO TÁ FAZENDO NA MINHA CASA?_ novamente fui interrompido.

- Pai se controla._ falou Erick.

- Querido, ele vai nos ajudar!_ falou a senhora Carter chegando perto dele.

- Nos ajudar? Nós não precisamos da ajuda de um prostituto._ eu já estava ficando cansado daquilo, eu vim aqui pra ajudar aquele nojento e ele fala isso.

- Sabe senhor Carter._ falei me levantando do sofá. - Acho engraçado como uma pessoa como o senhor tem a capacidade ainda de falar mal de mim. Uma pessoa nojenta, asquerosa, podre por dentro e por fora, uma pessoa que não tem onde cair morto e quer dar um de superior. Escuta bem, pois só vou dizer uma vez: Eu posso ser a vadia que todas falam, posso ser prostituto, não tem vergonha disso, eu tenho é orgulho, ser garoto de programa é uma profissão como qualquer outra. Mas agora me diz, você se formou na faculdade, tem um diploma de advogacia. Porém mesmo assim, olha pra você! Sua mulher teve que ir no meu trabalho praticamente chorar pra eu te ajudar, só vim aqui por dó, pois ajudar os pobres é uma coisa que o meu atelier sempre faz. Eu não estou aqui para ouvir merda de uma pessoa que não quer ser ajudada, então faz uma favor para humanidade e morre logo, pois tenho certeza que não fará a menor falta._ quando eu terminar de falar, apenas comecei a andar em direção a porta, foi uma péssima ideia vim nesse lugar.

Até o próximo capítulo!!!

O Traficante E O Ex ProstitutoOnde histórias criam vida. Descubra agora