Capítulo 41 -

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Estava nas últimas apresentações dos eventos programados antes do Natal, reparei que na frente do palco ou das mesas, ( as vezes em locais mais reservados como um clube ) aquela pessoa estava sempre presente. Não o conhecia, mas também pudera, parecia estar disfarçado. Ora de chapéu, boné, boina, blusa de touca e sempre de máscara, não tinha como identificá-lo.
Porém, imaginei que fosse o benfeitor, ele poderia estar prestigiando o evento, e constatando se realmente, seu patrocínio e sua doação, estavam sendo bem empregados.
Por esse motivo, fiz o melhor que pude nas apresentações e nos discursos, para que ele não deixe de contribuir com a causa.

Ela transmite alegria não somente as crianças, mas aos pais que acompanharam seus filhos, e os adultos que foram prestigiar a apresentação.
Estou acompanhando todas as apresentações e confesso que estou muito feliz, pois apesar de ter entrado nessa causa para mostrar a ela que também tenho um coração caloroso, sinto que dei um passo enorme dentro de mim mesmo... E ultimamente, ando ansioso esperando o dia da próxima apresentação. Sei que não me reconhece... Isso me ajuda a ficar diante dos seus olhos a observando. Meu coração bate acelerado, devo estar com problemas para controlar minha ansiedade.
Outro dia minha irmã disse eu estava diferente, mas não soube explicar, apenas que sentiu uma mudança em mim.
Disse a ela que eu também estava estranhando meu comportamento. Andava ansioso, sorrindo mais do que de costume, tendo idéias surpreendentes no trabalho, até cantando debaixo do chuveiro, ou no trânsito, coisa que não faço a muito tempo.
Penso que inconscientemente, meu coração quer muito o perdão dela. Talvez o meu eu esteja orientando o caminho em busca desse perdão.

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