14° Capítulo

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- Pode entrar...

- Senhor ela está aqui_ falou um dos meus funcionários entrando na sala.

- Licença_ falou aquela voz feminina estantes depois.

- No que posso ajudá-la, senhora Carter?_ falei fingindo que não estava afetado com a sua presença.

[...]

- Como você está?_ perguntou após longos minutos calada.

- Sério mesmo, depois de anos e é isso que a senhora quer saber?_ perguntou com raiva.

Ela ficou calada por um tempo, se levantou e começou a chegar perto de mim.

- Não quero ficar perto de você_ falei quando ela veio me abraçar.

- Vai me negar um abraço? Eu estava com saudades de você!_ falou começando a chorar.

- Vou negar, vou negar da mesma maneira que vocês me negaram um teto após saber que era homossexual_ falei me levantando.
- Eu quero saber o que você está fazendo aqui!_ completei.

- Seu pai está doente...

- Não me importo_ não deixei ela terminar.

- Deixa eu terminar por favor?_ falou olhando pra mim.

- Você têm cinco minutos!_ falei já perdendo a paciência com ela.

- Tá bom, como eu ia dizendo, seu pai está doente e precisa de ajuda, seu pai perdeu tudo depois que você foi embora, ele começou a beber muito e quando vimos não tínhamos mais nada_ finalizou limpando as lágrima do rosto.

- Por que não falou isso antes? Se é dinheiro que você quer, posso te recomendar um ótimo banco, eles fazem empréstimo pra pessoas falidas_ falei com sarcasmo.

- Você me ouviu? Eu falei que seu pai tá doente, eu não sei mais o que fazer. Seu irmão está desempregado, virou um vagabundo, só quer saber de beber e fumar.

- Eu não me importo, quando foi eu, ninguém se importou, por que eu iria me importar com vocês agora?_ perguntei chegando perto dela.

- Somos sua família...

- Família? Desde quando? Ah, deve ter sido naquela hora que meu pai me deu um soco ou foi naquela hora que o meu irmão chutou a minha barriga, não, lembrei, foi quando a minha mãe olhou tudo isso e não falou uma única palavra, foi quando vocês me jogaram na rua como um lixo. Tenho que concordar, somos uma ótima família!_ falei chegando perto da porta e abrindo. - Você e ninguém da SUA família é bem vindo nesse prédio, seu cinco minutos já acabou.

- Por favor me ajuda, eu não sei mais o que fazer. Eu estou com medo e não tenho ninguém pra me ajudar. Apesar de tudo somos sua família.

- Por favor, não se menospreze assim. Eu não vou ajudar você, eu não me importo com o que vai acontecer com você ou com qualquer pessoa da sua família!_ falei fechando a porta.

Após fechar, eu comecei a chorar. Tudo que eu falei machucou mais a mim do que ela, mas eu não podia ajudar, seria como ir contra eu mesmo e essa sensação não é nada boa.
Peguei minhas coisas e fui embora, não tinha cabeça pra trabalhar, eu estava frágil, eu precisava da Thays, precisa da minha família pra eu me sentir melhor.

O Traficante E O Ex ProstitutoOnde histórias criam vida. Descubra agora