- Pode entrar...
- Senhor ela está aqui_ falou um dos meus funcionários entrando na sala.
- Licença_ falou aquela voz feminina estantes depois.
- No que posso ajudá-la, senhora Carter?_ falei fingindo que não estava afetado com a sua presença.
[...]
- Como você está?_ perguntou após longos minutos calada.
- Sério mesmo, depois de anos e é isso que a senhora quer saber?_ perguntou com raiva.
Ela ficou calada por um tempo, se levantou e começou a chegar perto de mim.
- Não quero ficar perto de você_ falei quando ela veio me abraçar.
- Vai me negar um abraço? Eu estava com saudades de você!_ falou começando a chorar.
- Vou negar, vou negar da mesma maneira que vocês me negaram um teto após saber que era homossexual_ falei me levantando.
- Eu quero saber o que você está fazendo aqui!_ completei.- Seu pai está doente...
- Não me importo_ não deixei ela terminar.
- Deixa eu terminar por favor?_ falou olhando pra mim.
- Você têm cinco minutos!_ falei já perdendo a paciência com ela.
- Tá bom, como eu ia dizendo, seu pai está doente e precisa de ajuda, seu pai perdeu tudo depois que você foi embora, ele começou a beber muito e quando vimos não tínhamos mais nada_ finalizou limpando as lágrima do rosto.
- Por que não falou isso antes? Se é dinheiro que você quer, posso te recomendar um ótimo banco, eles fazem empréstimo pra pessoas falidas_ falei com sarcasmo.
- Você me ouviu? Eu falei que seu pai tá doente, eu não sei mais o que fazer. Seu irmão está desempregado, virou um vagabundo, só quer saber de beber e fumar.
- Eu não me importo, quando foi eu, ninguém se importou, por que eu iria me importar com vocês agora?_ perguntei chegando perto dela.
- Somos sua família...
- Família? Desde quando? Ah, deve ter sido naquela hora que meu pai me deu um soco ou foi naquela hora que o meu irmão chutou a minha barriga, não, lembrei, foi quando a minha mãe olhou tudo isso e não falou uma única palavra, foi quando vocês me jogaram na rua como um lixo. Tenho que concordar, somos uma ótima família!_ falei chegando perto da porta e abrindo. - Você e ninguém da SUA família é bem vindo nesse prédio, seu cinco minutos já acabou.
- Por favor me ajuda, eu não sei mais o que fazer. Eu estou com medo e não tenho ninguém pra me ajudar. Apesar de tudo somos sua família.
- Por favor, não se menospreze assim. Eu não vou ajudar você, eu não me importo com o que vai acontecer com você ou com qualquer pessoa da sua família!_ falei fechando a porta.
Após fechar, eu comecei a chorar. Tudo que eu falei machucou mais a mim do que ela, mas eu não podia ajudar, seria como ir contra eu mesmo e essa sensação não é nada boa.
Peguei minhas coisas e fui embora, não tinha cabeça pra trabalhar, eu estava frágil, eu precisava da Thays, precisa da minha família pra eu me sentir melhor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Traficante E O Ex Prostituto
RomanceEu sou Edvan Carter, tenho um metro e setenta cinco de altura, tenho o cabelo cinza e meus olhos são azuis, sou formado em moda e hoje em dia sou um dos melhores estilistas do mundo. Eu nunca fui de ter medo, até que eu descobri que eu era homossexu...