Seus Olhos [Concluído]

1 - Poderoso Chefão

Na mídia à cima está a Mariah

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Naquele dia a delegacia estava um caos!

Mariah estava nas ruas, atendendo um chamado. E na delegacia o capitão estava fazendo o que podia para conseguir tirar informações de um homem que tinham detido. Ele era muito estranho, foi preso no aeroporto tentando entrar no país com passaporte falso.

— Onde está a detetive Mariah? - disse o capitão Jack com uma voz amedrontadora!

— Está nas ruas senhor, atendendo um chamado  — respondeu Ruan, um dos policiais.

— Quando ela pisar nessa delegacia quero ser informado imediatamente. — disse o capitão e voltou para sala de interrogatório impaciente.

Eles a chamavam de super garota, como suas amigas de infância. Porque ela era simplesmente incrível em conseguir informações só olhando nos olhos!

Em minutos Mariah chegou e passou direto para sua sala, já que não tinha dado em nada o chamado que ela atendeu. Logo chegou o Ruan, ofegante e com os olhos arregalados!

— Mariah, Mariah!

— Não fala nada... deixe-me ver, seus olhos arregalados dizem que o capitão está me procurando!

— Como você faz isso garota?

— Os olhos são a janela da alma meu caro amigo! — disse sorridente pegando uma rosquinha e indo para a sala de interrogatório.

Porque sem dúvidas, todo policial que se prese adora rosquinhas!
Ela bateu na porta por educação, e já entrou.

— Me chamou senhor?

— Sim detetive Mariah, conduza a interrogação — disse coçando a cabeça.

Ela se sentou, com um sorriso nos lábios.

— Agora é comigo mocinho! — Ela fitou seus olhos... e começou a pensar:

Que cor incrível! Como Deus é perfeito! Olhos são incríveis! Foco Mariah, foco.

Ele já não era jovem a muito tempo, tinha cabelos e barba grisalhos.

— Pois bem, o olhar é de quem realmente esconde algo... mas, isso é óbvio. Você não se sente culpado, e sim intrigado. O que tem a me dizer?

— Descubra você detetive — disse ele com sarcasmo!

Parecia que realmente queria provoca-la. Ela continuou seu trabalho árduo analisando aquele ser intrigante. Ela olhou sua expressão facial, seus lábios parecem tímidos, como se estivesse querendo provar algo.

— Vamos a uma análise geral. Você se sente superior a mim, não é um sentimento simples, seu olhar é de desdém e desprezo, como se eu tivesse feito algo que tenha te provocado muito, mas eu não te conheço, então não tem como se sentir assim. A menos que... você é da corregedoria? Ai meu Deus! Estou te analisando, mas você também está fazendo isso!

Naquele momento o capitão entrou na sala, ela se levantou da cadeira onde estava sentada de frente ao homem detido.

— Então... você é da corregedoria? — perguntou o capitão.

Sua voz era sempre cavernosa e amedrontadora, só de ouvir todos já temiam, mas não era o caso desse homem misterioso.

— Não senhor, eu não sou da corregedoria. Sua detetive é boa, mas nem tanto. Com bastante treino ela tem chance de melhorar. — sua voz sínica!