— Olá, titia, como foi o seu dia? — Melissa perguntou entusiasmada.
— Tive um dia tranquilo, sem muitos transtornos, exceto, por... Enfim, foi um dia bastante proveitoso.
Em consideração a família Branden, Megan não mencionou o ataque de ciúmes de Carl e nem sua travessura para livrar-se dele. Se não fosse por esse pequeno detalhe, ela o teria acusado diante da família dele: uma vez que a guerra estava declarada entre eles, não havia mais motivos para ela se esconder atrás de mentiras.
— Você não dará o recado do filho do brasileiro para Melissa? — Carl perguntou, estudando a menor reação de Megan.
— Obrigada, querido, por me lembrar! — Megan agradeceu sem conter o sarcasmo na voz.
Jeniffer, que ouviu com bastante atenção o recado de Megan, questionou sua filha, visivelmente preocupada.
— Onde você conheceu esse brasileiro?
— O nome dele é Michael, mamãe. — Melissa disse. — Eu o conheci no hospital enquanto aguardava por papai. — Acrescentou. — A irmãzinha dele está hospitalizada lá.
— Por favor, eu não quero ouvir este nome nesta casa.
Danielly pediu ao entrar na sala de visitas, acompanhada por seu esposo.
Como esperado, o nome da família Ferrero causou em Danielly um grande descontentamento, pois veio à tona a discussão que tiveram pela manhã, no qual Bruno a agrediu verbalmente, chamando-a de égua.
Sem entender o comportamento hostil de Danielly diante do brasileiro, o Sr. Lawrence a questionou.
— O que aconteceu desta vez minha querida, para o simples nome dessa família lhe causar tanto desagrado?
— O senhor acredita papai, que o Sr. Ferrero teve a petulância de me chamar de égua!
Danielly o informou.
— O que Danielly? — Carl falou transtornado. — Ele teve a audácia de chamá-la de égua! Eu vou acabar com a vida daquele miserável agora. — Acrescentou fazendo menção de sair.
— Não Carl! Pelo amor de Deus! Não faça nada que venha se arrepender depois. — Dayane pediu num estado de nervo terrível. — Esse homem pode ser perigoso. Por favor, não vá.
Sem conseguir conter as lágrimas, Dayane caiu num choro compulsivo para desespero de sua família.
Carl, sentindo-se em parte culpado pelo abalo emocional de sua mãe a abraçou apertado, disse. — Em consideração à senhora o deixarei em paz, mas espero que Logan tome alguma providência em relação ao caso. — Acrescentou, lançando um olhar de advertência ao cunhado.
— Conte-me exatamente o que aconteceu, minha querida. — Logan pediu consternado.
— O Sr. Ferrero me procurou logo cedo exigindo que eu fizesse a cirurgia de sua filha. Como sempre, nós discutimos: foi quando ele me chamou de égua. — Danielly relatou constrangida.
— Ele simplesmente a chamou de égua, do nada? — O Sr. Lawrence a questionou pensativo. — O rapaz é de que região do Brasil?
O senhor Lawrence questionou sua filha, no entanto, foi Melissa que respondeu.
— Eles são da Região Amazônica.
— Da Amazônia... O que significa que o Sr. Ferrero é da Região norte do Brasil. — Sr. Lawrence esclareceu. — Pela peculiaridade dele, o Sr. Ferrero deve ser paraense.
— Sim, vovô. — Melissa mais uma vez respondeu.
Com um meio sorriso para sua esposa, John Lawrence, observou.
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Ciranda de Ilusões
General FictionHá uma velha ciranda cantada aos quatro ventos que ressoa o caminho do bem e do mal, como indicativo do caráter humano. Não importa exatamente a sua história, seus dramas e o contexto em que se insere, pois a dualidade entre o certo e o errado sempr...