- Você vai ajudar ele?_ foi a primeira pergunta que eu recebi assim que cheguei no quarto.
Depois de conversar com a Thays eu fiquei muito frágil, então fui até o banheiro me acalma um pouco, lavei meu rosto e depois de alguns minutos eu voltei.
- Ainda não sei Erick, estou pensando!
- É apenas uma criança irmão, ele não tem culpa de nada.
- Por isso mesmo que eu ainda estou pensando.
- Não vou te pressionar!
- Que bom!_ falei bufando.
- Tio por que seus olhos estão vermelhos?_ perguntou Anderson.
- É apenas um alergia._ falei tentando não me aproximar muito dele, eu vou ajudar ele e sumir. Eu não mereço ficar no mesmo ambiente que ele, não depois do que aconteceu. Um monstro nunca pode ficar perto de um anjinho desse.
- Dá remédio pra ele papai. Ele não pode ficar dodói!_ falou ele pegando na minha mão.
Sentir aquele toque angelical na minha mão foi como um sobro no meu coração. Dizer que ele estava sendo esmagado seria pouco pra sensação que estava sentindo.- Ei, tudo bem? Por que tá chorando?_ perguntou Erick se preocupando com o meu estado.
- Nada não!_ falei tirando a mão do Anderson da minha.
- Como nada..._ não deu tempo dele terminar.
- Erick?_ chamou o médico responsável pelo filho dele.
- Diga doutor Carlos.
- Tem umas pessoas aqui dizendo que vieram buscar o Anderson.
- Como assim vieram buscar o meu filho? Ficou doido doutor Carlos?
- Peça pra eles entrarem por favor!_ falei me intrometendo na conversa.
- De jeito nenhum, vai que é a doida da mãe dele querendo ter direito de ver ele.
- Apenas confie em mim.
- Não...
- Você confia em mim?_ perguntei antes que ele falasse mais.
- Confio!
- Então deixe eles entrarem!
- Okay, doutor traga eles até aqui!_ falou Erick dando uma respirada funda, sua cara era de desespero. Porém mesmo assim ele confiou em mim.
- Licença, sou Henrique e essa é a Bruna._ falou um moreno muito charmoso chegando perto da gente.
- Eu sou Erick, pai do Anderson.
- É um prazer senhor!
- O que vocês vieram fazer aqui!
- O hospital central mandou a gente fazer a transferência do paciente Anderson Carter. Por gentileza quem é Edvan Carter?_ falou Bruna.
- Sou eu!_ falei.
- Pode assinar aqui por favor?_ falou ela.
- Claro que sim!_ falei pegando a prancheta com o documento e assinando rapidamente.
- Alguém irar com ele na ambulância?_ perguntou Henrique.
- Sim, o pai dele!_ falei.
- Hospital central?_ perguntou Erick espantado.
- Não era isso que você queria?
- Eu queria que você pagasse a cirurgia, porém transferir ele pra o melhor hospital da cidade nunca passou pela minha cabeça.
- Apenas curta a tranquilidade de alguém que vai ter o filho sendo operado por um ótimo médico em um excelente hospital!
- Muito obrigado!_ falou ele me abraçando.
Como eu poderia descrever o que eu estava sentindo agora? Meu coração estava batendo rápido pela surpresa e não correspondi ao abraço e ele logo percebeu.
- Desculpa, eu me empolguei._ falou ele se afastando de mim.
- Eu entendo, mas se controle. Vou esperar lá fora!_ falei já começando a sair de perto dele.
- TIO?_ aquela voz me gritou, automaticamente eu parei. - O senhor vai embora?_ perguntou-me quando eu me virei.
- Apenas ficarei ali fora!
- Você vai comigo para o novo hospital né?_ falou ele. Seus olhos brilhavam enquanto perguntava.
- Infelizmente não vou poder querido, eu tenho que trabalhar!_ falar aquilo me fez me sentir horrível, eu não queria me afastar dele, mas era necessário. Ficar perto dele não está fazendo bem pra minha mente, olhar pra ele me faz lembrar dele...
- Que pena!_ falou ele todo triste.
- Licença!_ falei e caminhei pra fora do quarto.
O que eu vou fazer? Esse menino tinha que me lembrar tanto dele? Eu já estava vivendo normalmente com essa lembrança na minha mente, mas ver esse menino me fez sentir tudo que sentir naquela noite horrível.
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O Traficante E O Ex Prostituto
RomanceEu sou Edvan Carter, tenho um metro e setenta cinco de altura, tenho o cabelo cinza e meus olhos são azuis, sou formado em moda e hoje em dia sou um dos melhores estilistas do mundo. Eu nunca fui de ter medo, até que eu descobri que eu era homossexu...